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Internacional

- Publicada em 26 de Setembro de 2016 às 19:12

Debate amplia diferenças entre Hillary e Trump

Republicano e democrata 'trocaram farpas' na Universidade de Hofstra

Republicano e democrata 'trocaram farpas' na Universidade de Hofstra


DREW ANGERER/AFP/JC
O primeiro dos três debates entre os principais candidatos à presidência dos Estados Unidos, realizado ontem à noite, começou morno, mas, como era de se esperar, esquentou na medida em que as provocações entre Donald Trump e Hillary Clinton foram aumentando. Mediador do encontro, realizado na Universidade Hofstra, em Long Island, Nova Iorque, o jornalista Lester Holt, apresentador do NBC Nightly News, teve que intervir várias vezes para possibilitar que os dois conseguissem concluir uma frase sem interrupções. No final, ficaram a certeza de que os dois têm pouco em comum e a impressão de que os indecisos farão a diferença na votação do dia 8 de novembro.
O primeiro dos três debates entre os principais candidatos à presidência dos Estados Unidos, realizado ontem à noite, começou morno, mas, como era de se esperar, esquentou na medida em que as provocações entre Donald Trump e Hillary Clinton foram aumentando. Mediador do encontro, realizado na Universidade Hofstra, em Long Island, Nova Iorque, o jornalista Lester Holt, apresentador do NBC Nightly News, teve que intervir várias vezes para possibilitar que os dois conseguissem concluir uma frase sem interrupções. No final, ficaram a certeza de que os dois têm pouco em comum e a impressão de que os indecisos farão a diferença na votação do dia 8 de novembro.
Considerado um "showman", o magnata tentou ser comedido - para seus parâmetros -, com o objetivo de angariar a simpatia dos republicanos que relutam em apoiá-lo, mas não deixou claro quais são suas propostas. Já a democrata, que ainda tenta convencer os mais jovens, tirou proveito da experiência política
A primeira questão do debate foi relativa aos rumos da economia norte-americana. O republicano prometeu forte corte de impostos e ainda renegociar acordos comerciais fechados por Washington com outros países. Já a ex-secretária de Estado defendeu uma economia que funcione para todos, e não apenas para as classes abastadas. Trump afirmou que as empresas estão deixando os EUA e indo para outros para países, como o México.
Holt questionou Hillary sobre o fato de ter usado uma conta de e-mail de servidor privado quando era secretária de Estado. Ela confessou que foi um erro e que assumia a responsabilidade por ele.
Em seguida, o apresentador tocou na questão racial, citando os recentes tumultos em Charlotte e Tulsa após a morte de homens negros pela polícia. Hillary defendeu controle de armas e um trabalho conjunto com a polícia. Já o empresário afirmou que os negros e latinos no país vivem "no inferno". "Precisamos trazer a lei e a ordem de volta", afirmou. Aproveitando o gancho, Holt pediu para o republicano explicar porque dizia que Barack Obama não havia nascido nos EUA. Breve, Trump apenas disse que acabou admitindo que o presidente é norte-americano, sim.
Voltando ao tema da privacidade, o mediador questionou quem está por trás dos recentes vazamentos de e-mails. Hillary afirmou que há grupos independentes e também ataques de países como a Rússia. Trump, que é amigo de Vladmir Putin, defendeu o presidente russo.
O terrorismo, um dos temas que mais preocupam os norte-americanos, foi a pauta seguinte. O republicano e a democrata prometeram intensificar esforços para combater o Estado Islâmico (EI). Hillary defendeu que precisa ser feito mais, incluindo a intensificação de ataques aéreos na região onde estão membros do grupo terrorista, contando com cooperação internacional. Já Trump culpou Obama pelos problemas no Oriente Médio. Segundo ele, o democrata criou um "vácuo" quando o país deixou o Iraque, o que permitiu o nascimento do Estado Islâmico.
O último assunto foi a política sobre armas nucleares. Trump alegou que elas "são o maior problema para o mundo, não o aquecimento global", como defende Obama. Ele criticou ainda o acordo feito com o Irã, acusando de ser o pior fechado pelo país. Hillary afirmou que, em seu governo, o país vai honrar seus acordos.
Horas antes do debate, uma pesquisa de intenção de votos foi divulgada, mostrando uma maior vantagem da candidata democrata, com cinco pontos à frente do rival. Pelo levantamento, feito pela NBC e pela empresa SurveyMonkey, Hillary tem 45% dos votos e Trump, 40%, quando se consideram os dois candidatos independentes, Gary Johnson, pelo Partido Libertário, que aparece com 10%, e Jill Stein, do Partido Verde, com 3%.
O próximo debate será em St. Louis, no estado de Missouri, em 9 de outubro. O último deve ocorrer no dia 19, em Las Vegas, no estado de Nevada.
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