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Opinião

- Publicada em 20 de Setembro de 2016 às 16:10

Um Enem para os candidatos

Paulo Vellinho
O atual período eleitoral faz-me lembrar a oportunidade do tema relacionado com a indispensável qualificação dos candidatos em todas as instâncias de poder, tese que defendo há anos e que alguns observadores julgam ser utópica. Reafirmo: minha proposta é fruto de realidades que conheci, como é o caso da França. A ENA (Ècole Nationale de Administration) é uma entidade oficial que tem como objeto garimpar alunos destacados nas faculdades privadas ou públicas buscando recrutar os melhores talentos que demonstrem vocação para a vida pública. Homens excepcionais como Gyscard D'Estaing, François Mitterand, Jacques Chirac e François Hollande, por exemplo, foram egressos desta seleção e tornaram-se presidentes da França. Mas não precisamos recorrer ao modelo francês se desejarmos selecionar e qualificar candidatos. Aqui mesmo, no Brasil, temos o Instituto Rio Branco, que forma os quadros de diplomacia, num sistema seletivo extremamente rigoroso. Igualmente, os postulantes a cargos no Judiciário submetem-se a um rígido processo de escolha dos mais aptos. São carreiras de Estado. Paradoxalmente, para o Legislativo e o Executivo, inclusive a própria presidência da República, o acesso é livre, bastando que o candidato seja indicado por um partido político, sem qualquer requisito maior, de preferência que seja capaz de angariar votos, que é o caso do deputado Tiririca. Repito: temos que criar um Enem para candidatos para que nos livremos do estigma "cada povo tem o governo que merece". Isto vem impedindo que o Brasil se libere da mediocridade, qualifique o cidadão e, assim sendo, tornemo-nos dignos de ser um dia um País desenvolvido social e economicamente, sem desníveis sociais que lamentavelmente maculam a nossa realidade.
O atual período eleitoral faz-me lembrar a oportunidade do tema relacionado com a indispensável qualificação dos candidatos em todas as instâncias de poder, tese que defendo há anos e que alguns observadores julgam ser utópica. Reafirmo: minha proposta é fruto de realidades que conheci, como é o caso da França. A ENA (Ècole Nationale de Administration) é uma entidade oficial que tem como objeto garimpar alunos destacados nas faculdades privadas ou públicas buscando recrutar os melhores talentos que demonstrem vocação para a vida pública. Homens excepcionais como Gyscard D'Estaing, François Mitterand, Jacques Chirac e François Hollande, por exemplo, foram egressos desta seleção e tornaram-se presidentes da França. Mas não precisamos recorrer ao modelo francês se desejarmos selecionar e qualificar candidatos. Aqui mesmo, no Brasil, temos o Instituto Rio Branco, que forma os quadros de diplomacia, num sistema seletivo extremamente rigoroso. Igualmente, os postulantes a cargos no Judiciário submetem-se a um rígido processo de escolha dos mais aptos. São carreiras de Estado. Paradoxalmente, para o Legislativo e o Executivo, inclusive a própria presidência da República, o acesso é livre, bastando que o candidato seja indicado por um partido político, sem qualquer requisito maior, de preferência que seja capaz de angariar votos, que é o caso do deputado Tiririca. Repito: temos que criar um Enem para candidatos para que nos livremos do estigma "cada povo tem o governo que merece". Isto vem impedindo que o Brasil se libere da mediocridade, qualifique o cidadão e, assim sendo, tornemo-nos dignos de ser um dia um País desenvolvido social e economicamente, sem desníveis sociais que lamentavelmente maculam a nossa realidade.
Empresário
 
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