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Internacional

- Publicada em 28 de Setembro de 2016 às 23:17

Em Porto Alegre, ministra italiana defende referendo

Igor Natusch
A ministra para as Reformas Constitucionais da Itália, Maria Elena Boschi, esteve ontem em Porto Alegre, como parte de um roteiro por países sul-americanos com forte presença de italianos. O principal objetivo da visita, que teve ato promovido no Grêmio Náutico União da Capital, foi defender a reforma constitucional proposta pelo governo da Itália, que prevê o fim do sistema bicameral perfeito, com a redução dos poderes do Senado. Todos os cidadãos italianos residentes em outros países, como o Brasil, podem votar no referendo popular que avalia a questão, previsto para o começo de dezembro.
A ministra para as Reformas Constitucionais da Itália, Maria Elena Boschi, esteve ontem em Porto Alegre, como parte de um roteiro por países sul-americanos com forte presença de italianos. O principal objetivo da visita, que teve ato promovido no Grêmio Náutico União da Capital, foi defender a reforma constitucional proposta pelo governo da Itália, que prevê o fim do sistema bicameral perfeito, com a redução dos poderes do Senado. Todos os cidadãos italianos residentes em outros países, como o Brasil, podem votar no referendo popular que avalia a questão, previsto para o começo de dezembro.
Se a proposta que consta no referendo for aprovada, o parlamento italiano, que hoje tem quase mil representantes, será reduzido em um terço. A ideia é que o senado italiano seja reduzido a um total de cem integrantes, sem recebimento de salários e com poder decisório bastante reduzido. Além disso, devem ser abolidos alguns entes governamentais que "não servem mais", nas palavras da ministra.
"São duas câmaras que fazem a mesma coisa", diz Boschi. Ela garante que a mudança não aumenta o poder do presidente, mas define como fundamental que o poder decisório esteja concentrado em uma única casa legislativa. "A boa política é a que mantém as promessas e tem capacidade de responder as necessidades dos trabalhadores. Se os cidadãos aprovarem essa mudança, como eu espero que aconteça, teremos uma redução do custo da política na Itália, o que vai simplificar as coisas para os cidadãos".
Cerca de 10% dos eleitores habilitados para votar no referendo mora fora do território italiano. Descrevendo a comunidade italiana em Porto Alegre como "muito numerosa e muito ativa", a ministra reforçou o desejo de que haja uma grande participação de expatriados na votação. "Não importa se você mora em Roma, Porto Alegre ou Paris, essa decisão diz respeito ao futuro de todos os italianos pelos próximos 30 anos".
Durante a visita, Maria Elena Boschi foi recebida pelo governador José Ivo Sartori. No encontro, foram discutidos possíveis intercâmbios entre o Estado e o governo italiano, que podem ser consolidados a partir de uma missão que o governador fará à Europa durante o mês de outubro.
Esta foi a primeira visita de uma autoridade do governo italiano ao Rio Grande do Sul desde 1958, quando o Estado teve a presença do então presidente Giovanni Gronchi. Antes de chegar em Porto Alegre, a ministra esteve nas cidades de Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai. A comitiva encerra seu giro pela América do Sul com passagens por São Paulo e Brasília, que acontecem nos próximos dias.
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