Publicada em 25 de Agosto de 2017 às 14:34

Sem protestos e divergências, esta foi a feira do silêncio, diz Carlos Sperotto

 Expointer 2016 coletiva Farsul presidente da Farsul Carlos Sperotto foto Claiton Dornelles

Expointer 2016 coletiva Farsul presidente da Farsul Carlos Sperotto foto Claiton Dornelles


CLAITON DORNELLES/JC
Marina Schmidt, do Rio de Janeiro, especial para o JC
O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, descreveu com poucas palavras a 39ª Expointer: "foi a Expointer do silêncio", disse aos jornalistas na tarde deste domingo. A declaração reflete, sobretudo, o efeito da mudança na organização do evento, que teve sua abertura oficial realizada no primeiro dia de feira e não mais em conjunto com o desfile dos campeões.
Anteriormente realizado em espaço aberto, o pronunciamento das autoridades, por conta da alteração, ficou restrito a convidados e à imprensa em ambiente fechado. Diferentemente do ano passado, quando a cerimônia de abertura foi marcada por protesto dos servidores contra o parcelamento de salários, nesta edição, durante cerca de três horas, autoridades e representantes de entidades do setor discursaram sem qualquer tipo de enfrentamento, demonstrando, inclusive, alinhamento entre os segmentos.
O evento também fugiu a qualquer possibilidade de protestos como os que têm sido realizados desde o impeachment de Dilma Rousseff, na última quarta-feira. "As coisas boas aconteceram ao natural", ponderou o dirigente, que sinalizou a ausência de impasses e divergências nesta edição.
Sperotto destacou a presença maciça de autoridades na 39ª Expointer. O primeiro dia da exposição contou com a participação de quatro ministros: Eliseu Padilha (Casa Civil), Ronaldo Nogueira (Trabalho), Osmar Terra (Desenvolvimento Social) e Blairo Maggi (Agricultura).
O presidente da Farsul declarou que Nogueira e Maggi tiveram um diálogo mais próximo com a entidade, frisando, especialmente, a importância de Nogueira no "diálogo que se está construindo" a respeito da questão trabalhista. A visita dos ministros da Agricultura da Argentina, Ricardo Buryaile, e do Uruguai, Tabaré Aguirre, também foi ressaltada como um diferencial desta edição.
Avaliando o novo cenário político do País, Sperotto sublinhou que a Farsul só se manifestará sobre o governo de Michel Temer quando for o momento. "A casa não elegeu Michel Temer. Os eleitores de Dilma Rousseff é que elegeram", disparou. "Não deixaremos de atuar no momento em que for necessário", sustentou.
Depois de meses de discussão sobre os supostos crimes de responsabilidade da ex-presidente, em que se sobressaíram debates sobre o Plano Safra, a sensação é a de que a importância do crédito ao agricultor não foi bem retratada, salientou o dirigente. "Houve uma falha ao comentarem sobre o Plano Safra", declarou. A crítica é a de que faltou demonstrar que o setor agropecuário absorve muita tecnologia e depende bastante do crédito. Porém, é o segmento com as taxas de inadimplência mais baixas para o setor financeiro. "Todo o crédito vem lastreado na produção. Não existe verba a fundo perdido."
O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, descreveu com poucas palavras a 39ª Expointer: "foi a Expointer do silêncio", disse aos jornalistas na tarde deste domingo. A declaração reflete, sobretudo, o efeito da mudança na organização do evento, que teve sua abertura oficial realizada no primeiro dia de feira e não mais em conjunto com o desfile dos campeões.
Anteriormente realizado em espaço aberto, o pronunciamento das autoridades, por conta da alteração, ficou restrito a convidados e à imprensa em ambiente fechado. Diferentemente do ano passado, quando a cerimônia de abertura foi marcada por protesto dos servidores contra o parcelamento de salários, nesta edição, durante cerca de três horas, autoridades e representantes de entidades do setor discursaram sem qualquer tipo de enfrentamento, demonstrando, inclusive, alinhamento entre os segmentos.
O evento também fugiu a qualquer possibilidade de protestos como os que têm sido realizados desde o impeachment de Dilma Rousseff, na última quarta-feira. "As coisas boas aconteceram ao natural", ponderou o dirigente, que sinalizou a ausência de impasses e divergências nesta edição.
Sperotto destacou a presença maciça de autoridades na 39ª Expointer. O primeiro dia da exposição contou com a participação de quatro ministros: Eliseu Padilha (Casa Civil), Ronaldo Nogueira (Trabalho), Osmar Terra (Desenvolvimento Social) e Blairo Maggi (Agricultura).
O presidente da Farsul declarou que Nogueira e Maggi tiveram um diálogo mais próximo com a entidade, frisando, especialmente, a importância de Nogueira no "diálogo que se está construindo" a respeito da questão trabalhista. A visita dos ministros da Agricultura da Argentina, Ricardo Buryaile, e do Uruguai, Tabaré Aguirre, também foi ressaltada como um diferencial desta edição.
Avaliando o novo cenário político do País, Sperotto sublinhou que a Farsul só se manifestará sobre o governo de Michel Temer quando for o momento. "A casa não elegeu Michel Temer. Os eleitores de Dilma Rousseff é que elegeram", disparou. "Não deixaremos de atuar no momento em que for necessário", sustentou.
Depois de meses de discussão sobre os supostos crimes de responsabilidade da ex-presidente, em que se sobressaíram debates sobre o Plano Safra, a sensação é a de que a importância do crédito ao agricultor não foi bem retratada, salientou o dirigente. "Houve uma falha ao comentarem sobre o Plano Safra", declarou. A crítica é a de que faltou demonstrar que o setor agropecuário absorve muita tecnologia e depende bastante do crédito. Porém, é o segmento com as taxas de inadimplência mais baixas para o setor financeiro. "Todo o crédito vem lastreado na produção. Não existe verba a fundo perdido."
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