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Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016. Atualizado �s 21h18.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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Feira do livro

Not�cia da edi��o impressa de 01/11/2016. Alterada em 31/10 �s 17h09min

Livro re�ne mem�rias de Jupiter Apple

Livro resgata trajet�ria do m�sico ga�cho, falecido no ano passado

Livro resgata trajet�ria do m�sico ga�cho, falecido no ano passado


SIDD RODRIGUES/DIVULGA��O/JC
Em um amanhecer de julho de 2014, Júpiter Maçã, estirado no sofá, observava uma moça dançando só de calcinha, se esgueirando entre cortinas e escombros de uma balada paulistana. "Eu quero que a minha biografia comece com este momento, esta cena", disse ele a seu biógrafo, que estava sentado ao lado. O livro sobre a vida, os excessos e os delírios do cantor, compositor e cineasta, que será lançado nesta quarta-feira em Porto Alegre, começa de um jeito diferente, porém mantém o lirismo e a pegada rocker daquele momento.
A odisseia - memórias e devaneios de Jupiter Apple, em coautoria com o jornalista, escritor e músico Juli Manzi, tem início justamente no nascimento de Flávio Basso, em 1968, em Porto Alegre, e termina na morte de Júpiter Maçã, em dezembro do ano passado. Apesar de tão óbvio, o início está longe de ser convencional. 
Logo de cara, o leitor é apresentado aos delírios ficcionais do narrador-depoente, que relata ter recebido a visita dos Rolling Stones ainda na maternidade. "É um livro de memórias ficcionais, digamos assim. Abrange toda a vida dele e todas as fases da obra, da psicodelia ao final beatnik", afirma Manzi.
Basso adotou o nome Júpiter Maçã no final dos anos 1990, quando alcançou sucesso no rock brasileiro com o disco A sétima efervescência (1997), calcado em Pink Floyd e em outras referências do mundo psicodélico e experimental. As Tortas e as cucas, Um lugar do caralho e Eu e minha ex estão entre as faixas desse trabalho, considerado marco do rock gaúcho e um dos melhores discos brasileiros de todos os tempos.
Antes da carreira solo, ele já havia influenciado uma geração de músicos e adolescentes com as bandas TNT e Os Cascavelletes, nos anos 1980. Na primeira década deste século, começou a compor em inglês e acrescentou o Apple ao nome, em trabalhos cada vez mais experimentais. Tornou-se reverenciado por gente importante e pela cena indie nacional e internacional.
Jamais ganhou muito dinheiro. Em 2012, caiu da janela de um prédio e ficou dois anos afastado de palcos e estúdios, até ser resgatado, um tanto debilitado, em São Paulo, pelo pessoal da Hard House, uma casa de artistas onde Júpiter passou uns tempos e onde os destinos dele e de Manzi se cruzaram. Morreu há quase um ano, aos 47 anos, vítima de enfarte.
Em seu relato, Júpiter Maçã é direto ao abordar os excessos e excentricidades de sua trajetória, no melhor estilo sexo, drogas e rock n' roll: "Nessa época que participei das filmagens de Kreoko (curta produzido em 2012 em SP), eu estava tomando cerca de oito Diazepans por dia, cheirando muita coke e bebendo muita cachaça. Não sabia direito o que estava acontecendo ao meu redor".
O livro revela uma prosa fluente, quase psicanalítica. "Começamos a nos encontrar já no segundo semestre de 2014. Quase sempre deitado em um divã, ele foi contando tudo. Ele tinha um talento literário sensacional", relembra Manzi.
Um pouco desta história será relembrada nesta quarta-feira, na Feira do Livro de Porto Alegre. A partir das 19h, rola um pocket show com Juli Manzi no Teatro Carlos Urbim. Logo após, às 20h, acontece a sessão de autógrafos, na praça, do volume A odisseia - memórias de devaneios de Jupiter Apple.

Destaques da Feira do Livro

Lu Vilella, da Bamboletras, participa do Diálogos JC nesta terça-feira
Lu Vilella, da Bamboletras, participa do Diálogos JC nesta terça-feira
arquivo/jc
1 de novembro
14h: Cipel 50 anos - encontro comemorativo. Com coordenação de Hilda Flores. Na Sala Oeste do Santander Cultural.
17h: Diálogos JC – Cristiano Vieira e Mauro Belo, do Jornal do Comércio, recebem Lu Vilella, da Bamboletras, para debater o mercado livreiro e a crise. Na Tenda de Pasárgada, em frente ao Memorial.
17h: Lançamento de Os pecados da Língua, do professor Paulo Flávio Ledur. AGE Editora. Na praça de autógrafos.
18h: autora cubana Teresa Cárdenas fala sobre sua obra, com tradução simultânea, na Sala Leste do Santander Cultural.
20h: lançamento de A persistência do amor - A Santa Sede rememora Paulo Mendes Campos, de Rubem Penz (organizador). Buqui Editora. No primeiro andar do Memorial.

2 de novembro
15h: Amor sem preconceito. Uma história um pouco diferente. Adoção do menino João Vitor por casal homoafetivo que está junto há mais de 20 anos. Na Sala Leste do Santander Cultural.
16h30min: bate-papo sobre o livro Infinita Highway – uma carona na história dos Engenheiros do Hawaii, de Alexandre Lucchese. Na Sala Leste do Santander Cultural.
18h: lançamento de O medo do sucesso, de Ingra Lyberato. L&PM Editores. Na praça de autógrafos.
18h: A literatura norueguesa de Maja Lunde. Bate-papo com a autora sobre seu primeiro romance para adultos, com tradução simultânea. Na Sala Oeste do Santander Cultural.
20h: lançamento de Inverossímil, de Rodrigo Rosp. Editora Dublinense. Na praça de autógrafos.
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