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- Publicada em 03 de Outubro de 2016 às 21:58

Advogado abdica da homenagem

A colisão de ideias que alcança a advocacia em Novo Hamburgo teve ontem novo lance. O advogado Adalberto Alexandre Snel (OAB-RS nº 1.665), talvez o mais idoso (90 anos) operador do Direito em atividade no Rio Grande do Sul enviou carta à subseção local, solicitando seja estudada "uma possível desconstituição da homenagem expressiva que me foi prestada, pois a representação contra ela constrange, embora carecesse de nobreza, uma vez que pressinto ser um revide pelo resultado das últimas eleições".
A colisão de ideias que alcança a advocacia em Novo Hamburgo teve ontem novo lance. O advogado Adalberto Alexandre Snel (OAB-RS nº 1.665), talvez o mais idoso (90 anos) operador do Direito em atividade no Rio Grande do Sul enviou carta à subseção local, solicitando seja estudada "uma possível desconstituição da homenagem expressiva que me foi prestada, pois a representação contra ela constrange, embora carecesse de nobreza, uma vez que pressinto ser um revide pelo resultado das últimas eleições".
Snel suscita que para a conclusão de que se trata de um revide, "basta considerar quem são os signatários da petição". E arremata: "usando minha pessoa para isso, se criou uma situação desagradável".
O ponto crucial da divergência é que Snel foi homenageado com a aposição de seu nome na sala da presidência da subseção. Os que estão contrários opõem sustentam que o artigo 151 do Regulamento Geral da OAB proíbe láureas e comendas desse tipo a pessoas vivas, na linha da lei federal nº 6.454/1977.

Romance forense: Qual a origem da dentadura do advogado?


REPRODUÇÃO/JC
Preocupado com a baixa safra de honorários, aos 66 de idade, o veterano advogado interiorano - radicado há três décadas em Porto Alegre - decide abandonar a advocacia e resolve ingressar na política. Assim consegue que o partido chancele sua candidatura a vereador em cidade de médio porte. Por isso vai até lá, justamente para angariar votos.
Dentre os eventos, um jantar beneficente, no qual ele discursaria na hora da sobremesa. Mas o advogado se atrasa e chega ao destino quando os comensais já haviam saboreado o frango a fricassê com batatas fritas. Desculpando-se pela impontualidade, senta-se na cadeira reservada para ele, meio perdido com a papelada em que rascunhara o discurso.
E em seguida desespera-se, ao perceber que, na pressa, esquecera a dentadura em Porto Alegre. Assim, não poderia comer e muito menos fazer o discurso.
Como conseguir votos nessa conjunção?
Ao lado do advogado-político está um senhor - de terno marrom, camisa social quase roxa, gravata escura - que fica sabendo do problema.
Não se preocupe. Eu resolvo!..., diz, oferecido.
E assim tira da sua pasta uma dentadura.
Experimente, acho que vai servir.
O político impressiona-se com a coincidência. Mas percebe que a dentadura não serve; está folgada; não para na boca.
O cidadão oferece uma segunda dentadura, mais apertada; fica pior que a primeira.
Para surpresa do advogado-aprendiz de político, o homem busca na pasta uma terceira dentadura.
Eu tenho mais essa.
Experimente!
Felizmente ficou perfeita! Vou ficar com ela, responde, agradecido, o político.
Daí em diante, tudo corre perfeitamente. O desfecho do jantar é um sucesso, inclusive o discurso do advogado. Este, ao terminar, dirige-se ao prestativo senhor, agradecendo.
Muito obrigado por ter me ajudado. Eu estava mesmo precisando de um bom dentista e, se for eleito, vou me radicar por aqui. O senhor será o profissional dentário de que preciso.
Mas logo escuta uma frase que acaba com o clima:
Eu não sou dentista. Sou apenas o coveiro da cidade.
 

Onde passar o Natal?

O tempo em que Marcelo Odebrecht ficará ainda preso em Curitiba: este é um ponto importante que emperra, atualmente, o fechamento do acordo de delação premiada dele. Os procuradores federais insistem: Marcelo tem que ficar mais um ano e meio preso - o que completaria um total de três anos de regime fechado.
Os advogados da Odebrecht querem que o patrão deixe Curitiba em dezembro. A tempo de passar o Natal com a família, no Rio de Janeiro.

