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JC Contabilidade

- Publicada em 06 de Outubro de 2016 às 14:06

Reflexões sobre o Congresso Brasileiro de Contabilidade

Ana Rodrigues é vice-presidente de gestão do CRCRS

Ana Rodrigues é vice-presidente de gestão do CRCRS


ANTONIO PAZ/JC
A Contabilidade atinge patamares nunca antes imaginados para uma profissão que se iniciou tímida, almejando espaço, regulamentação, representatividade, status e que hoje ostenta a marca de 40.420 profissionais no Rio Grande do Sul, 534.504 contadores e técnicos em Contabilidade no País. O curso de Ciências Contábeis é o quarto mais procurado na Graduação, com cerca de 328 mil estudantes em todo o Brasil.
A Contabilidade atinge patamares nunca antes imaginados para uma profissão que se iniciou tímida, almejando espaço, regulamentação, representatividade, status e que hoje ostenta a marca de 40.420 profissionais no Rio Grande do Sul, 534.504 contadores e técnicos em Contabilidade no País. O curso de Ciências Contábeis é o quarto mais procurado na Graduação, com cerca de 328 mil estudantes em todo o Brasil.
A profissão, que neste ano completou 70 anos de regulamentação, vem se reinventando a cada novo ciclo de inovações tecnológicas, legais e mercadológicas. A cada mudança, acompanhamos o desespero daqueles que profetizam o fim da Contabilidade, talvez revelando a própria incapacidade de lidar com as mudanças e se valorizar com elas. Foi assim quando deixamos de ser "guarda livros" para nos tornarmos "contabilistas"; foi assim quando, em 1945, foram criados os cursos superiores de Ciências Contábeis, rivalizando um mercado até então dominado pelos técnicos em Contabilidade e que, ao longo desses anos, conviveram pacificamente, compartilhando prerrogativas e nichos de mercado.
Desde o tempo em que a Contabilidade era uma profissão artesanal, rotineira e predominantemente masculina, já se discutia a necessidade de uma regulamentação que garantisse delimitação de mercado, credibilidade por meio de um padrão ético elevado e valorização profissional. Estamos em 2016 e penso que embora tenhamos muitas demandas para serem resolvidas, o saldo é positivo e temos mais a comemorar do que a lamentar.
Estamos diante de um modelo contábil de padrão internacional; a tecnologia aliada à inteligência artificial resolve a inserção e o armazenamento de dados nos sistemas; o surgimento de novos nichos de mercado permite aos profissionais focar segmentos especializados e com isso alavancar negócios e resultados. Não somos mais meros escrituradores, somos protagonistas de uma área de conhecimento imprescindível para a gestão dos negócios e para o controle social. A educação continuada e permanente firmou conceito entre os profissionais impulsionada por plataformas de ensino a distância, e-books e outras modalidades alternativas de ensino-aprendizagem.
Atualmente, para ingressar na profissão, já não basta ter a formação, é preciso submeter-se a Exame de Suficiência o que tornou o mercado mais seletivo e exigente. Há quem critique essas mudanças por julgá-las inconvenientes, corporativistas. Penso que são o diferencial de uma profissão que quer ocupar a vanguarda dos acontecimentos e mostrar seu valor à sociedade.
Pois bem, acredito que estamos no caminho. Ao retornar de Fortaleza, onde estivemos participando do 20º Congresso Brasileiro de Contabilidade, algumas verdades ficaram ainda mais evidentes. Somos muitos, somos fortes e estamos fazendo a diferença. A economia precisa de nós, os empresários precisam de nós, o governo precisa de nós e isso não é uma questão de reserva de mercado, isso é uma questão de competência, mobilização e organização classista. Somos uma profissão prestigiada, organizada e que se orgulha de pertencer às entidades que nos representam sistema CFC/CRCs, sistema sindical, sistema Fenacon/Sescons.
Fizemos um ministro se retratar por nos ofender e fizemos a Rede Globo retificar uma informação que nos desmerecia perante a sociedade. Em Fortaleza, somamos 7.500 participantes. Lotamos o maior centro de convenções do Ceará durante 4 dias de muito aprendizado, palestras, painéis, debates, workshops, fóruns segmentados, apresentações artístico-culturais, feira de negócios com 90 expositores, networking, temas nacionais e internacionais.
Nessa oportunidade, foi possível ver o brilho no olhar de cada participante ostentando, além do seu crachá, o orgulho de ser um profissional contábil no seu maior evento. Sedentos por novidades, apreensivos, mas sem medo de encarar o futuro de frente, pois acreditam, assim como Charles Darwin, que, "em um ambiente em constante mutação, não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, mas aquelas que estão mais aptas às mudanças". Que venha o 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade!
Vice-presidente de gestão do CRCRS
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