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- Publicada em 10 de Outubro de 2016 às 17:57

Perguntas intrigantes a seis dias do fim do mundo

Mundo das horas finais - O último policial #3 (Rocco, 320 páginas, R$ 39,50, tradução de Ryta Vinagre), do premiado escritor norte-americano Ben H. Winters, nascido em Maryland, autor de oito romances e ganhador dos importantes prêmios Edgar pela série O último policial, e Philip K. Dick por ficção científica, neste romance, que faz parte da trilogia O Último Policial, relata como, a seis dias do fim do mundo, o detetive Hank Palace está à procura de sua irmã e de algumas respostas. Será que o último policial conseguirá cumprir seus objetivos? Hank escreve sobre horror, fantasia e tem obras infantojuvenis publicadas. É narrador experiente e nesta história trata de fim de mundo e de questões essenciais.
Mundo das horas finais - O último policial #3 (Rocco, 320 páginas, R$ 39,50, tradução de Ryta Vinagre), do premiado escritor norte-americano Ben H. Winters, nascido em Maryland, autor de oito romances e ganhador dos importantes prêmios Edgar pela série O último policial, e Philip K. Dick por ficção científica, neste romance, que faz parte da trilogia O Último Policial, relata como, a seis dias do fim do mundo, o detetive Hank Palace está à procura de sua irmã e de algumas respostas. Será que o último policial conseguirá cumprir seus objetivos? Hank escreve sobre horror, fantasia e tem obras infantojuvenis publicadas. É narrador experiente e nesta história trata de fim de mundo e de questões essenciais.
O volume é o capítulo final da premiada trilogia pré-apocalíptica de Ben. Com menos de duas semanas para o asteroide Maia atingir o planeta, a civilização se deteriorou e o caos está instalado. Pessoas vivem atrás de barricadas, entocadas em porões e abrigos de emergência. O dinheiro se tornou inútil e água é a moeda mais valiosa. Por todo o planeta, o mundo se prepara para o fim.
O detetive Hank Palace tem um último caso para resolver. Sua irmã Nico está envolvida com um grupo radical, de posse de artilharia pesada e um louco plano para salvar a humanidade. Palace toma para si a missão de achar a irmã e descobrir mais sobre este plano.
De Massachusetts a Ohio, Palace passa por zoológicos abandonados, cadeias de restaurantes desertas e encontra variados personagens em diferentes graus de desespero numa América destruída. Numa central de polícia vazia, onde as evidências de um crime brutal mexem com seus velhos instintos policiais, ele sente o tempo se esgotando e segue as pistas. Não sabe se está preparado para o que pode encontrar e se conseguirá encontrar a irmã. Não sabe se as pistas têm a ver com ela.
Ritmo crescente, clima opressor de fim de mundo e as grandes perguntas: quão longe devemos ir para proteger quem amamos? Qual a melhor maneira de enfrentar nossos derradeiros momentos na Terra?
O volume final da premiada trilogia mostra muito mais do que uma história sobre o apocalipse. Não é um romance igual a tantos sobre distopia, como muitos que têm aparecido por aí. É um mistério bem escrito. Uma narrativa envolvente, que, claro, vai apresentar uma conclusão surpreendente, como ela e os leitores merecem.

lançamentos

Empoderar para transformar - Coaching, prática e vida (172 páginas, Editora Inspira), organizado pela formadora e mentora de coaches Márcia Belmiro, tem lições de 10 coaches com dicas em várias áreas: vida a dois, emagrecer, carreira, motivação etc. Márcia atua há 12 anos e já formou mais de 3.000 profissionais.
Manual de pontuação - Teoria e Prática (BesouroBox, 160 páginas, 5ª Edição), do professor, ensaísta e escritor J.H. Dacanal, fala da origem da pontuação, o que é, para que serve, se a vírgula é pausa para respirar ou sinal de entonação, se o ponto é uma pausa maior e outros tópicos, como as reticências... Como se aprende a pontuar?
Coloríssimo - A coroação e o destronamento de Collor segundo Verissimo (AGE,160 páginas), do professor Breno Serafini, apresentações de Ana Mariza Filipouski, Luis Fernando Verissimo e Abrão Slavutzki, analisa o conjunto de crônicas de Verissimo em jornais e revistas para ler a realidade brasileira.

