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Economia

- Publicada em 18 de Outubro de 2016 às 18:32

Carne bovina levará um ano para entrar no Japão

Aprovação do Tratado Transpacífico favorece os EUA, diz Maggi

Aprovação do Tratado Transpacífico favorece os EUA, diz Maggi


Mapa/Divulgação/Jc
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que deve levar pelo menos um ano para que o Japão abra seu mercado para a carne bovina in natura. O produto não pode ser exportado por causa da febre aftosa. O Brasil é livre da doença com vacinação, condição que não é suficiente para os padrões de importação japonesa. O ministro integra a comitiva do presidente da República, Michel Temer, em viagem ao Japão.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que deve levar pelo menos um ano para que o Japão abra seu mercado para a carne bovina in natura. O produto não pode ser exportado por causa da febre aftosa. O Brasil é livre da doença com vacinação, condição que não é suficiente para os padrões de importação japonesa. O ministro integra a comitiva do presidente da República, Michel Temer, em viagem ao Japão.
Havia a expectativa de que, assim como ocorreu com a carne suína, houvesse um movimento favorável do Japão em sequência à aprovação concedida pelas autoridades sanitárias norte-americanas (que recentemente liberaram a carne de boi).
Maggi reconheceu que a aprovação do Tratado Transpacífico "preocupa muito", já que vai baratear produtos dos Estados Unidos. "Infelizmente ficamos nos últimos anos muito parados por causa do Mercosul, precisamos ver como fazer uma entrada mais rápida para não ficar fora da Ásia, que concentra boa parte do consumo."
Segundo ele, o ideal seria que, por ser o maior país do bloco sul-americano, o Brasil pudesse liderar. "Se o Brasil negociar algo fora do Mercosul, os outros países devem nos seguir, e não o contrário". Para Maggi, as liberações mais eminentes devem ser de frutas, principalmente manga, abacate e melão.
O ministro diz que há no momento 450 casos de restrição a produtos brasileiros em negociação no ministério, e reconheceu que exportadores brasileiros são também prejudicados por atraso do governo. Embora quatro dos 10 produtos do comércio exterior entre Brasil e Japão sejam alimentos e representem 41% do total exportado, eles estão entre os mais taxados pelo governo japonês. Tarifas superiores a 10% (mais que o dobro da tarifa média de importação japonesa, de 4,2%) atingem 306 produtos do agronegócio brasileiro e provocam prejuízos em pelo menos 46, nos quais a competitividade do Brasil é alta.
Outro problema pode ser o da qualidade. No caso dos suínos, o Brasil não conseguiu ainda avançar no mercado japonês porque o tipo de carne que produz é mais voltado para presuntos, enquanto o Japão prefere um produto com mais gordura marmorizada (entranhada nos músculos). Francisco Turra, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), afirma que a criação de raças mais adequadas ao tipo de carne de porco valorizada no Japão deve permitir não só que os volumes exportados voltem a subir, mas também que o valor por tonelada seja maior.
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