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indústria

- Publicada em 05 de Outubro de 2016 às 22:33

Atividade industrial cresce 1,6% em agosto

Faturamento médio do setor recuou 20,6% em abril deste ano

Faturamento médio do setor recuou 20,6% em abril deste ano


CLAITON DORNELLES/JC
Após uma queda de 2,7% em julho, o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) recuperou parte das perdas ao crescer 1,6% em agosto, descontados os efeitos sazonais, na comparação com o mês anterior. O resultado, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), confirma a tendência de acomodação da atividade no Estado nos últimos meses. "Se os dados ainda não projetam uma retomada, ao menos sugerem que o setor industrial gaúcho está próximo de seu piso e que o fim do maior ciclo recessivo da história se aproxima, abrindo espaço na sequência para uma recuperação lenta e gradual", diz o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
Após uma queda de 2,7% em julho, o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) recuperou parte das perdas ao crescer 1,6% em agosto, descontados os efeitos sazonais, na comparação com o mês anterior. O resultado, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), confirma a tendência de acomodação da atividade no Estado nos últimos meses. "Se os dados ainda não projetam uma retomada, ao menos sugerem que o setor industrial gaúcho está próximo de seu piso e que o fim do maior ciclo recessivo da história se aproxima, abrindo espaço na sequência para uma recuperação lenta e gradual", diz o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
Também no faturamento, a indústria gaúcha conseguiu recuperar, em agosto, o desempenho ruim do mês anterior (-13,4%). Na comparação com julho, a elevação do faturamento real alcançou 15,8%, devolvendo o indicador ao nível de junho. O presidente da Fiergs, no entanto, alerta para a necessidade de o governo tomar providências em relação à crise fiscal e às reformas indispensáveis para a recuperação da economia brasileira e do setor industrial gaúcho. "O comportamento do setor segue influenciado pelo baixo nível de demanda doméstica em consumo e investimentos, impactada pelo aumento do desemprego, redução da renda e crédito mais restrito. Contribuem também os altos níveis de ociosidade e o endividamento das famílias e das empresas", ressalta Müller.
Essa grande volatilidade nos últimos dois meses é explicada, em parte, pelos calendários mensais atípicos, que também afetaram o desempenho das compras industriais, com um acréscimo de 4,6%. A expansão da atividade em agosto foi percebida igualmente nas horas trabalhadas na produção (0,4%) e na utilização da capacidade instalada (0,9%). Por outro lado, o mercado de trabalho da indústria gaúcha voltou a mostrar resultados negativos no mês: o emprego recuou 0,1%, e a massa salarial real caiu 0,8% ante julho.
Ao contrário da base de comparação mensal, que apresentou crescimento, em outras duas situações o IDI-RS mostrou um resultado diferente. Nem os dois dias úteis a mais em 2016 evitaram a 30ª queda seguida do índice em agosto (-2,1%), em relação ao mesmo mês de 2015, mas ao menos permitiram a taxa menos negativa desde março de 2014 (-1,7%).
No acumulado do ano até agosto, o IDI-RS caiu 6,5% sobre o mesmo período de 2015. O faturamento e as compras industriais desabaram, em termos reais, 9,7% e 7,6%, respectivamente. As horas trabalhadas na produção recuaram 5,6%, enquanto a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) diminuiu 0,4%. No mesmo sentido, o mercado de trabalho mostrou os efeitos da crise prolongada: a contração do emprego foi de 8,4% e a da massa salarial real, 10,4%. Dos 17 setores analisados, em 14 a atividade industrial caiu no acumulado do ano: móveis (-14,8%), máquinas e equipamentos (-13,9%), produtos de metal (-11,5%), veículos automotores (-9,2%) e alimentos (-3,6%) foram os principais impactos negativos.
 

Ministro lança amanhã Programa Brasil Mais Produtivo

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, lança amanhã, em Porto Alegre, o Programa Brasil Mais Produtivo, voltado à melhoria dos processos produtivos das empresas. O lançamento será realizado na Fiergs, às 11h. A partir das 9h, serão realizadas palestras técnicas e, após a cerimônia de lançamento, será feito o cadastramento das empresas interessadas em participar do Brasil Mais Produtivo.
O programa é uma ação focada na melhoria do processo produtivo e tem como objetivo aumentar em pelo menos 20% a produtividade das empresas participantes, que recebem capacitação técnica e podem obter ganhos expressivos de produtividade, inclusive redução no custo de produção. Participam indústrias de pequeno e médio porte, com 11 a 200 funcionários.
A iniciativa vai atender, em todo o País, três mil pequenas e médias indústrias dos setores de alimentos e bebidas, vestuário e calçados, metalomecânico e moveleiro. No Rio Grande do Sul, o 10º estado a receber o programa, serão atendidos cerca de 330 empreendimentos.
A partir do critério de priorização de impacto local, foram definidos os Arranjos Produtivos Locais (APLs) dos quatro setores: "moveleiro", no APL Moveleiro da serra gaúcha; "confecções e calçados", no APL de Calçados de Novo Hamburgo; "alimentos e bebidas", no APL de Vitivinicultura de Bento Gonçalves e região, no APL de Alimentos região Sul e no APL de Alimentos da microrregião de Porto Alegre; "metalmecânico", no APL Metalmecânico Pós-colheita de Panambi, no APL Metalmecânico e Automotivo da serra gaúcha e no APL de Máquinas e Equipamentos Industriais de Porto Alegre.