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Conjuntura

- Publicada em 20 de Outubro de 2016 às 20:02

Prévia do PIB cai 0,91% em agosto

Dados do IBC-Br servem para o BC avaliar o ritmo da economia do País

Dados do IBC-Br servem para o BC avaliar o ritmo da economia do País


pedro ladeira/AFP/JC
Após cair 0,18% em julho (dado já revisado), a economia brasileira voltou a registrar retração em agosto. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do mês teve baixa de 0,91% ante julho, com ajuste sazonal, informou, nesta quinta-feira, a instituição.
Após cair 0,18% em julho (dado já revisado), a economia brasileira voltou a registrar retração em agosto. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do mês teve baixa de 0,91% ante julho, com ajuste sazonal, informou, nesta quinta-feira, a instituição.
O índice de atividade calculado pelo BC passou de 134 pontos para 132,78 pontos na série dessazonalizada de julho para agosto. Estes 132,78 pontos representam o menor resultado ajustado desde dezembro de 2009, quando o IBC-Br marcou 131,22 pontos.
A baixa do IBC-Br ficou dentro do intervalo obtido entre 33 analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre -0,20% e -2,17% (mediana de -0,90%).
No acumulado deste ano, a retração é de 4,98% pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar um recuo de 5,48% nos 12 meses encerrados em agosto.
Na comparação entre os meses de agosto de 2016 e 2015, houve queda de 2,72%, também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 137,21 pontos, ante 136,02 pontos de julho e 141,04 pontos de agosto do ano passado. O indicador de agosto de 2016 ante o mesmo mês de 2015 mostrou um desempenho melhor do que o apontado pela mediana (-3%) das previsões de 29 analistas do mercado financeiro (-2% a -4,50% de intervalo).
Em janeiro, o Banco Central promoveu uma revisão na apuração do IBC-Br para incorporar a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional, entre outros indicadores. Conhecido como "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
A previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de -3,3%, de acordo com o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado no fim de setembro. No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano estava em -3,19%.
O IBC-Br registrou baixa de 0,41% no acumulado do trimestre de junho a agosto na comparação com o trimestre anterior, de março a maio, pela série ajustada do Banco Central. Já na comparação de julho a agosto com idêntico período de 2015, o resultado do índice foi de queda de 3,62% pela série observada.
Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem, na série com ajuste. Em julho, o IBC-Br passou de -0,09% para -0,18%. Em junho, o índice foi alterado de 0,37% para 0,27%. No caso de maio, a revisão foi de -0,46% para -0,47%. O dado de abril foi de 0,23% para 0,17% e o de março, de -0,43% para -0,46%. Em relação a fevereiro, o BC substituiu a taxa de -0,27% pela de -0,32%.
A série do BC incorpora a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional - Referencia 2010, do IBGE. Destacam-se também a incorporação da Pnad Contínua em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e a da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
Conhecido como prévia do Banco Central para o PIB do País, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de -3,3%. No Relatório de Mercado Focus da segunda-feira passada, a mediana das estimativas do mercado estava em -3,19%.

Economia tem queda de 0,35% no trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 0,35% no trimestre móvel encerrado em agosto em relação ao trimestre móvel encerrado em maio, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB. O resultado foi o menos negativo em seis trimestres consecutivos.
O indicador antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
"Apesar desta melhora na taxa trimestral, a taxa mensal (-1,61%) indica cautela quanto à velocidade de recuperação da atividade econômica", afirmou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial divulgada à imprensa.
Na comparação com o trimestre encerrado em agosto de 2015, o PIB apresentou queda de 3,2% no trimestre encerrado em agosto de 2016. A indústria recuou 2,4%, a taxa menos negativa desde dezembro de 2014, quando caiu 3,1%. No setor de serviços, o recuo foi de 2,9%.
No mês de agosto ante o mesmo mês do ano passado, o PIB diminuiu 3,2%, mantendo a trajetória de redução no ritmo de perdas iniciada em janeiro de 2016.
Entre as 12 atividades que compõem o PIB, apenas eletricidade ( 4,2%) e serviços imobiliários ( 0,1%) não apresentaram recuo contra igual mês do ano anterior. Os piores resultados foram dos transportes (-8,2%), extrativa mineral (-4,4%) e intermediação financeira (-4%).
De acordo com o levantamento da FGV, a taxa acumulada pelo PIB em 12 meses até agosto ficou negativa em 4,8%.