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Economia

- Publicada em 16 de Outubro de 2016 às 10:38

Modelo alemão de parceria entre pesquisa e empresa interessa à Cientec

Marc Richter pretende estreitar relação entre centros de pesquisa alemães, Cientec e Uergs

Marc Richter pretende estreitar relação entre centros de pesquisa alemães, Cientec e Uergs


Patrícia Comunello/Especial/JC
Patrícia Comunello
Uma das marcas alemães na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é a relação próxima das empresas privadas, principalmente as indústrias, com os centros de pesquisa. Quanto mais projetos da chamada pesquisa aplicada mais recursos são drenados para mover os grupos que fazem inovação em diversos segmentos científicos locais.
Uma das marcas alemães na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é a relação próxima das empresas privadas, principalmente as indústrias, com os centros de pesquisa. Quanto mais projetos da chamada pesquisa aplicada mais recursos são drenados para mover os grupos que fazem inovação em diversos segmentos científicos locais.
Este modelo está no radar de representantes de instituições que integram a missão gaúcha à Europa, que começa neste domingo (16) a agenda oficial. A primeira parada é a cidade de Weimar. “A ideia é ser mais útil às empresas”, diz o presidente da Cientec, Marc François Richter. "Vamos tentar entender como eles funcionam (Alemanha)."
A Cientec atualmente tem frentes de pesquisa aplicada em oito áreas estratégicas - setores de alimentos, químico, construção civil, geotécnico, engenharia de processos, eletroeletrônico e metalmecânico.
A direção da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec) pretende aproveitar visitas em centros de pesquisa e universidades locais para observar e verificar a possibilidade de interação para ampliar e criar mecanismos de produção com o setor privado. Richter, bioquímico alemão que está há 20 anos no Rio Grande do Sul onde é professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), está especialmente interessado em centros de tecnologia que serão visitados até quarta-feira (19). Um deles será o Instituto de Tecnologia, em Karlsruhe, no estado de Baden-Württemberg. 
"Vamos fazer contatos para ver como podemos entrar mais fundo na pesquisa aplicada encomendada e estabelecer futuras colaborações com centros alemães e a Uergs", adianta o presidente da fundação sobre expectativas da missão, que vai até sexta-feira (21) e prevê passagem ainda pela França e Itália.
O presidente da Cientec vai visitar a Universidade Tecnológica, que fica em Gelsenkirchen, no estado de Nordrhein-Westfalen, próximo à cidade de Colônia, mais ao noroeste do país. A intenção é discutir algum tipo de intercâmbio na área de gestão pública. A instituição é uma universidade de tecnologia em gestão pública, uma das referências na Alemanha.
“Como a Uergs tem curso em gestão pública, podemos fazer uma aproximação, como o intercâmbio de docentes”, aposta Richter. Na área de pesquisa aplicada, o dirigente citou que os alemães fazem trabalhos que atendem a necessidade das empresas, de olho no impacto na economia e sociedade. Ele lembra que esta lógica ganhou força no país após a Segunda Guerra Mundial, na reconstrução do país.
A comitiva deve ainda abrir canais para desenvolvimento de projetos em conjunto com centros de engenharia, já que a Uergs e a Cientec têm formação (universidade) e pesquisa na área.

Mudança no fluxo de recursos captados

Richter lembra que a fundação de pesquisa gaúcha já presta serviço à área privada, mas em pesquisa há mais subvenção via programas federais – como o canal da Finep (governo federal) – e mesmo do Estado. Problema é que o volume de recursos vem sendo reduzido, observou.
Uma alteração que pode ser analisada é o fluxo de ingressos de recursos – quando são feitos acordos com empresas para desenvolver pesquisa ou testes nos quais as unidades especializadas da Cientec tem habilitação junto a organismos como Inmetro. Hoje as verbas passam pelo caixa único, ou seja, ficam atreladas ao Tesouro.
Para atrair mais projetos privados, a saída poderá ser criar alternativas que não sigam esse funcionamento e que possibilitem canalizar o investimento privado para custeio de bolsas de pesquisadores e equipamentos. Richter avalia que a Lei de Inovação gaúcha já oferece dispositivos que poderiam contemplar esses pacotes de P&D.
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