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Terrorismo

- Publicada em 04 de Setembro de 2016 às 17:48

Turquia expulsa EI da fronteira

Avanço é substancial para a operação militar iniciada no final de agosto

Avanço é substancial para a operação militar iniciada no final de agosto


BULENT KILIC/AFP/JC
Rebeldes apoiados pela Turquia conseguiram avançar ontem sobre o Norte da Síria, entre as cidades de Azaz a Jarablus, na fronteira entre os dois países, expulsando o Estado Islâmico (EI) da região, segundo a agência estatal Anadolu. O avanço isola o grupo, já que corta as principais linhas de contato das regiões controladas pelo EI, dificultando o acesso a armas, munição e combatentes estrangeiros.
Rebeldes apoiados pela Turquia conseguiram avançar ontem sobre o Norte da Síria, entre as cidades de Azaz a Jarablus, na fronteira entre os dois países, expulsando o Estado Islâmico (EI) da região, segundo a agência estatal Anadolu. O avanço isola o grupo, já que corta as principais linhas de contato das regiões controladas pelo EI, dificultando o acesso a armas, munição e combatentes estrangeiros.
A conquista marca um avanço substancial para a operação Escudo do Eufrates, das forças turcas, que começou no final do mês passado com soldados rebeldes com apoio de Ancara, sob a bandeira do Exército Livre da Síria, tomando a cidade de Jarablus. "Foi removido o contato físico do Daesh (acrônimo para Estado Islâmico em árabe) com a fronteira turca no Norte da Síria", informou a Anadolu.
A Turquia promoveu duas incursões na Síria desde 24 de agosto, em uma operação criada para remover o EI da fronteira e prevenir o avanço de forças curdas apoiadas pelos EUA. O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, defendeu a intervenção no país no vizinho.
"Estamos ali para proteger nossas fronteiras, garantir a segurança dos nossos cidadãos e propriedades e para proteger a integridade territorial da Síria", afirmou Yildirim em uma visita à cidade de Diyarbakir. Em comunicado à imprensa divulgado neste domingo, o Exército afirmou que tomou do EI dez vilas e atingiu 20 alvos da organização.
A agência de notícias estatal síria também informou que forças a favor do governo iniciaram uma ofensiva contra a cidade de Aleppo, retomando áreas perdidas no último mês e isolando regiões controladas por rebeldes.
A retomada representou um grande retrocesso para grupos insurgentes. Eles já haviam perdido soldados durante as batalhas para abrir um corredor dentro da cidade e levantar o bloqueio do governo de Bashar al-Assad. Depois que o governo cercou a cidade, em julho, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que cerca de 300 mil residentes estavam presos nas áreas controladas pelos rebeldes.

Rússia e EUA tentam fechar acordo sobre a Síria

O presidente Barack Obama afirmou que os Estados Unidos e a Rússia trabalharam ontem para tentar finalizar um acordo de cessar-fogo na Síria que permitiria a chegada de ajuda humanitária no país, devastado pela guerra. "Ainda não chegamos lá", disse Obama depois de um encontro com a primeira-ministra britânica, Theresa May, paralelamente à cúpula do G-20 da cidade chinesa de Hangzhou.
Oficiais dos Estados Unidos e da Rússia, que apoiam lados diferentes na guerra síria, tem se encontrado nas últimas semanas para estudar os termos de um acordo. A guerra civil matou mais de 250 mil pessoas e deslocou 11 milhões, causando uma crise de refugiados no Oriente Médio e na Europa, e contribuindo com a ascensão de grupos de militantes islâmicos. A Rússia apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, e os EUA, forças rebeldes contra o governo.