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Internacional

- Publicada em 15 de Setembro de 2016 às 15:38

Ex-prisioneiro sírio de Guantánamo deixa estado de coma

O sírio Jihad Diyab, ex-prisioneiro de Guantánamo que deixou o Uruguai rumo à Venezuela em julho, deixou o estado de coma superficial nesta quinta-feira, mas ainda apresenta um quadro de saúde muito frágil, segundo a equipe médica que o acompanha em Montevidéu. Diyab, de 45 anos, está em greve de fome há mais de um mês e não ingeria líquidos havia 12 dias quando teve um desmaio na quarta-feira e permaneceu inconsciente.
O sírio Jihad Diyab, ex-prisioneiro de Guantánamo que deixou o Uruguai rumo à Venezuela em julho, deixou o estado de coma superficial nesta quinta-feira, mas ainda apresenta um quadro de saúde muito frágil, segundo a equipe médica que o acompanha em Montevidéu. Diyab, de 45 anos, está em greve de fome há mais de um mês e não ingeria líquidos havia 12 dias quando teve um desmaio na quarta-feira e permaneceu inconsciente.
Ao despertar, na noite de quarta-feira, o sírio teria retirado o soro, segundo o grupo "Vigília por Jihad Diyab", que tem acompanhado Diyab desde sua volta ao Uruguai e divulgado notícias sobre ele nas redes sociais. De acordo com a médica Julia Galzerano, o soro foi administrado na quarta-feira porque o ex-prisioneiro estava extremamente desidratado.
O grupo disse ainda na nota divulgada que Diyab sente dores, mas está consciente. Com a greve de fome, o sírio quer pressionar o Uruguai a enviá-lo à Turquia ou a outro país para se reencontrar com a mulher e as três filhas. Foi esse o motivo que o levou, em julho, a Caracas, onde esperava receber apoio de um governo crítico aos EUA.
A pressão já estaria surtindo efeito. Segundo José Luis Cancela, vice-chanceler uruguaio, o ministro Rodolfo Nin Novoa esteve nos EUA na quarta-feira para "obter a maior cooperação possível das autoridades norte-americanas" para transferir o sírio a outro país. A mulher de Diyab, refugiada em Ancara com as três filhas do casal, não quer ir para o Uruguai.
A saúde de Diyab está mais comprometida porque ele já havia feito uma longa greve de fome enquanto estava em Guantánamo. Na prisão, chegou a ser submetido a alimentação forçada com sonda, o que fez com que seus advogados entrassem com um processo contra o governo dos EUA. O sírio caminha até hoje com a ajuda de muletas e tem problema nos rins.
No fim de junho, o governo uruguaio revelou que não sabia onde estava Diyab e que ele poderia ter cruzado a fronteira com o Brasil. Em 26 de julho, ele bateu à porta do consulado uruguaio em Caracas, após cruzar o continente de ônibus, passando pelo Brasil. Como todos os outros ex-prisioneiros de Guantánamo, Diyab tem status de refugiado no Uruguai e não é impedido de deixar o país. Apesar de haver uma discussão sobre se o sírio ainda poderia retornar como refugiado, o governo uruguaio negou que sua condição tenha mudado.
No consulado em Caracas, ele pediu para ser mandado para a Turquia, mas não foi atendido. No mesmo dia, o ex-prisioneiro deixou a representação diplomática e foi detido por agentes venezuelanos.
Diyab foi preso em 2002, no Paquistão, suspeito de ligação com a rede terrorista Al-Qaeda. Ficou 12 anos em Guantánamo, sem nenhuma acusação formal, até ter sua transferência liberada.
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