Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 22 de Setembro de 2016 às 17:36

Previdência continua dilema sem solução no Brasil

Pesquisa mostra aquilo que, na prática, a maioria sabia: os brasileiros estão se aposentando, nas últimas décadas, mas continuam trabalhando. Quem recebe pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo óbvio motivo que a aposentadoria ou pensão é baixa, na média não chega a R$ 2 mil.
Pesquisa mostra aquilo que, na prática, a maioria sabia: os brasileiros estão se aposentando, nas últimas décadas, mas continuam trabalhando. Quem recebe pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo óbvio motivo que a aposentadoria ou pensão é baixa, na média não chega a R$ 2 mil.
Entretanto, com isso e a expectativa de vida chegando quase aos 75 anos, a Previdência Social no geral, somando a urbana e a rural, não tem arrecadado o suficiente para bancar os seus compromissos. Analistas dizem que a Previdência urbana é até superavitária, enquanto a rural alavanca o déficit anual que só tem aumentado. Também por conta dos diversos tipos de auxílio que o INSS presta.
A fórmula 85/95 para mulheres e homens, respectivamente, somando idade com tempo de contribuição para aposentadoria, foi aprovada no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). No entanto, agora, todos que se debruçam sobre o assunto afirmam que sem uma idade mínima para aposentadoria, que seria de 65 anos para homens e mulheres, o sistema acabará falido, como aconteceu em outros países.
O fato é que, como está, com a expectativa de vida aumentando, o resultado tem sido um déficit sempre maior, ainda que a Previdência dos servidores públicos federais tenha um rombo superior, proporcionalmente ao número de beneficiários. Enquanto isso, as aposentadorias e pensões do INSS são motivo de reclamações há muitos anos, por seus parcos valores.
Os aposentados da Previdência Social queixam-se, com razão, que o que recebem diminui de valor ano após ano, no caso dos que ganham acima de um salário-mínimo. É que o reajuste para eles é pelo índice oficial de inflação calculado pelo IPCA, enquanto o salário-mínimo chegou quase ao dobro em termos de cálculo. Claro que é muito antipático falar sobre um melhor reajuste para quem ganha o básico dos salários em um Brasil onde há tantas desigualdades; e uma delas, com certeza, é a disparidade salarial e de vencimentos, no setor privado e público.
Porém, o teto para os aposentados do INSS está em torno de R$ 5 mil, arredondando, mesmo que muitos, na ativa, recolhiam bem mais para receber uma aposentadoria melhor.
Então, quando há um rombo nas contas públicas da União, com déficit que assusta, recalculado para algo em torno de R$ 170 bilhões em 2016, eis que se voltam os técnicos em finanças para dizer que, mais uma vez, a culpa é do fracassado modelo de previdência social no Brasil. Em 30 dias, grupo formado por sindicalistas e pelo governo federal apresentará uma proposta de mudança. A mudança no regime de pensionistas, uma das medidas do ajuste fiscal, teve mais apoio da sociedade. Hoje, temos cerca de seis contribuintes ativos para cada aposentado. Em pouco tempo, serão quatro por um aposentado e, um pouco adiante, serão dois por um. Por conta do descaso com o problema, países europeus diminuíram as aposentadorias e pensões que pagavam, uma tragédia social.
As pessoas não têm ideia de que financeiramente as pensões representam muito. A viúva casa-se novamente e usufrui da pensão. Se os filhos se tornam autônomos, têm sua independência, ela também usufrui. Então, mudar a legislação específica tem um apoio público. Porém, tem que ser uma ideia conjunta, entre o governo e as lideranças sindicais. Um período de transição seria ideal, evitando prejuízos irrecuperáveis aos segurados.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO