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Opinião

- Publicada em 13 de Setembro de 2016 às 15:56

Uma esperança que renasce na Suprema Corte

Nada menos do que uma agradável e positiva surpresa foi o discurso de posse da nova presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. Abrindo mão até mesmo de uma confraternização com comes e bebes, ainda que pagos pelos ministros, Cármen Lúcia deu um belo exemplo. E, tudo indica, não ficará por aí.
Nada menos do que uma agradável e positiva surpresa foi o discurso de posse da nova presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. Abrindo mão até mesmo de uma confraternização com comes e bebes, ainda que pagos pelos ministros, Cármen Lúcia deu um belo exemplo. E, tudo indica, não ficará por aí.
Quer um novo e ágil Judiciário no Brasil, além de, segundo outros ministros deixaram saber, abrir mão do reajuste aprovado pelo Congresso para os ministros do Supremo. Lembrou que há uma crise financeira no Brasil, e o efeito chamado de "cascata" desse aumento irá ressoar mal pelas finanças dos estados em diversos escalões de governo.
Ora, neste momento de penúria, desemprego e mesmo um certo desânimo, era tudo o que a população queria ouvir. O geralmente silencioso decano do STF, ministro Celso de Mello, bradou fortes palavras contra a corrupção, adjetivando o crime com tudo o que os simples cidadãos gostariam de gritar, sem serem ouvidos. Pois coube a Celso de Mello deixar bem claro a sua ojeriza pela corrupção e a promessa de combatê-la sempre.
Tudo foi dito sobre a importância do esforço, do trabalho e da boa gestão, que só eles conseguirão reerguer o País. A presidente Cármen Lúcia fez profissão de fé pelo Brasil que podemos e vamos ter, graças a uma postura de todos e de cada um de nós, conforme dito e repetido por todos aqueles que se debruçam sobre os nossos problemas e como resolvê-los.
Está mais do que evidente para os brasileiros em geral que a corrupção - e a falta de combate aos crimes a ela associados - dominaram as passeatas nas cidades em que aconteceram.
No entanto, os Poderes da República representam um corte vertical na sociedade brasileira, com suas virtudes e defeitos.
Quando enaltecemos a mediana destas virtudes e defeitos falamos de pecados veniais, não os mortais, como a corrupção. Jogar detritos na rua, não arrumar as calçadas em frente às moradias, atravessar fora das faixas de segurança, exceder a velocidade no trânsito e outras atitudes socialmente incorretas são algo que, uma vez que seja, todos nós praticamos. Contudo, organizar-se em quadrilha para lesar os cofres públicos é uma demasia criminosa, capitulada e punida pela legislação penal.
Os que pagam impostos e são tementes à lei cansaram das explicações sistemáticas que nada resolvem. Todos nós queremos soluções para os problemas que se arrastam há anos. Mas isso é uma construção coletiva, de empresários, governos e da população em geral. Reclamar é saudável, e as passeatas ordeiras são um momento de reflexão. No entanto, vemos que, em meio dos protestos, existem os baderneiros, os aproveitadores e mesmo ladrões com a estampa de que pertencem à classe média. Por isso, a repressão em favor do patrimônio deveria ser mantida. Ou a baderna instalar-se-á.
Então, um novo Judiciário, no sentido da aplicação da lei sem mais delongas, sem as artimanhas jurídicas protelatórias, está sendo proposto pela nova presidente. É uma sugestão muito bem-vinda, eis que vai ao encontro das aspirações cotidianas da maioria silenciosa que labuta diariamente no País. É ela que clama por organização, progresso, emprego e o fim da impunidade.
Caso avance nestes quesitos, com certeza Cármen Lúcia terá sua figura ornada pelos elogios de tanta gente sofrida neste Brasil afora.
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