Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Reino Unido

- Publicada em 05 de Setembro de 2016 às 15:27

Políticos esboçam plano de saída da UE

Theresa May deve discutir nos próximos dias acordos comerciais com outros países

Theresa May deve discutir nos próximos dias acordos comerciais com outros países


GREG BAKER/AFP/JC
Dois meses após o Reino Unido votar por sua saída da União Europeia (UE), conhecida como Brexit, políticos britânicos esboçaram, nesta segunda-feira, alguns dos contornos desse controverso cenário futuro, ainda que borrados. A premiê Theresa May disse, em viagem à China, que se reunirá com seu gabinete para discutir acordos comerciais com outros países. Ela citou China, Índia, México, Coreia do Sul, Cingapura e Austrália como nações interessadas em remover barreiras comerciais. O Brasil não estava na lista.
Dois meses após o Reino Unido votar por sua saída da União Europeia (UE), conhecida como Brexit, políticos britânicos esboçaram, nesta segunda-feira, alguns dos contornos desse controverso cenário futuro, ainda que borrados. A premiê Theresa May disse, em viagem à China, que se reunirá com seu gabinete para discutir acordos comerciais com outros países. Ela citou China, Índia, México, Coreia do Sul, Cingapura e Austrália como nações interessadas em remover barreiras comerciais. O Brasil não estava na lista.
May disse que o Reino Unido manterá "algum controle" na migração de cidadãos europeus, o que pode significar que uma eventual restrição seria apenas parcial. Analistas interpretaram sua declaração, também, como sinal de que cidadãos europeus serão favorecidos no cenário da saída britânica. Nigel Farage, ex-líder do separatista Partido da Independência do Reino Unido (Ukip), afirmou que seria "inaceitável" dar prioridade aos cidadãos europeus.
Como anunciado na véspera, David Davis, ministro britânico responsável pelo Brexit, apresentou ao Parlamento outros detalhes do processo de saída do bloco. Ele afirmou que o Reino Unido deixará a UE, mas não dará as costas ao continente. A saída será o resultado de um "consenso nacional", e a cooperação com o bloco em assuntos de segurança será mantida. "Haverá novas liberdades, novas oportunidades, novos horizontes", disse o ministro, que detalhou que sua pasta tem 180 funcionários em Londres e 120 em Bruxelas.
 

Maioria dos britânicos está otimista em relação a cenário futuro

Os britânicos decidiram, em votação no dia 23 de junho, por deixar o bloco econômico europeu. Desde então, ainda não se apresentaram propostas claras de como será a separação. Imagina-se que o artigo 50, que dá início à separação, só seja ativado em 2017. A partir de então, haverá um prazo de dois anos para a conclusão do Brexit.
Uma pesquisa divulgada pela rede BBC mostrou que 62% dos britânicos estão otimistas com o futuro do Reino Unido após o Brexit. No entanto, 46% acreditam que a reputação britânica foi prejudicada por essa decisão.
A ansiedade em torno da saída do bloco não é apenas britânica. A comunidade internacional aguarda, atenta, as decisões sobre o evento. O governo do Japão publicou, durante o fim de semana, um relatório afirmando que a saída britânica pode levar instituições financeiras e empresas japonesas a abandonar o Reino Unido.