Dólar avança ante iene com o apoio de dados positivos nos EUA

O dólar subiu para o maior patamar em cerca de um mês ante o iene - encontrando apoio em dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos -, nesta quarta-feira (5), mas ficou praticamente estável na comparação com o euro e recuou diante de algumas divisas associadas ao petróleo.

No fim da tarde, em Nova Iorque, o dólar subia para 103,58 ienes, de 102,84 ienes na tarde de ontem, enquanto o euro operava perto da estabilidade, avançando a US$ 1,1209, de US$ 1,1208 e a libra escalava para US$ 1,2745, de 1,2734.

Mais cedo, o Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) informou que o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos EUA subiu a 57,1 em setembro, de 51,4 em agosto. O resultado do mês superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta menor do indicador, a 53,0.

Além disso, as encomendas à indústria americana tiveram crescimento de 0,2% em agosto na comparação com o mês de julho, segundo o Departamento de Comércio. "Os mercados estão ganhando alguma confiança na economia americana", disse Vassili Serebriakov, estrategista do Crédit Agricole.

"A moeda dos EUA tem se fortalecido principalmente ante o iene nos últimos dias, provavelmente porque os investidores têm sido forçados a recuar de grandes apostas de que o dólar se enfraquecerá ante a divisa japonesa", observou Serebriakov.

O dólar também encontrou apoio em palavras favoráveis ao aumento de juros por parte de autoridades monetárias do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Taxas mais altas nos EUA tornam a moeda mais atraente para investidores em busca de rendimentos.

No entanto, a moeda perdeu fôlego na comparação algumas divisas de economias atreladas ao petróleo. Com os contrato do Brent subindo para além dos US$ 50, o bom desempenho do mercado foi projetado nessas moedas e o dólar caiu para 62,402 rublos russos e recuou para 1,3179 dólares canadenses.