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Economia

- Publicada em 10 de Outubro de 2016 às 18:00

Dupla ganha Nobel de Economia de 2016

Hart é da Universidade de Harvard

Hart é da Universidade de Harvard


MICHAEL DWYER/ASSOCIATED PRESS/AE/JC
O Prêmio Nobel de Economia de 2016 foi concedido, nesta segunda-feira, aos economistas Oliver Hart, 68, da Universidade Harvard, e Bengt Holmström, 67, do MIT (Massachusetts Institute of Technology), por pesquisas que ajudaram no entendimento de como contratos contribuem para o melhor funcionamento da economia.
O Prêmio Nobel de Economia de 2016 foi concedido, nesta segunda-feira, aos economistas Oliver Hart, 68, da Universidade Harvard, e Bengt Holmström, 67, do MIT (Massachusetts Institute of Technology), por pesquisas que ajudaram no entendimento de como contratos contribuem para o melhor funcionamento da economia.
Ao anunciar a premiação, a Academia Real Sueca de Ciências, em Estocolmo, destacou que "economias modernas são ligadas por inúmeros contratos" e que os trabalhos de Hart e Holmström "criaram uma base intelectual para o desenho de políticas e instituições em muitas áreas, da legislação de falência a constituições políticas". A academia ressaltou que "os novos mecanismos teóricos criados por Hart e Holmström são valiosos para o entendimento de contratos e instituições da vida real".
A pesquisa do britânico Hart é focada no papel que a estrutura acionária e os arranjos contratuais têm sobre a governança das empresas. Ele é reconhecido por mostrar, com estudos feitos na década de 1980, que falhas contratuais ocorrem em situações em que não é possível registrar e prever todas as informações possíveis no papel. Essa linha de pesquisa mostrou a importância de se ter, portanto, especificado qual das partes envolvidas teria o direito de tomar decisões em circunstâncias não antecipadas originalmente. Os estudos de Hart contribuíram para discussões de temas variados, como que tipos de empresas devem se fundir e a conveniência de se ter escolas e prisões controladas pelo capital privado.
O pesquisador britânico escreveu na conta do Twitter do Prêmio Nobel que acordou às 4h40 e "ficou se perguntando se estaria ficando muito tarde para ser neste ano, mas então o telefone, felizmente, tocou". Já o finlandês Holmström disse a jornalistas que "certamente não esperava isso, pelo menos não desta vez, por isso fiquei muito surpreso e muito feliz".
Holmström fez estudos considerados importantes, no fim da década de 1970, sobre incentivos que movem os agentes no mundo corporativo. Ele demonstrou que os acionistas de uma empresa não conseguem acompanhar todas as ações de seus executivos. Com base em sua pesquisa, ficou clara a importância do estabelecimento, por exemplo, de mecanismos de remuneração vinculados ao desempenho dos funcionários.
Economistas famosos como Paul Krugman (Universidade Princeton) e Justin Wolfers (Universidade de Michigan) reagiram ao anúncio do Nobel destacando que já era hora de Hart e Holmström serem laureados. "Hart e Holmström tão obviamente mereciam que meu primeiro pensamento foi 'eles já não tinham (sido premiados)?'", escreveu Krugman, vencedor do Nobel de Economia em 2008, no Twitter. Os dois premiados dividirão o prêmio de 8 milhões de coroas suecas (equivalente a quase R$ 3 milhões).
No ano passado, o escocês Angus Deaton, 69 anos, recebeu o prêmio por seus estudos sobre consumo, pobreza e bem-estar social. Deaton foi premiado por três pesquisas relacionadas, conduzidas ao longo de sua carreira acadêmica. A primeira, feita nos anos 1980, criou um modelo para estimar a demanda por diferentes tipos de bens, dada a renda dos consumidores. Com ele, é possível, por exemplo, medir os efeitos de uma elevação ou redução de impostos sobre o consumo pessoal e, então, determinar os grupos sociais mais afetados pela medida.
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