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Empresas & Negócios

- Publicada em 20 de Outubro de 2016 às 18:22

O sucesso da equinocultura no Brasil

O Brasil de 2016 tem problemas econômicos, sociais e políticos de toda ordem. Mas há um Brasil que é sucesso a cada ano que passa: o do agronegócio. Neste campo, crescemos mais, os números e a produtividade só aumentam, independentemente das crises que o País enfrenta. Foi o único setor com PIB positivo em meio ao terremoto da instabilidade econômica que assolou a nação em 2015, crescendo 1,8%, segundo o IBGE. Analistas acreditam que o desempenho do segmento seguirá em alta entre 1,5% e 2,2% neste ano.
O Brasil de 2016 tem problemas econômicos, sociais e políticos de toda ordem. Mas há um Brasil que é sucesso a cada ano que passa: o do agronegócio. Neste campo, crescemos mais, os números e a produtividade só aumentam, independentemente das crises que o País enfrenta. Foi o único setor com PIB positivo em meio ao terremoto da instabilidade econômica que assolou a nação em 2015, crescendo 1,8%, segundo o IBGE. Analistas acreditam que o desempenho do segmento seguirá em alta entre 1,5% e 2,2% neste ano.
Em meio a toda esta situação positiva, há um setor do agronegócio que lidera folgado no que diz respeito a crescimento: a equinocultura. Nos últimos 10 anos, a indústria do cavalo viu seu faturamento saltar 113%, quase 12% ao ano. Em 2006, o setor movimentava R$ 7,5 bilhões. No ano passado, atingiu R$ 16 bilhões. Esta pesquisa foi comandada pela Confederação Nacional da Agricultura e conduzida pela Esalq - Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (USP), por intermédio do Departamento de Economia Aplicada (Cepea). Difícil achar um setor formal da economia brasileira com resultados tão positivos.
O Rio Grande do Sul sempre foi um polo da criação de cavalos no Brasil. Regiões próximas à fronteira com o Uruguai e a Argentina, países de grande tradição nesta cultura, têm excelentes haras com estruturas de ponta. O Estado é referência quando se fala em Puro Sangue Inglês, raça que disputa as corridas pelos Jockey Clubs País afora.
Apesar de esta raça não figurar entre as principais do Brasil - as mais numerosas são Mangalarga Marchador, Nordestino, Quarto de Milha, Crioulo e Mangalarga -, o Puro Sangue Inglês conta com cerca de 15 mil cavalos no País, segundo o levantamento da Esalq. O crescimento da criação desta raça está diretamente relacionado ao volume de apostas nas corridas.
A roda funciona ou gira assim: quanto mais se aposta, mais os prêmios aumentam. E quando os prêmios crescem, toda a cadeia envolvida com aquele cavalo ganha e se estimula o investimento na criação de mais cavalos. E, com mais investimento, todo o setor ganha: o cuidador, o treinador, o proprietário, o jóquei, os Jockey Clubs e o apostador.
Calcula-se que é necessário um trabalhador rural para cada cinco cavalos. E, com os anos, o agronegócio equino como um todo contribuiu para a formação de uma mão de obra extremamente especializada. Hoje há 600 mil empregos diretos e cerca de 3 milhões de indiretos nesta indústria. Isso fixa o homem no campo, que passa a ver a permanência no seu ambiente como viável economicamente, impedindo-o e protegendo-o de vir tentar a vida no meio urbano e aumentando todo o caos social que encontramos nas cidades.
Diante deste cenário, devemos apoiar a equinocultura cada vez mais. É um setor pujante que cresce como nenhum outro, inserido no agronegócio, que alguns economistas costumam chamar de "o Brasil que dá certo", tamanho é o sucesso. É uma estimulante alternativa para que possamos sair desta crise econômica que tanto teima em nos afligir ano após ano. É chegada a hora de os empreendedores, legisladores e autoridades do nosso País darem uma boa olhada para este setor. Eu olhei e não me arrependo. Pelo contrário, a cada dia, tenho mais convicção de que é um caminho com muito potencial de crescimento ainda.
CEO do Suaposta, plataforma de apostas on-line em corridas de cavalos
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