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trabalho

- Publicada em 21 de Setembro de 2016 às 19:19

Trabalhadores gaúchos participam hoje do Dia Nacional de Paralisação

As principais centrais sindicais do País e as entidades que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam hoje um Dia Nacional de Paralisação. As paralisações, atrasos na entrada, assembleias nas portas dos locais de trabalho, passeatas e manifestações ocorrerão durante o dia em todo o País. No Rio Grande do Sul, conforme a Central Única dos Trabalhadores do Estado (CUT-RS), haverá manifestações em Porto Alegre e em grandes cidades do Interior.
As principais centrais sindicais do País e as entidades que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam hoje um Dia Nacional de Paralisação. As paralisações, atrasos na entrada, assembleias nas portas dos locais de trabalho, passeatas e manifestações ocorrerão durante o dia em todo o País. No Rio Grande do Sul, conforme a Central Única dos Trabalhadores do Estado (CUT-RS), haverá manifestações em Porto Alegre e em grandes cidades do Interior.
Na capital gaúcha, a mobilização deverá começar de madrugada e contará com concentrações de trabalhadores em garagens de empresas de ônibus, apoiando os rodoviários, e os trabalhadores sairão em caminhadas em direção ao Centro da cidade. Às 11h será realizado um ato público em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) em defesa dos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais.
A mobilização busca fazer oposição à proposta de alterações na legislação trabalhista anunciadas pelo governo Michel Temer. "Estamos indignados com os ataques aos direitos da classe trabalhadora, como a ampliação da jornada de trabalho para 12 horas por dia e os projetos da terceirização sem limites e do negociado sobre o legislado, dentre outros que precarizam o trabalho", diz o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
A reforma da Previdência também é alvo de críticas da entidade representativa. "Não aceitamos idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem, muito menos a desvinculação do aumento do salário-mínimo do reajuste dos benefícios das aposentadorias e pensões", destacou.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Estado (CTB-RS), Guiomar Vidor, avisa que esta mobilização deve servir de preparação para uma greve geral. "Acreditamos que haverá grande adesão dos trabalhadores. Esse é o momento de iniciarmos um processo de resistência, já que corremos o risco de perder todos os nossos direitos", previu Vidor.
Há 17 dias paralisados, os bancários anunciam a intensificação da greve participação do ato unificado. "Mesmo antes do impeachment da presidente Dilma Rousseff, estamos informando a nossa categoria sobre os ataques que vêm por aí. Os bancários mais antigos sabem como foram os anos 1990. Foram anos sem aumentos reais de salários, de retrocesso e retirada de direitos e de muita privatização do patrimônio público. Defendemos que essa lógica está de volta", avaliou o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.
O ato unificado é encabeçado pela CUT, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) e Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora (Intersindical).
O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas) orientou os comerciantes a abrirem os estabelecimentos e trabalharem normalmente. A orientação é que todos se mantenham atentos às movimentações nas proximidades das suas lojas, a fim de garantir a preservação do patrimônio e a segurança de seus funcionários e clientes.

Economia não suportaria esperar reforma trabalhista no 2º semestre, diz presidente do TST

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, disse que a reforma trabalhista é urgente e que a economia do País não suportaria esperar as mudanças até o segundo semestre de 2017. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou que o governo decidiu enviar a modernização trabalhista na segunda metade de 2017. "Acho que a economia não suportaria. Tenho impressão que não é necessária uma ampla reforma de toda a legislação, basta que se prestigie mais a negociação coletiva", disse.
Ele segue a informação dada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, na segunda-feira, quando disse que os projetos no Congresso e os processos a serem julgados na Justiça já são a base para a reforma trabalhista. "Temos as duas principais questões trabalhistas no Supremo, que é a negociação coletiva e a terceirização", disse Gandra. Para ele, o Supremo Tribunal Federal daria ambiente jurídico mais claro ao julgar os processos sobre terceirização e já deu sinalizações sobre a negociação coletiva. "Há quem diga que essas sinalizações ainda dão margem à discussão. Eu tenho visão diferente, a sinalização (do Supremo) é clara", afirmou.