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Opinião

- Publicada em 21 de Setembro de 2016 às 18:04

A punição ao caixa-2 no financiamento das eleições

É um assunto que teima em não sair da pauta semanal da nossa mídia, com repercussões, infelizmente pelo motivo negativo, também no exterior. Não bastassem os desdobramentos do impedimento da então presidente Dilma Rousseff (PT) e as manifestações contra o atual presidente Michel Temer (PMDB), eis que temos que conviver com a tentativa espúria, beirando à criminalidade parlamentar, em votar, na calada da noite, o Projeto de Lei (PL) nº 1.210/2007, que trata sobre as pesquisas eleitorais, a propaganda eleitoral e o financiamento de campanha, entre outros.
É um assunto que teima em não sair da pauta semanal da nossa mídia, com repercussões, infelizmente pelo motivo negativo, também no exterior. Não bastassem os desdobramentos do impedimento da então presidente Dilma Rousseff (PT) e as manifestações contra o atual presidente Michel Temer (PMDB), eis que temos que conviver com a tentativa espúria, beirando à criminalidade parlamentar, em votar, na calada da noite, o Projeto de Lei (PL) nº 1.210/2007, que trata sobre as pesquisas eleitorais, a propaganda eleitoral e o financiamento de campanha, entre outros.
O projeto, que visava também criminalizar a prática de caixa-2, estava se transformando em uma anistia a quem incorreu na prática. Ora, isso era e é inadmissível. Por que ter caixa-2 se a doação não é ilegal, como, sistematicamente, afirmam os que dela se beneficiam? Ah, mas as contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Não é isso que está em discussão, mas sim a origem do dinheiro. Se era lícito, por que lançar no folclórico caixa-2, um nome para acobertar, com certeza, dinheiro mal havido e com segunda e nefasta intenção? Agora mesmo, um bilionário do Partido Republicano criticou, amargamente, o candidato do seu partido, Donaldo Trump, e doou para Hillary Clinton, do Partido Democrata, nada menos do que US$ 2 milhões. Evidentemente que ele tem de onde tirar o dinheiro.
Caixa-2 é um sofisma, uma maneira de burlar, e a prova está que, com a proibição das doações por pessoas jurídicas, as campanhas para prefeito e vereador estão mais pobres do que jamais visto, em todo o País.
O Brasil tem que ser passado a limpo e promover as reformas pelas quais o povo tanto clama. Os benefícios dados a certas categorias têm que acabar, mesmo que elas mereçam receber bem.
Mas, diretamente, sem auxílio disso ou daquilo, menos ainda verbas indenizatórias em torno de R$ 23 mil, caso dos parlamentares federais, com comprovação dos gastos até 90 dias após efetivados, pelos mais diversos motivos. O País está mal, recém a Petrobras lançou um plano de investimentos para os próximos cinco anos, mas, com redução, vai se livrar de operações para as quais, pelo seu gigantismo, não tem a mobilidade necessária, além de manter um Plano de Demissão Voluntária que teve boa adesão, lançado pelo governo anterior.
O caixa-2 é um ato criminoso para esconder algo errado. Um dinheiro mal havido e que, se doado aos diretórios nacionais dos partidos, parece ser algo normal. Mas, repete-se, qual a origem dos milhões doados? Por qual motivo tanta bondade dita democrática para com esse ou aquele partido? O Brasil gasta além do que arrecada desde 1957, segundo revelado pelos órgãos governamentais. Isso está absolutamente errado. Além disso, o combate à inflação continua baseado nos juros altos, que consomem a inacreditável soma de R$ 500 bilhões ao ano. O que poderia ser feito com metade dessa fábula de dinheiro em setores como Educação, Saúde e Previdência Social?
Pois quando o governo federal tenta aprovar um pacote de ajuste fiscal a fim de fechar o rombo em suas contas públicas, o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, disse que os recursos desviados em esquema de corrupção no Brasil tiram dos cofres do governo algo em torno de R$ 200 bilhões por ano.
E a Lava Jato já denunciou mais de 150 pessoas, fechou mais de 28 acordos de delação premiada e conseguiu a reversão voluntária aos cofres oficiais de mais de R$ 1,5 bilhão. É preciso dizer mais?
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