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Emprego

- Publicada em 13 de Outubro de 2016 às 23:16

Falta trabalho para 22,7 milhões de brasileiros

Há no Brasil ao menos 22,7 milhões de pessoas em idade produtiva, mas que estão sem trabalho ou trabalham menos do que poderiam. O número, referente ao segundo trimestre deste ano, corresponde à soma dos desempregados, subocupados e inativos com potencial para trabalhar no País. O dado foi divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e é um complemento da Pnad Contínua, a pesquisa oficial de emprego do instituto.
Há no Brasil ao menos 22,7 milhões de pessoas em idade produtiva, mas que estão sem trabalho ou trabalham menos do que poderiam. O número, referente ao segundo trimestre deste ano, corresponde à soma dos desempregados, subocupados e inativos com potencial para trabalhar no País. O dado foi divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e é um complemento da Pnad Contínua, a pesquisa oficial de emprego do instituto.
O complemento traz novos detalhes sobre o mercado de trabalho, mas não muda o resultado do desemprego para o segundo trimestre deste ano - em julho, a taxa de desocupação bateu 11,3%, com 11,6 milhões de desempregados. No trimestre encerrado em agosto - dado mais atualizado -, o número de desempregados chegou a 12 milhões e a taxa, a 11,8%.
Os dados mostram pela primeira vez indicadores de subocupação - que são pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar mais. Segundo a pesquisa, 4,8 milhões de pessoas estiveram nessa condição ao final do segundo trimestre do ano, o que representa alta de 17% em relação ao verificado no primeiro trimestre deste ano, de 4,1 milhões de pessoas. O dado é o mais alto desde o terceiro trimestre de 2015, quando o indicador havia batido 5,5 milhões.
A força de trabalho potencial atingiu 6,2 milhões de pessoas no primeiro trimestre. O resultado é o mais alto da série histórica investigada pelo IBGE, que começa no primeiro trimestre de 2012, quando o contingente era de 6,7 milhões de pessoas. Do primeiro para o segundo trimestre deste ano, houve aumento de 16% no contingente, com 900 mil pessoas chegando a esta condição ao final de julho.
Ao somar os três indicadores - desocupados (11,6 milhões), subocupados e força de trabalho potencial -, o instituto chegou aos números de 22,7 milhões de pessoas. O número representa 13,6% dos 166,3 milhões de pessoas com idade para trabalhar. O IBGE segue a orientação da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e considera que já se pode trabalhar a partir dos 14 anos.

Taxa de pessoas empregadas há mais de dois anos cresce

 MATÉRIA SOBRE EMPREGOS, CARTEIRA DE TRABALHO SENDO ASSINADA.     NA FOTO: CARTEIRA DE TRABALHO SENDO ASSINADA.     EMPREGO, TAXAS DE EMPREGO, DESEMPREGO, TAXAS DE DESEMPREGO.

MATÉRIA SOBRE EMPREGOS, CARTEIRA DE TRABALHO SENDO ASSINADA. NA FOTO: CARTEIRA DE TRABALHO SENDO ASSINADA. EMPREGO, TAXAS DE EMPREGO, DESEMPREGO, TAXAS DE DESEMPREGO.


GABRIELA DI BELLA/ARQUIVO/JC
O percentual de trabalhadores com mais de dois anos no emprego atual aumentou para 70,6% no segundo trimestre do ano, o maior patamar para o período desde o início da série histórica da Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo IBGE. No segundo trimestre de 2015, esse percentual era de 68,9%.
"Esse aumento pode ser em função de que não está entrando gente no mercado. Então, se não está entrando, demitir gente que está há muito tempo no trabalho é mais custoso. Mais fácil demitir quem tem menos tempo. Então esse dado que parece ser uma coisa positiva é na verdade em função da crise", explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. 
Quanto ao tipo de contratação, 88,4% dos trabalhadores ocupados no segundo trimestre eram contratados por tempo indeterminado, enquanto 11,6% foram admitidos através de contrato temporário.
A pesquisa informa ainda que cerca de 2,5 milhões de pessoas, ou o equivalente a 2,8% de todos os ocupados, tinham dois ou mais trabalhos no segundo trimestre de 2016. Quatro anos antes, esse total chegava a 3,5% dos ocupados. Segundo Azeredo, o recuo também se deve à crise, já que ficou mais difícil inclusive se manter fazendo "bicos" na informalidade.
No caso dos trabalhadores domésticos, 73,2% dos 6,2 milhões de empregados domésticos atuavam em apenas um domicílio, contra 74,7% no mesmo período do ano anterior. Já a proporção de empregados domésticos atuando em mais de uma residência cresceu de 25,3% para 26,8% no mesmo período. O resultado deve-se ao aumento no número de diaristas.
"Esse aumento é esperado. Porque as pessoas perderam seu emprego em outros nichos de atividade e migraram para esse emprego doméstico. É diarista", confirmou Azeredo. Na categoria dos militares ou empregados do setor público, entre os 11,3 milhões de ocupados no segundo trimestre, 53,8% estavam na esfera municipal, 31,4% atuavam na esfera estadual, e 14,8% trabalhavam na esfera federal.