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JC Contabilidade

- Publicada em 27 de Outubro de 2016 às 13:28

Educação financeira ajuda a manter orçamento em dia

Roberta Mello
A inadimplência do consumidor brasileiro obteve alta de 4,7% em setembro de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC, descontados efeitos sazonais. No entanto, no acumulado em 12 meses (entre outubro de 2015 e setembro de 2016 contra os 12 meses antecedentes) a inadimplência desacelerou 0,4 pontos percentuais no mês, subindo 1,8% no período. Na avaliação contra o mesmo mês do ano anterior, setembro apresentou queda de 3,4%, enquanto no acumulado do ano houve alta de 0,5% frente ao mesmo período do ano anterior.
A inadimplência do consumidor brasileiro obteve alta de 4,7% em setembro de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC, descontados efeitos sazonais. No entanto, no acumulado em 12 meses (entre outubro de 2015 e setembro de 2016 contra os 12 meses antecedentes) a inadimplência desacelerou 0,4 pontos percentuais no mês, subindo 1,8% no período. Na avaliação contra o mesmo mês do ano anterior, setembro apresentou queda de 3,4%, enquanto no acumulado do ano houve alta de 0,5% frente ao mesmo período do ano anterior.
Apesar disso, a região Sul foi a única com queda no registro de inadimplência (-1%) na análise acumulada em 12 meses. A maior elevação ocorreu no Norte (4,7%), seguida das regiões Nordeste (3,2%), Centro-Oeste (3,1%) e Sudeste (1,6%).
A cautela do consumidor, a fraca atividade econômica e a respectiva diminuição do endividamento das famílias têm agido de modo a compensar os fatores macroeconômicos que pressionam negativamente o orçamento das famílias, tais como inflação em patamares elevados, aumento do desemprego e diminuição da renda. Desta forma, o fluxo de inadimplência permaneceu praticamente estável ao longo de 2016, perspectiva que deverá ser mantida até meados de 2017.
A contadora Roberta Salvini reflete que a falta de atenção à educação financeira é um dos principais fatores responsáveis por elevar a inadimplência na economia doméstica. "É preciso ter a consciência que, independente da renda, é necessário mensalmente fazer-se uma reserva para que quando ocorram situações não previstas, as famílias não precisem ficar inadimplentes", indica Roberta.
A contadora explica como lidar melhor com as contas. Primeiramente, é preciso organizar as despesas fixas mensais e conhecer a renda efetiva das famílias. As contas, precisam se encontrar. "Não é possível que as famílias tenham mais despesas do que renda. Caso este encontro de valores não seja possível, é preciso verificar onde se pode atuar na despesa ou se é possível agregar renda a fim de manter o padrão pretendido", enfatiza.
JC Contabilidade - Quais as principais causas de inadimplência na economia doméstica?
Roberta Salvini - As principais causas de inadimplência doméstica decorrem da falta de conhecimento e organização das famílias em relação as despesas mensais e a renda das mesmas. Muitas vezes, alguns fatores não previstos causam afetam o inexistente planejamento, fazendo com que as mesmas acabem não adimplindo com suas obrigações. É preciso ter a consciência que, independente da renda, é necessário mensalmente fazer-se uma reserva para que quando ocorram situações não previstas, as famílias não precisem ficar inadimplentes.
Contabilidade - As pessoas acabam devendo a quem normalmente, instituições financeiras, ao fisco, comércio?
Roberta - Na ordem de preferência e, com consequências econômicas ainda mais prejudiciais, o fisco é um dos primeiros a não receber, seguido das administradoras de cartão de crédito e das demais instituições financeiras.
Contabilidade - Como os consumidores podem fazer para se organizar?
Roberta - Primeiramente, é preciso organizar as despesas fixas mensais e conhecer a renda efetiva das famílias. As contas, precisam se encontrar. Não é possível que as famílias tenham mais despesas do que renda. Caso este encontro de valores não seja possível, é preciso verificar onde se pode atuar na despesa ou se é possível agregar renda a fim de manter o padrão pretendido.
Contabilidade - Os brasileiros têm carência de educação financeira? Ela deve estar na educação familiar e na escola?
Roberta - Sim, as famílias carecem, e muito, em educação financeira básica. A educação financeira deveria estar na educação familiar, mas como prover esta educação? Através da escola e, um grande apoio nas regiões do interior do Estado são as cooperativas de crédito que investem e incentivam a educação financeira.
Contabilidade - Os adultos também podem aprender a lidar bem com o dinheiro? Como fazer isso de maneira prática? Você tem algumas dicas para dar aos contribuintes?
Roberta - As pessoas sempre podem aprender. Especialmente a tratar com o dinheiro. A grande dificuldade do ser humano está voltado às suas necessidades e às suas possibilidades, onde há um grande descompasso entre o que queremos e o que podemos muitas vezes adquirir.
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