Heiko Spitzeck � especialista em sustentabilidade corporativa  Heiko Spitzeck � especialista em sustentabilidade corporativa Foto: FREDY VIEIRA/JC

Sustentabilidade vista como oportunidade

Heiko Spitzeck participou de atividade na Amcham Porto Alegre

Heiko Spitzeck, 42 anos, gerente executivo do Núcleo de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral no Brasil (escola de negócios brasileira com atuação internacional), apresentou para um grupo de empresários, na Amcham Porto Alegre, seu mais recente estudo, chamado Futuro da Sustentabilidade Corporativa no Brasil. Sua experiência acadêmica de mais de 10 anos inclui cursos de ética nos negócios, intraempreendedorismo social e responsabilidade. "Eu acredito que todo mundo pode fazer algo melhor, que pode ser bom para o negócio. Mas mais importante é que faça bem para sociedade", diz o alemão. Pesquisas realizadas pela consultoria britânica Verdantix e pelo Massachusetts Technology Institute (MIT) mostram que a redução de custos é o principal atrativo de CEOs para a aplicação de práticas como essas. Além do retorno financeiro, a sustentabilidade posiciona a corporação como um agente relevante na busca de melhorias reais para a população. Veja destaques da conversa:
GeraçãoE - Há uma mudança de paradigma em relação às questões sustentáveis. Como isso vai refletir nos novos empreendedores?
Heiko Spitzeck - Você vê alguns empreendedores que já nascem com ideias diferenciadas em sustentabilidade. O suco Do Bem, por exemplo, que vende sucos feitos só com ingredientes naturais, vem para o mercado do tipo "isso faz bem para sua saúde, isso faz bem para o produtor, faz bem para todo mundo". Por isso o nome de suco Do Bem. Então, têm empreendedores que usam uma estratégia, um modelo de negócio que se diferencia em sustentabilidade, e normalmente atuam com mercados das classes A e B, que estão dispostos a pagar mais por isso.
GE - Como o empreendedor deve entender a sustentabilidade?
Heiko - Como oportunidade ou como forma de se diferenciar. Têm vários investidores de impacto que só se focam em empresas que trabalham com temas sociais, ambientais. Têm o Impact Hub e a Ashoka, que aceleram esses negócios, investem ou capacitam.
GE - Qual foi o maior aprendizado nesse estudo?
Heiko - A relevância de temas para o futuro. Eu não esperava que saíssem temas como desigualdade econômica e biodiversidade como prioridades para 2020, 2022. E outra surpresa é que, em comparação com empresas norte-americanas, as brasileiras falam que conseguem fazer o vínculo entre sustentabilidade e negócio. As empresas norte-americanas não conseguem fazer esse chamado business case tão claro.
GE - Tem como dar alguma dica para quem quer tornar a empresa sustentável?
Heiko - Para mim, seria usar o guia que a gente tem, que é bem rápido. Pensar: como eu identifico temas que são relevantes para o meu negócio e como isso se conecta com minha estratégia? Basicamente, é isso. Porque você gera valor econômico e, para o empreendedor, é a sobrevivência. Nos primeiros cinco anos, tem que sobreviver, porque a taxa de mortalidade é alta.
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