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Economia

- Publicada em 17 de Outubro de 2016 às 15:56

Número de temporários cai ao menor nível desde 2006

O Natal deste ano deve gerar a contratação de 101 mil empregados temporários em todo o País. O número é o menor já registrado desde 2006 e 3% inferior ao de 2015. Os dados são de levantamento feito pela Federação Nacional das Empresas de Terceirização e de Trabalho Temporário (Fenaserhtt). O motivo da retração é a falta de confiança na demanda. Uma outra pesquisa sobre contratação de temporários feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), comprova: três em cada dez empresários (31,4%) acreditam que as vendas serão piores do que no ano passado.
O Natal deste ano deve gerar a contratação de 101 mil empregados temporários em todo o País. O número é o menor já registrado desde 2006 e 3% inferior ao de 2015. Os dados são de levantamento feito pela Federação Nacional das Empresas de Terceirização e de Trabalho Temporário (Fenaserhtt). O motivo da retração é a falta de confiança na demanda. Uma outra pesquisa sobre contratação de temporários feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), comprova: três em cada dez empresários (31,4%) acreditam que as vendas serão piores do que no ano passado.
O empresário Antoninho Luiz Lencioni, dono da indústria Só Natal, que fabrica enfeites natalinos desde 1976, diz que o ritmo de pedidos deste ano foi tão lento que ele contratou só dois temporários, contra a média de 20 dos últimos anos. A indústria tem 40 funcionários fixos na linha de produção.
"Historicamente, entramos outubro já com os pedidos fechados. Este ano as coisas estão muito fracas e não dá para contratar pessoal sem a garantia de ter boa demanda", afirmou.
Para Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, o retrato vivido por Lencioni é similar ao da maioria dos empresários. Segundo a economista, este é um momento de cautela em que não há a possibilidade de se correr o risco de contratar pessoas extras sem a garantia do aumento da demanda.
"O empresário não tem dinheiro para jogar fora e não pode desperdiçar recurso com uma contratação que não trará resultados efetivos. Então, neste Natal a opção tem sido trabalhar com a equipe fixa, por exemplo, aumentando a jornada se necessário, em vez de contratar uma pessoa a mais", explicou Marcela.
Apesar da retração de 3% no número total de contratados, Vander Morales, presidente da Fenaserhtt, salienta que a variação é pequena e, diante da conjuntura econômica ruim enfrentada pelos empresários ao longo do ano, o número é relativamente bom. Ainda de acordo com a pesquisa do SPC e da CNDL, 22,9% dos empresários estão otimistas com as vendas deste Natal, enquanto 35,6% acreditam que o volume vendido será o mesmo do ano passado.
A varejista Di Santinni, que vende sapatos com preços que vão de R$ 20 a R$ 200, aposta que o período natalino trará certo alento para os resultados ruins enfrentados desde o ano passado. Joel Cardoso Guimarães, gerente de RH da empresa, conta que está com 1008 vagas de vendedores, estoquistas e caixas abertas. O número é 6% inferior ao do ano passado.
"A oferta de trabalhador é impressionante. Está muito fácil contratar até pessoas com experiência", contou Guimarães.
Segundo Morales, da Fenaserhtt, é justamente por essa grande oferta de trabalhadores com experiência que a Federação acredita que cerca de cinco mil dos 101 mil temporários poderão ser efetivados. Ele disse ainda que a indústria já iniciou suas contratações. O comércio, por sua vez, começará em meados de novembro, como de costume. De acordo com a pesquisa da Fenaserhtt, o setor industrial deve absorver 56,6 mil trabalhadores (56% do total), serviços 10,1 mil (10%) e o comércio, 34,3 mil (34%).
"Novembro vai concentrar a maior incidência de contratações, principalmente nos segmentos de eletrônicos, vestuário e acessórios. E mesmo com a oscilação negativa de contratações, os salários podem apresentar uma variação positiva de 9,5% para o comércio e de 7,5% para a indústria", frisou Morales.
Conforme aponta o levantamento, a maioria das vagas (78%) deve ser preenchida por homens; candidatos entre 22 e 35 anos são os mais procurados; e o ensino médio completo é exigência em 65% das empresas. O período dos contratos temporários deve oscilar entre 61 e 90 dias, de acordo com o declarado por 57% empresas durante o levantamento. A remuneração média, ainda segundo o estudo da Federação, vai ficar entre R$ 1,1 mil e R$ 1,4 mil.
"Esse alto volume de vagas destinada para quem tem o ensino médio completo é a primeira vez que vemos. Isso ocorre porque há uma oferta grande na mão de obra, possibilitando ao contratante ser mais exigente", explicou Morales.
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