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Indústria

- Publicada em 29 de Setembro de 2016 às 17:35

Produção industrial gaúcha tem maior alta desde 2014

 INDÚSTRIA, LINHA DE PRODUÇÃO.  FOTO DA CAPA    FÁBRICA DA AGCO EM CANOAS

INDÚSTRIA, LINHA DE PRODUÇÃO. FOTO DA CAPA FÁBRICA DA AGCO EM CANOAS


CLAITON DORNELLES/JC
Ao atingir 52,9 pontos em agosto, o índice de produção da indústria gaúcha puxou o crescimento da atividade do setor no Estado. Foi a mais expressiva elevação mensal desde fevereiro de 2014, quando havia alcançado 54,2 pontos, aponta a Sondagem Industrial, divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) nesta quinta-feira. Emprego, com 47,1 pontos, também apresentou uma leve melhora no mês (46,3 pontos em julho), embora continue a revelar queda por seguir abaixo dos 50 pontos.
Ao atingir 52,9 pontos em agosto, o índice de produção da indústria gaúcha puxou o crescimento da atividade do setor no Estado. Foi a mais expressiva elevação mensal desde fevereiro de 2014, quando havia alcançado 54,2 pontos, aponta a Sondagem Industrial, divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) nesta quinta-feira. Emprego, com 47,1 pontos, também apresentou uma leve melhora no mês (46,3 pontos em julho), embora continue a revelar queda por seguir abaixo dos 50 pontos.
"Com a chegada do final do ano, a expectativa é de que ocorra uma pequena melhora. Mas a verdade é que o empresário não sabe se conseguirá passar pelo próximo ano, a permanecer o cenário econômico atual", afirma o presidente da Fiergs, Heitor José Müller. A retração mantém o indicador de emprego sem expansão desde março de 2014, quando esteve em 52,7 pontos.
Outro dado da sondagem é de que a ociosidade no setor industrial gaúcho continua grande, mesmo que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) tenha passado de 66% em julho para 67% em agosto. O índice que a considera em relação à usual marcou 39,9 pontos em agosto, ante 36,3 pontos em julho, revelando que a UCI, ainda que distante, não fica tão próxima da usual desde novembro de 2014 (41 pontos). Outro problema para a indústria no Estado foi o excesso de estoques, o dado mais negativo do mês. O índice em relação ao planejado pelas empresas subiu de 50,6 para 52,8 pontos, revelando acúmulo, fato que não ocorria desde março de 2016, quando foi eliminado após longo período de ajuste.
Para os próximos seis meses, as expectativas dos empresários gaúchos continuaram a melhorar em setembro. A projeção para a demanda subiu pelo quarto mês consecutivo, atingindo 57,4 pontos, o maior valor desde março de 2014, o que reflete crescimento. O índice de emprego subiu pelo quarto mês e chegou a 48,8, mas ainda denota contração. A trajetória ascendente em curso aponta para uma redução no ritmo de queda do emprego nos próximos meses. A intenção de investimento permanece retraída, em 40,8 pontos, mas é o maior valor em oito meses. As perspectivas de exportações também se revelam positivas, subindo a 54,4 pontos em setembro, mantendo a sinalização de crescimento.
Os indicadores da Sondagem Industrial variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 indicam expectativas de aumento e valores abaixo de 50 pontos expectativas de queda. Para a intenção de investimentos, quanto maior o índice, maior a propensão a investir.
 

Atividade cai 0,6% em agosto ante julho, diz Fiesp

A produção da indústria paulista caiu 0,6% em agosto comparativamente a julho, descontados os efeitos sazonais, segundo o Indicador do Nível de Atividade (INA) divulgado nesta quinta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
A entidade reportou também revisão feita no dado de julho comparativamente a junho de uma queda de 0,6% para um recuo menor, de 0,5%.
Na leitura dos dados originais de agosto comparativamente a julho, sem o expurgo dos efeitos sazonais, a atividade fabril paulista recuou 2,3%, segundo o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp (Depecon).
Quando comparado com agosto do ano passado, o INA mostra uma queda de 7,7%. De janeiro a agosto em relação ao mesmo período do ano passado, a produção industrial paulista recuou 9,6%, mesma taxa de queda para o período de 12 meses até agosto.
Para o fechamento deste ano, a Fiesp projeta queda de 6,4% no nível de atividade da indústria, o que, se for confirmado, mostrará uma pequena piora em relação ao ano passado, quando o INA caiu 6,2%.
"Este resultado é uma indicação clara de que a recuperação pretendida e anunciada ainda não chegou para a indústria paulista. Não vemos sinais de retomada efetiva", afirmou o diretor do Depecon, Paulo Francini.
A confiança dos empresários industriais paulistas recuou 0,3% na passagem de agosto para setembro, para 49,1 pontos, segundo o Indicador Sensor da Fiesp. O indicador varia numa escala de zero a 100 pontos. Leituras abaixo de 50 significam diminuição das expectativas positivas.
Dos cinco itens que compõem o sensor, só o estoque registrou alta de 2,7 pontos, subindo a 52,9 pontos. As quedas foram registradas por mercado (1,2 ponto), vendas (1,8 ponto), emprego (0,9 ponto) e investimento (0,8 ponto).

Importação indica retomada da indústria brasileira, mostra levantamento realizado pela FGV

O recente aumento nas importações no País parece esconder uma boa notícia sobre a atividade econômica. Os dados desagregados da balança comercial sugerem que há uma recuperação não apenas nos investimentos, mas também na produção industrial. As informações constam de um novo índice calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Indicador Mensal da Balança Comercial trará informações sobre a variação dos índices de preços das exportações e importações brasileiras, e também a variação de volume das exportações e importações.
O levantamento mostra que o volume importado de bens de capital em agosto aumentou 16% em relação ao mesmo período de 2015. Ao mesmo tempo, houve um salto de 41% nas importações de bens intermediários, que estão ligados à retomada da produção industrial.
"Os resultados indicam uma melhora futura, porque os bens intermediários estão muito ligados à indústria. Se você começa a importar de forma consistente, pode significar uma retomada da produção industrial", lembrou Lia Valls, coordenadora de Estudos do Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
O bom desempenho também foi influenciado pelo impacto positivo da valorização do real ante o dólar e da queda nos preços de itens importados. Mas a pesquisadora pondera que, no acumulado de janeiro a agosto, o volume de importação de bens intermediários ainda registra queda de 10,2%, embora o de bens de capital avance 11,7%.
As exportações brasileiras de bens de capital também cresceram no período, acumulando um avanço de 29,5% em 2016.
As demais categorias em uso também exportaram mais de janeiro a agosto em relação ao mesmo período do ano passado, um bom sinal sobre a atividade da indústria de transformação: bens de consumo duráveis (35,2%); bens de consumo não duráveis (6,8%); bens de consumo semiduráveis (15,8%); e bens intermediários (10,2%).
Em agosto, o volume de exportações de não commodities saltou 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o das commodities aumentou 2,4%. Segundo a FGV, as exportações brasileiras foram impulsionadas por acordos comerciais para vendas de automóveis, além de aviões e plataformas de petróleo.