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Conjuntura

- Publicada em 26 de Setembro de 2016 às 18:31

Trégua de alimentos pode melhorar previsão sobre inflação

As elevações dos preços dos alimentos nos últimos meses explicam a interrupção na melhora da avaliação dos consumidores sobre a inflação futura. No entanto, com o resultado mais favorável dos produtos alimentícios captado pela prévia da inflação oficial no País em setembro, é possível que o otimismo retorne em outubro, na avaliação da economista Viviane Seda, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
As elevações dos preços dos alimentos nos últimos meses explicam a interrupção na melhora da avaliação dos consumidores sobre a inflação futura. No entanto, com o resultado mais favorável dos produtos alimentícios captado pela prévia da inflação oficial no País em setembro, é possível que o otimismo retorne em outubro, na avaliação da economista Viviane Seda, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou uma ligeira queda de 0,01% nos gastos das famílias com Alimentação e Bebidas em setembro. O resultado do IPCA-15 acumulado em 12 meses foi de 8,78%.
Já a mediana da inflação esperada pelos consumidores para os 12 meses seguintes ficou em 9,8% em setembro, mesmo resultado informado em agosto, de acordo com o Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores da FGV. "A próxima leitura será melhor, após esse arrefecimento nos preços dos alimentos registrado em outubro", previu Viviane.
No geral, há expectativa de desaceleração da inflação tanto pelos consumidores com menor renda quanto entre os de maior poder aquisitivo. Para os consumidores com renda familiar acima de R$ 9.600,00, a inflação prevista vem se reduzindo há sete meses consecutivos. Entre os consumidores de menor poder aquisitivo, essa perspectiva vem se mantendo nos últimos três meses.
"Ainda assim o padrão é muito fora do limite superior do teto da meta do governo (6,5% no ano), muito alto ainda. Mesmo entre as famílias de renda mais alta, que sentem menos o impacto da variação de preços dos alimentos, a inflação esperada de 9% é um patamar muito alto", lembrou Viviane.
O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor, que coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Cerca de 75% desses entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.

IPC-S da 3ª quadrissemana de setembro cai em cinco capitais

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu em cinco das sete capitais pesquisadas na terceira quadrissemana de setembro em relação à segunda leitura do mês, divulgou a instituição nesta segunda-feira, 26. No geral, o IPC-S recuou de 0,27% para 0,18% entre os dois períodos.
Por região, o IPC-S apresentou decréscimo na taxa de variação de preços em Salvador (0,25% para 0,19%), Belo Horizonte (0,16% para 0,06%), Rio de Janeiro (0,19% para 0,10%), Porto Alegre (0,28% para 0,10%) e São Paulo (0,38% para 0,26%). O índice calculado pela FGV subiu em Recife (0,23% para 0,27%) e em Brasília (0,23% para 0,33%).