O conselho de administração da Petrobras aprovou a venda da malha de gasodutos do Sudeste ao consórcio liderado pela canadense Brookfield por US$ 5,2 bilhões.
O valor corresponde a 35% da meta do plano de venda de ativos da Petrobras para o período entre 2015 e 2016, de US$ 15,1 bilhões -a empresa já havia obtido US$ 4,6 bilhões com a venda de outros ativos. Na terça-feira (20), a companhia anunciou nova meta, de vender mais US$ 19,5 bilhões entre 2017 e 2018.
A operação com a Brookfield envolve 90% da NTS (Nova Transportadora do Sudeste), empresa criada em 2015 a partir da cisão da Transportadora Associada de Gás, subsidiária da estatal que detinha os ativos de transporte de gás natural no Brasil.
O consórcio comprador é formado ainda pelo fundo de pensão canadense British Columbia Investment Management Corporation e os fundos dos governos da China e de Cingapura.
A Petrobras permanecerá como a principal cliente da NTS, que tem 2.050 quilômetros de gasodutos e 44 pontos de entregas de gás na região Sudeste. Com um novo operador, porém, a NTS poderá buscar outros clientes no mercado, quando houver disponibilidade de capacidade de transporte.
A venda também permite que a NTS participe de futuros projetos de expansão da malha brasileira de gasodutos, uma vez que a legislação veda a possibilidade de donos de gás serem investidores em novos dutos no país
Uma outra empresa resultante da cisão da TAG, a NTN (Nova Transportadora do Nordeste), também será negociada, mas a Petrobras ainda não informou detalhes da operação.