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Consumo

- Publicada em 26 de Setembro de 2016 às 18:27

Consumo dos gaúchos dá sinais de estabilidade

Compra de bens duráveis é penalizada com restrição da renda e crédito

Compra de bens duráveis é penalizada com restrição da renda e crédito


FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ABR
A intenção de consumo das famílias gaúchas dá mais alguns sinais de estabilidade em setembro. O indicador fecha o mês com aumento de 4,5% na comparação com agosto, aos 59,1 pontos. Os dados são da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF), divulgada ontem pela Fecomércio-RS.
A intenção de consumo das famílias gaúchas dá mais alguns sinais de estabilidade em setembro. O indicador fecha o mês com aumento de 4,5% na comparação com agosto, aos 59,1 pontos. Os dados são da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF), divulgada ontem pela Fecomércio-RS.
"Os números de setembro mostram que o ICF parece já ter batido no fundo do poço. Apesar de ainda não registrar uma recuperação mais robusta, esses sinais de que a avaliação das famílias em relação ao cenário de consumo parou de piorar são importantes nesse momento", afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
A avaliação quanto à situação do emprego alcançou 96,6 pontos, permanecendo no campo pessimista e 13,1% inferior a setembro de 2015. Apesar da melhora na comparação com os meses recentes, os números evidenciam que o indicador permanece muito abaixo do patamar médio dos últimos anos, refletindo um mercado de trabalho enfraquecido.
O dado referente à situação de renda atual ficou em 76,2 pontos, com recuo de 11,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, mas elevação de 8,9% em relação a agosto. "Apesar do nível reduzido desse componente, a desaceleração recente da inflação pode ter contribuído para uma melhora da avaliação da renda, mesmo que esse sinal positivo ainda seja bastante incipiente", destaca Bohn. Segundo ele, avaliações mais consistentes em relação à renda das famílias só devem surgir na medida em que houver um início de recuperação no mercado de trabalho.
O indicador relacionado ao nível de consumo atual caiu 21,7% sobre o ano passado, ficando em 43,1 pontos. Neste componente, pesam negativamente a conjuntura de queda da renda real, juros altos e deterioração do mercado de trabalho. A avaliação referente à facilidade de acesso a crédito recuou 17,1% na mesma base de comparação, aos 51,9 pontos; e o referente ao momento para consumo de bens duráveis, caiu 33,5%, aos 26,6 pontos. "O consumo de bens duráveis sofre de forma especial com a crise, pois são impactados diretamente pela restrição da renda e do crédito e, em geral, podem ter sua compra adiada nesses momentos", explica o presidente da Fecomércio-RS.
Nas análises relativas às expectativas, o indicador que mede a perspectiva profissional atingiu 71,6 pontos, com queda de 8,6% ante setembro de 2015. Já em relação às perspectivas de consumo, a redução foi de 30,8% (47,4 pontos).

Força Nacional traz impactos positivos para o comércio

Na semana em que a chegada da Força Nacional completa um mês na capital gaúcha, a CDL Porto Alegre comemora os reflexos positivos para o comércio. Na avaliação de Alcides Debus, presidente da CDL POA, o acréscimo de agentes ao quadro local garantiu mais tranquilidade para os consumidores porto-alegrenses. "Ações como essas trazem os consumidores de volta às ruas, gradualmente. Assim, percebemos que há uma movimentação maior nas lojas, com um impacto positivo e crescente nas vendas", avaliou Debus, com base em uma enquete realizada entre os membros da diretoria da entidade.
O vice-presidente de Micro e Pequenas Empresas da CDL POA, Carlos Frederico Schmaedecke, observou que a presença física de agentes de segurança, incluindo os da Força Nacional, fez diminuir muito os assaltos na rua em frente à sua loja, no Centro. "Percebemos que reduziu visivelmente o roubo de joias e celulares. Diria que diminuiu 80% a ação deste tipo de meliante", considerou.
O diretor Carlos Klein, também da CDL POA, comentou que "a sensação de segurança aumentou muito com a presença da Força Nacional, e o movimento nas lojas de rua já está melhorando significativamente". Outro dirigente, Ricardo Oliveira, comentou que tem visto mais policiais na rua, e a sensação de segurança é maior agora, entretanto ponderou que muitas pessoas ainda estão evitando sair à noite.
Entretanto, os lojistas observaram que alguns cuidados ainda estão sendo tomados para evitar problemas. "Os números podem indicar melhoria, mas a minha sensação de insegurança continua alta, e é o mesmo sentimento que amigos e pessoas próximas a mim continuam tendo", argumentou Tiago Jacobus, também da CDL POA. "Continuo tomando todos os cuidados que eu já tomava antes da Força Nacional chegar aqui, incluindo restrições de saídas noturnas", ponderou.