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Opinião

- Publicada em 09 de Setembro de 2016 às 17:33

Um sistema de saúde enfermo

Um dos diagnósticos mais assustadores que uma pessoa pode receber é câncer. Cada vez mais frequente, a doença tem ocupado espaço importante nas estatísticas que se confirmam nas experiências de nossas famílias e amigos. O câncer é resultado do crescimento descontrolado das células, que cooptam os processos das células normais, utilizando-as para crescer e se esconder do sistema imunológico. Essas células doentes não respeitam regras e podem inviabilizar a vida do hospedeiro.
Um dos diagnósticos mais assustadores que uma pessoa pode receber é câncer. Cada vez mais frequente, a doença tem ocupado espaço importante nas estatísticas que se confirmam nas experiências de nossas famílias e amigos. O câncer é resultado do crescimento descontrolado das células, que cooptam os processos das células normais, utilizando-as para crescer e se esconder do sistema imunológico. Essas células doentes não respeitam regras e podem inviabilizar a vida do hospedeiro.
É inevitável traçar um paralelo entre a doença e o sistema de saúde: fragilizado por financiamento e gestão insuficientes, danificado por fraudes, com tentativas de soluções desorganizadas por prioridades questionáveis e atalhos judiciais que privilegiam uma minoria que sabe demandar.
Essas notícias vêm sistematicamente recidivado na imprensa. O sistema de saúde vai ter que articular estratégias inovadoras para evitar sucumbir frente as ameaças de insustentabilidade. E as estratégias devem ser solidárias, procurando consertar todo o sistema, e não exclusivamente algum problema individual. Um exemplo clássico de descompasso são os estudos clínicos: há demandas judiciais para fornecimento de drogas que poderiam ter sido usadas, sem custo nenhum para o paciente ou sistema de saúde, em protocolos de pesquisa.
A inclusão de pessoas em protocolos de novas drogas oferece a possibilidade de o indivíduo receber tratamentos que são, no mínimo, o melhor disponível na literatura médica ou receber também o objeto da pesquisa. Enquanto nos Estados Unidos são mais de 80 estudos clínicos abertos para cada milhão de habitantes, na América Latina são 2. O Estados Unidos não são exemplo ideal de eficiência, mas mesmo com recursos muito maiores, esta estratégia é amplamente adotada para oferecer tratamentos de ponta e minimizar judicialização. É uma agenda positiva que tem sido muito menos presente do que as notícias ruins. Um elemento-chave da luta contra o câncer é incentivar uma maior cooperação entre todos. Principalmente quando se trata de câncer, temos que estar todos do mesmo lado.
Médico oncologista do Hospital do Câncer Mãe de Deus
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