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crédito

- Publicada em 14 de Outubro de 2016 às 17:14

Financiamentos de veículos reduzem 14,8%

Na comparação com o mesmo mês de 2015, queda foi de 27,2%

Na comparação com o mesmo mês de 2015, queda foi de 27,2%


MARCELO G. RIBEIRO/JC
No mês de setembro, quando os bancários entraram em greve, os financiamentos de veículos novos registraram queda de 14,8% em relação a agosto, mostra levantamento divulgado pela Cetip, que compila os dados das instituições financeiras. Na comparação com setembro do ano passado, o tombo é ainda maior, de 27,2%.
No mês de setembro, quando os bancários entraram em greve, os financiamentos de veículos novos registraram queda de 14,8% em relação a agosto, mostra levantamento divulgado pela Cetip, que compila os dados das instituições financeiras. Na comparação com setembro do ano passado, o tombo é ainda maior, de 27,2%.
O crédito foi utilizado para a compra de 132.181 veículos zero quilômetro, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas. Só os automóveis e comerciais leves somam 80.782 financiamentos, 52% do número total de unidades vendidas nessas duas categorias em setembro, considerando os dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em agosto, a participação dos financiamentos no comércio total dos leves foi de 53%.
Com os resultados de setembro, o terceiro trimestre terminou com o financiamento de 431.698 unidades novas (em todas as categorias), queda de 25,3% sobre o volume alcançado em igual período do ano passado.
A baixa demanda deve-se principalmente ao aumento do desemprego, que reduz a renda e a confiança do consumidor, e à restrição do crédito por parte das instituições financeiras, que estão mais rigorosas para conceder crédito também para a aquisição de veículos. Além disso, com a greve dos bancários, que começou no dia 6 de setembro e durou 31 dias, os financiamentos ficaram ainda mais escassos no mês.
Os financiamentos para veículos usados caem em ritmo mais lento. Em setembro, foram 236.756 unidades novas financiadas, queda de 1,5% em comparação com igual mês do ano passado. A baixa em relação a agosto foi mais intensa, de 9,1%. No terceiro trimestre, os financiamentos de usados somaram 735.372 unidades, retração de 1,2% sobre o resultado de igual período do ano passado.

Recuperação de créditos atrasados é menor, diz Boa Vista

 PÁTIO DA MONTADORA GM EM GRAVATAÍ, IMAGENS PARA DEMONSTRAR O NÚMERO DE VEICULOS ESTOCADOS

PÁTIO DA MONTADORA GM EM GRAVATAÍ, IMAGENS PARA DEMONSTRAR O NÚMERO DE VEICULOS ESTOCADOS


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O esforço das empresas para recuperar créditos em atrasos foi insuficiente para evitar em setembro uma queda de 0,2% comparativamente a agosto, mostra levantamento da Boa Vista SCPC na sua própria base de registros de inadimplentes.
O dado considera os efeitos sazonais, como a quantidade de dias úteis nos dois meses bases de comparação. Agosto teve 27 dias úteis por ser um mês com 31 dias, e setembro, 25 dias úteis, porque, além de contar com 30 dias, teve, no dia 7, a comemoração do feriado da Independência.
Já na comparação de setembro deste ano com idêntico mês no ano passado, a Boa Vista SCPC registra alta de 0,5% na recuperação de créditos em atrasos. Dentro do ano, de janeiro a setembro, o crescimento é
de 3,5%.
No acumulado de 12 meses até setembro, o indicador de recuperação de crédito mostra um crescimento de 0,6% na comparação com igual período encerrado em setembro de 2015.
Ainda de acordo com a Boa Vista SCPC, em termos regionais, na comparação em 12 meses, observou-se alta em todas as regiões. A exceção foi a região Sudeste, que caiu 2,1%. No Centro-Oeste, a alta foi de 5,2%. No Norte, subiu 5,1%; no Nordeste, 5,1%; e, na região Sul, crescimento de 0,7%.
"Apesar da intempestividade dos indicadores de algumas regiões, a média brasileira de recuperação de crédito tem permanecido próxima à neutralidade. Desta forma, o quadro de inadimplência na economia mantém-se estável, uma vez que o fluxo de registros de consumidores inadimplentes realizado nos últimos meses tem sido relativamente baixo", observam os técnicos da Boa Vista SCPC.