Farpas entre ministros

Respondendo a uma fala de Ricardo Lewandowski, em aula, de que o impeachment de Dilma Rousseff (PT) fora "um tropeço na democracia", o ministro Gilmar Mendes rebateu com força.
"Eu acho que o único tropeço que houve foi aquele do fatiamento da votação do afastamento, no qual penso que teve contribuição decisiva do presidente do Supremo", alfinetou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

Bênção política

Um bispo pelo outro. Caso Marcelo Crivella seja eleito prefeito carioca no segundo turno, o paulista Eduardo Benedito Lopes, 52 anos, assumirá de vez sua vaga no Senado. Ele também é bispo licenciado por pressuposto da Universal.
Eduardo, a exemplo de Crivella, foi ministro da Pesca de Dilma. Ambos mudaram de lado na véspera do impeachment.

Tempos bicudos

"Mercado da Vizinhança" é um estudo do Instituto GFK: resume como empresários do varejo sobrevivem nesses tempos bicudos. Em síntese: marcas menos nobres substituem produtos líderes. Foram ouvidos 400 proprietários de janeiro a março; e monitoradas 16 categorias de produtos de consumo básico.
As grandes indústrias perderam em áreas como arroz, amaciante, detergente em pó e leite longa vida. E sobrevivem em segmentos tipo absorvente higiênico, açúcar e iogurte.

Aumento de 25% na OAB-RS

Após quatro anos sem qualquer majoração, a OAB-RS vai atualizar a anuidade dos advogados, a partir de janeiro próximo, com o implemento de 25%.
O pagamento em quota única - que era de R$ 782,39 - passará para quase R$ 1 mil; serão - com os centavos - R$ 977,98. Quem optar pelo adimplemento mensal desembolsará 12 x R$ 93,15; matematicamente, R$ 1.117,80.
Mas, conformem-se os advogados ao fazer as contas: de janeiro de 2013 a agosto de 2016 o percentual inflacionário foi de 28,51%. O índice de setembro ainda não está disponível; e, com a espiral do último quadrimestre do ano, o acumulado em 48 meses ficará próximo dos 30%.

Páginas da vida

Pena cumprida. Depois de 36 anos preso, o ex-cirurgião plástico Hosmany Ramos ganhou a liberdade na semana passada. Condenado por roubo, sequestro e homicídio, saiu da penitenciária em Mirandópolis (SP) pela porta da frente e está no interior paulista. No cárcere, escreveu sua autobiografia, que a Geração Editorial vai publicar. Em 2017, ele pretende voltar à Medicina; vai passar agora uma temporada na Noruega, onde reside um filho.
Osmane Ramos (esse é seu efetivo nome), 69 de idade, após se formar em Medicina, passou a assinar como "Hosmany". Durante os anos 1970 ganhou prestígio na área médica, atendia em dois consultórios próprios e era assistente de Ivo Pitanguy. Levava uma vida de luxo em Copacabana. Nem ele sabe dizer o que o levou à vida de crimes, mas começou a traficar drogas internacionalmente, inclusive com voos agendados de seu avião particular.
Seu romance com a jornalista e atriz Marisa Raja Gabaglia (que morreu aos 60 anos, em 2003), foi retratado por ela em um livro chamado "Amor Bandido". Em 1981 foi condenado a 53 anos de prisão por roubo de aviões, contrabando de automóveis e pelo assassinato de seu piloto pessoal e de um estelionatário.

'Se um ministro do STF pode'...

A atriz, apresentadora e repórter brasileira Mônica Iozzi, ex-apresentadora do CQC, foi condenada pela Justiça do Distrito Federal a pagar R$ 30 mil ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, por dano moral. No Instagram, ela publicou uma montagem "transpassada" do ministro (com faixa vertical de "estacionamento proibido"), associando a imagem dele à prática de crimes de violência social, e criticando o habeas corpus que, às vésperas do Natal de 2009, soltou o médico Roger Abdelmassih: "Se um ministro do Supremo faz isso nem sei o que esperar", escreveu. A inserção teve 14.800 curtidas, até ser retirada em maio.
Segundo o juiz Giordano Costa, da 4ª Vara Cível de Brasília, "opinar na rede pode" (...) "mas houve abuso do direito de liberdade de expressão ao violar a dignidade, a honra e a imagem do autor". Refere o julgado, ainda, que "a apresentadora é uma pessoa pública, com grande alcance na web, e por isso sua liberdade de expressão deve ser utilizada de forma consciente e responsável". O magistrado entendeu que o comentário de Mônica prejudicou Mendes por sugerir "cumplicidade ao crime de estupro, tornando questionável o seu caráter e imparcialidade na condição de julgador". Não há trânsito em julgado. (Proc. nº 2016.01.1.062108-0).