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Economia

- Publicada em 26 de Setembro de 2016 às 20:45

Venda de fatia da Braskem exige aval de acionistas, diz Parente

Estatal prevê arrecadar US$ 19,5 bi com comercialização de ativos como a petroquímica

Estatal prevê arrecadar US$ 19,5 bi com comercialização de ativos como a petroquímica


BRASKEM/DIVULGAÇÃO/JC
A saída da Petrobras de investimentos no setor petroquímico, caso da Braskem, está dentro de seu planejamento estratégico, mas o encaminhamento desse assunto precisará passar ainda por uma discussão sobre o acordo de acionistas da Braskem, disse ontem o presidente da Petrobras, Pedro Parente, após apresentação do plano de negócios realizada na Fiesp.
A saída da Petrobras de investimentos no setor petroquímico, caso da Braskem, está dentro de seu planejamento estratégico, mas o encaminhamento desse assunto precisará passar ainda por uma discussão sobre o acordo de acionistas da Braskem, disse ontem o presidente da Petrobras, Pedro Parente, após apresentação do plano de negócios realizada na Fiesp.
"Essa discussão precede a venda. Temos que preservar o interesse da Petrobras", disse Parente. Segundo ele, como não é possível saber quando essa discussão será concluída, não é possível dar um prazo para a venda da Braskem.
O plano de negócios da Petrobras prevê arrecadar US$ 19,5 bilhões com a venda de ativos e parcerias entre 2017 e 2018. A companhia é um dos melhores ativos dentro do programa de desinvestimento da Petrobras, que divide o controle da empresa ao lado da Odebrecht. A Petrobras possui 47% do capital votante da Braskem, ao passo que a Odebrecht possui 50,1% das ações com direito a voto. Até o momento, a Odebrecht não teria interesse em se desfazer desse ativo e, conforme fontes, esse tem sido um empecilho para a Petrobras efetuar esse desinvestimento.
Segundo o executivo, a meta da companhia é ter o investment grade o mais rápido possível. Uma alavancagem de até 2,5x, como é a meta da estatal para 2018, permitiria que a companhia recuperasse a nota. "Mas essa não é uma decisão nossa", disse.
Mais cedo, Parente havia comentado que a meta de alavancagem foi antecipada em dois anos. Segundo ele, a Petrobras não pode mais continuar com o pagamento de juros diante de uma alavancagem fora do considerado saudável. "A alavancagem supera hoje as 5 vezes por ações que não trazem resultados para a empresa e investimentos que se mostram com custo acima dos projetos, incluindo a não geração de receitas", acrescentou.
O presidente da Petrobras disse que não há, neste momento, nenhuma nova demanda para tomada de recursos pela Petrobras no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). O executivo lembrou que o banco de fomento é um dos principais credores da empresa.
Parente destacou que a Petrobras está em processo de desalavancagem e que, nesse sentido, é de se esperar que a exposição da Petrobras na carteira do Bndes seja reduzida com o passar do tempo, mas frisou que não há nenhuma pressão nesse sentido. A Petrobras fará uma apresentação de seu plano de negócios 2017-2021 no Bndes, o que já foi combinado com a presidente da instituição, Maria Silvia Bastos Marques.
Parente quer discutir com o governo o modelo de remuneração das térmicas. Ele lembrou que as usinas da estatal são importantes para dar segurança ao sistema elétrico e foram despachadas por bastante tempo durante o momento de escassez de água, mas, agora que esse momento passou, as usinas não estão sendo despachadas e portanto não geram receita. Questionado sobre a possibilidade de venda de usinas eólicas que estão no portfólio da estatal, ele foi evasivo: "Vamos nos concentrar nos primeiros anos na área de óleo e gás".
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