Ficha limpa para o Planalto

A ministra Cármen Lúcia (foto), presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), com posições fortes e pulso firme, começa a chamar a atenção dos observadores políticos em Brasília. Pode ser uma eventual candidata ao Palácio do Planalto em 2018. Nesta semana, exigiu respeito aos magistrados e ao Poder Judiciário. Defendeu o equilíbrio entre os Poderes da República e disse que os juízes são essenciais para a democracia, dando um recado curto e grosso à classe política.

Respondendo ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que criticou o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, por autorizar as prisões do chefe da polícia do Senado, Pedro Ricardo Carvalho, e mais três policiais legislativos, suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Lava Jato e em outras operações, chamando o magistrado de "juizeco". Cármen Lúcia exigiu respeito à Justiça e não concordou em participar de reunião programada pelo presidente Michel Temer (PMDB), no Palácio do Planalto, com os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tentar apaziguar ânimos entre chefes dos Três Poderes.

Por essas e por outras é que a nova presidente do STF, uma mineira de fala mansa, mas contundente, começa a ser observada mais de perto pelas lideranças políticas do País. Quem sabe, uma ficha limpa na corrida para o Planalto.

Problema de chuva

O deputado federal Pepe Vargas (PT) foi ao Ministério dos Transportes reclamar de uma interdição na BR-116, entre Caxias e Nova Petrópolis, e cobrar os reparos na pista. "Esse trecho é a principal via de ligação entre as duas principais regiões turísticas do Rio Grande do Sul: a região da uva e do vinho e a região das hortênsias", afirmou. Ele pediu rapidez nas obras de reparo na rodovia, que foi danificada pelas chuvas.

Não era gaúcho

Enquanto esperavam a equipe técnica da TV Senado consertar uma falha na transmissão, os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Ana Amélia (PP) conversavam sobre a própria TV Senado. "Há aí um tempo de televisão, que a senadora Ana Amélia conhece bem, que temos que respeitar e aguardar", disse Viana. Ana Amélia respondeu. "Estive no seu estado, do Acre, e me surpreendi, porque uma pessoa me abordou e me chamou pelo nome. Eu perguntei: você é do Rio Grande do Sul? Ele disse: 'Não, eu a acompanho pela TV Senado'", relatou. Cinco minutos depois, o sinal voltou, e a sessão começou.

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