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Empresas & Negócios

- Publicada em 31 de Outubro de 2016 às 13:24

Diversidade do selo à prática

Galli destaca que o próximo passo é lançar um aplicativo para que o público possa avaliar a prestação de serviços

Galli destaca que o próximo passo é lançar um aplicativo para que o público possa avaliar a prestação de serviços


JONATHAN HECKLER/JC
Maria Eugenia Bofill
Ao passar por alguns estabelecimentos públicos e privados de Porto Alegre, principalmente nos limites dos bairros Centro Histórico, Cidade Baixa e Moinhos de Vento, é possível ver muitos deles adesivados com os dizeres "Este local respeita a diversidade sexual e de gênero". O Selo Espaços de Diversidade é uma ferramenta que tem a intenção de divulgar os locais que adotam políticas de respeito à diversidade e faz parte da iniciativa da Freeda, projeto que objetiva criar uma rede entre cidadãos e pessoas responsáveis por estabelecimentos públicos e privados.
Ao passar por alguns estabelecimentos públicos e privados de Porto Alegre, principalmente nos limites dos bairros Centro Histórico, Cidade Baixa e Moinhos de Vento, é possível ver muitos deles adesivados com os dizeres "Este local respeita a diversidade sexual e de gênero". O Selo Espaços de Diversidade é uma ferramenta que tem a intenção de divulgar os locais que adotam políticas de respeito à diversidade e faz parte da iniciativa da Freeda, projeto que objetiva criar uma rede entre cidadãos e pessoas responsáveis por estabelecimentos públicos e privados.
A Freeda realizou uma pesquisa em 2014 com 234 participantes e constatou que 94% deixariam de frequentar um local no qual ocorrem episódios de bi-homo-lesbo-transfobia. Dos entrevistados, 52% já presenciaram ou sofreram discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero e 92% gostaria de saber se o estabelecimento respeita a população LGBT antes de frequentá-lo.
Daí surgiu a ideia de qualificar prestadores de serviços públicos e privados. A cada turma de qualificação, são treinadas de 20 a 25 pessoas. Depois da parte expositiva, uma dinâmica em grupo permite a troca de experiências e vivências entre os participantes. São utilizados cartões com diferentes situações possíveis de acontecer no local e são discutidas as melhores formas de agir em cada caso. Para receber o selo, além de passar pelo treinamento, é necessário seguir os princípios da Freeda.
Hoje, Porto Alegre conta com 25 estabelecimentos credenciados, como o Espaço Multicultural Aldeia, o café Cozinha da Tribo, a Cinemateca Capitólio, o Café Bonobo, a Casa de Teatro de Porto Alegre, a festa Cadê Tereza?, o Parangolé Bar e Restaurante, o Agridoce Café, a Casa de Pelotas, o Ambulatório de Dermatologia Sanitária, entre outros. "O nosso objetivo é que o selo tenha exponencialidade não apenas em bares, hotéis ou estabelecimentos semelhantes, mas também para serviços públicos", destaca um dos cofundadores da Freeda, o jornalista Gabriel Galli.
A meta inicial do grupo, de lançar um aplicativo para que o público avalie os estabelecimentos que frequentam de acordo com a questão do respeito da diversidade sexual e de gênero, deve se concretizar em breve. Quando o aplicativo estiver disponível, será possível acompanhar a avaliação do público de forma on-line, o que é feito agora de forma mais pessoal, em conversas com os proprietários dos estabelecimentos, os relatos do público e também pelas redes sociais. "O selo, por si só, não é uma garantia que não haverá descriminações. Entendemos mais como um posicionamento político, de que o estabelecimento está preocupado com isso e não tem vergonha de mostrar", ressalta Galli.
Pelotas é a única cidade além de Porto Alegre que conta com um estabelecimento que realizou o treinamento e possui o selo. Partiu do próprio local o interesse de vir até a Capital a equipe para realizar a qualificação. O objetivo da Freeda é ultrapassar os limites de Porto Alegre e fazer com que o selo chegue a outras cidades do Estado e até do País. A ideia é desenvolver uma plataforma on-line para que as pessoas possam fazer o curso a distância e utilizar o selo.
"Estamos cada vez mais convencidos que o selo não é para todos os estabelecimentos, mas sim para aqueles que queiram assumir essa bandeira, essa posição política", enfatiza Galli. O jornalista acredita que, após passar por problemas mais sensíveis, em um momento onde a internet dá poder às pessoas de reclamarem ainda mais, os estabelecimentos podem aproveitar como oportunidade para melhorar as práticas e não ficar negando.
As próximas datas das qualificações, assim como os estabelecimentos que possuem o Selo Espaços de Diversidade, podem ser consultadas aqui.
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