Empresa de base tecnológica, a Tecnano Pesquisas e Serviços Ltda. tem sido pioneira na aplicação inovadora da nanotecnologia para a agricultura. Tudo começou em 2009 com o projeto Primeira Empresa Inovadora - Prime/Finep. Na época, foi feito um treinamento de nanotecnologia na Alemanha, onde eram produzidos os primeiros produtos nessa área. Até hoje, poucos países desenvolveram essa tecnologia para produção de nanofibras, nanoemulsões ou nanocápsulas com agroquímicos e testados em instituições de pesquisa parceiras.
Entre os produtos produzidos nesses estudos estão tratamentos de sementes (incluindo fungicida e inseticidas encapsulados), inoculantes bacterianos (bactérias benéfica às plantas) e feromônios (moléculas de comunicação entre insetos). A empresa, em pesquisa com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), foi a primeira a produzir inoculantes bacterianos na forma de nanofibras, aplicar em sementes e testar seu resultado na raiz de plantas. O trabalho saiu no "Canadian Journal of Microbiology", em 2013. As nanofibras são aplicadas eletrostaticamente e avaliadas por microscopia eletrônica.
A partir dos resultados de laboratório, foi decidido desenvolver a tecnologia em escala piloto industrial, e o sócio-fundador Cláudio Eduardo Farias Nunes Pereira afirma que o Tecnova foi essencial nessa fase. O contrato com uma fabricante de tintas se deu no meio do projeto e, através do Tecnova, houve construção de protótipos e testes. "O desenvolvimento tecnológico é de ponta e tem potencial para o mercado", afirma Pereira.