eleições, Belchior, o novo e o velho

Ia falar no baixo nível do debate Trump-Hillary, tipo papo de banheiro de boteco de zona portuária (sem querer ofender a zona portuária, claro). Foi o nível mais abissal conseguido na terra das famosas universidades, da democracia, das liberdades e do jazz, a melhor criação norte-americana. O mundo não merecia. Melhor largar de mão aquela baixaria vazia de propostas e ideologias - melhor não traduzir "Pussy-gate", que as crianças estão por perto. O mundo não vai acabar, nunca acaba, mas já vimos espetáculos bem melhores, com atores, textos e produções de muito mais gabarito.
Por aqui, entre o vai e vem da política, guinamos para a direita ou para o centro-direita, e vamos torcendo para mudanças boas. Tomara que ao invés de direita ou esquerda, conceitos ultrapassados, a gente vá para a frente. Sou viciado-dependente em leitura de "segundos-cadernos", "cadernos-dois" e suplementos culturais de todo gênero que leio até por dever de ofício e porque o jornalismo cultural, apesar da "ditadura da diagramação" que vem ainda dos anos 1960, tem conteúdo relevante, interessante, saudável e tantas vezes até mais higiênico que boa parte do noticiário que a gente também precisa ler para ficar "atualizado".
No Caderno 2 de O Estado de S. Paulo de 4 de outubro último, o Arnaldo Jabor escreveu que a caretice voltou, que os intelectuais deliram com o "pós-humano" e que até a ideia do "pós" já é antiga. Fala que os jovens não sonham mais com utopias totalizantes, que preferem sonhar com o relativo e não com o absoluto. Jabor não sabe ainda se vamos viver num videogame planetário, mas acha que este novo rosto da humanidade, a partir de um mundo estilhaçado, pode ser mais estimulante que o melancólico lamento pela razão que não chega nunca...
No mesmo Caderno 2 com o texto do Jabor está a notícia sobre o lançamento de uma caixa da Universal que traz os discos Alucinação, Melodrama e Elogio da loucura de Belchior, que dizem que anda escondido na sala de troféus do Grêmio e que assim não será encontrado nos próximos tempos...Brincadeira, claro...
As canções antológicas de Belchior, especialmente Como nossos pais, Velha roupa colorida e Apenas um rapaz latino-americano mostram que as pessoas seguem vindo do interior para a cidade grande, que o dinheiro compra até amor verdadeiro e que os rebeldes e o novo sempre vem, mesmo que envelheçam, como quase tudo e todos.
Se o mundo hoje é estilhaçado, dividido, globalizado e interiorizado, morto por dinheiro, pobre na divisão, briguento e pacífico, com humanos de milhões de tipos, se a caretice vai chegando e tragando utopias totalizantes e tudo mais, pode ser, Jabor, mas a caixa do Belchior está aí para mostrar que o inconformismo e o novo sempre vêm. Novo com cara de velho, velho com cara de novo, não tem problema. Velhas novidades? Novidades velhas? Nada de novo sob a luz do sol? Nas manhãs, em boa parte, ao menos, um sol novinho em folha aparece.

a propósito...

Hillary Clinton não é novidade ou velharia. É meio mais ou menos. Vai ganhar do Trump que é melhor não repetir o que ele é. Tomara que depois venha alguma coisa nova por lá. Tomara que tenhamos novidades na velha política externa norte-americana, aquela do "big stick". Tomara que tenhamos novidades neste velho planeta e nesse jovem Brasil, que não precisa e nem deve ser extrema-direita e nem populista inconsequente para ir para frente e não para a direita ou para a esquerda, que, diga-se, hoje ninguém sabe direito onde ficam. Democracia, ética, bons gastos, transparência, equilíbrio econômico e social, isso todos sabem.