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JC Logística

- Publicada em 26 de Outubro de 2016 às 22:28

Após 3 anos, estradas do Brasil mostram piora

Vias brasileiras vistoriadas têm 414 pontos críticos, onde é quase impossível trafegar por causa de buracos

Vias brasileiras vistoriadas têm 414 pontos críticos, onde é quase impossível trafegar por causa de buracos


CNT/DIVULGAÇÃO/JC
As condições das rodovias do País pararam de melhorar após três anos seguidos de avanço na qualidade. É o que mostra a pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) que avalia as condições do pavimento, sinalização e geometria de 103 mil quilômetros de via e, em 2016, completa 20 anos de realização.
As condições das rodovias do País pararam de melhorar após três anos seguidos de avanço na qualidade. É o que mostra a pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) que avalia as condições do pavimento, sinalização e geometria de 103 mil quilômetros de via e, em 2016, completa 20 anos de realização.
De acordo com os dados divulgados, 41,8% da extensão pesquisada das estradas brasileiras foram consideradas em bom ou ótimo estado. Em 2015, 43% da extensão avaliada estavam em estado bom ou ótimo. Em 2014, o estudo havia mostrado que 37,2% em estado ótimo ou bom.
Em 2016, outros 34,6% dos trechos foram considerados regular e 23,6% ruim e péssimo, número semelhante ao de 2015.Apesar de a qualidade geral ter se mantido estável, outros dados da pesquisa mostram que houve piora. Foram encontrados 414 pontos críticos, ou seja, áreas onde é praticamente impossível trafegar devido a buracos ou quedas de acostamento, por exemplo, número 27% superior ao detectado no ano passado.
O estado do pavimento das estradas, com metade delas em estado regular, ruim ou péssimo, é a principal fonte de preocupação apontada na pesquisa já que esse dado está piorando e pode ter reflexo rápido em uma piora futura. José Hélio Fernandes, diretor da CNT, disse que a pesquisa vem evoluindo após começar com a avaliação de apenas 15 mil quilômetros de estradas. Segundo ele, o trabalho é referência para a adoção de políticas no setor.
As rodovias privatizadas avaliadas, que tem 20 mil quilômetros, chegaram a 79% de resultado ótimo ou bom, melhorando em relação a 2014 (74%) e 2015 (78%). Já as administradas pelos governos federal e estaduais, com 83 mil quilômetros, tiveram leve queda com avaliação de 33% de ótimo e bom, contra 34% de 2015 e 29% de 2014. Os trechos ruins e péssimo alcançaram 29% nas estradas sob administração pública.
De acordo com dados da CNT, a queda nos investimentos do governo federal no setor pode estar relacionada à piora da qualidade das estradas. Em 2015, o governo federal gastou R$ 6 bilhões no setor contra R$ 9 bilhões no ano anterior. Segundo Bruno Batista, diretor executivo da CNT, a piora da qualidade das estradas gera custos extras para o transporte, estimados na pesquisa em 25% mais do que seria se elas estivessem em boas condições.
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