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Economia

- Publicada em 23 de Outubro de 2016 às 18:39

Impasse com a Bélgica impede acordo de livre comércio entre União Europeia e Canadá

Agência Estado
Se a Bélgica não resolver um impasse com o Canadá no âmbito do acordo de livre comércio com a União Europeia até amanhã à noite, os líderes europeus vão considerar o cancelamento de uma cerimônia de assinatura prevista para esta semana, segundo dois funcionários com conhecimento das negociações.
Se a Bélgica não resolver um impasse com o Canadá no âmbito do acordo de livre comércio com a União Europeia até amanhã à noite, os líderes europeus vão considerar o cancelamento de uma cerimônia de assinatura prevista para esta semana, segundo dois funcionários com conhecimento das negociações.
As fontes, que preferem não se identificar pela importância das negociações, disseram neste domingo (23) que os líderes da UE pretendem ter conversas telefônicas com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, sobre o cancelamento da cúpula marcada para quinta-feira, se o apoio da Bélgica para o acordo não estiver assegurado dentro do prazo.
O acordo precisa de unanimidade entre os 28 países da UE, e na Bélgica, precisa de unanimidade entre suas regiões. A região francófona da Valônia, com população de 3,5 milhões de pessoas, é o único que se recusou a aprovar o pacto comercial.
Durante a semana passada, a Bélgica perdeu dois prazos anteriores, e o Canadá chegou a deixar brevemente as negociações comerciais, antes de voltar um dia depois.
A região belga da Valônia ficou no caminho do acordo CETA, abreviação em inglês para o Acordo Econômico e Comercial entre a Europa e o Canadá. O acordo entre mais de 500 milhões de cidadãos da UE e 35 milhões de canadenses eliminaria quase todas as tarifas.
Os políticos em Valônia argumentam que o acordo proposto prejudicaria o mercado de trabalho, o meio ambiente e os padrões de consumo, além de permitir que multinacionais acabem com as atividades de empresas locais.
Novas tentativas foram feitas neste fim de semana para influenciar o líder de Valônia, Paul Magnette, a assinar o pacto. Magnette disse que a região ainda via "algumas pequenas dificuldades". Um acordo melhor poderia reforçar as normas da UE e definir um forte precedente para futuras negociações comerciais entre a Europa e os seus parceiros, disse ele.
A ministra do Comércio Internacional do Canadá, Chrystia Freeland, se afastou das negociações de sexta-feira dizendo que a UE parecia incapaz de assinar o acordo. No entanto, ela voltou para as conversações no sábado.
Os líderes da UE têm advertido que o fracasso em fechar o negócio com o Canadá poderia arruinar a credibilidade do bloco como um parceiro comercial, e dificultar negociações com os Estados Unidos, Japão e outros aliados.
Um acordo de livre comércio semelhante a ser negociado entre a UE e os Estados Unidos estão enfrentando muito mais oposição do que o pacto Canadá. O progresso sobre o acordo americano parece improvável até que o novo presidente dos EUA tome posse em janeiro.
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