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Negócios corporativos

- Publicada em 18 de Setembro de 2016 às 22:23

Grupo Thyssenkrupp e Microsoft investem em nova tecnologia para manutenção de elevadores

Sistema inspeciona mais de 100 andares em 60 segundos, como ocorreu no prédio OWTC, em Nova Iorque

Sistema inspeciona mais de 100 andares em 60 segundos, como ocorreu no prédio OWTC, em Nova Iorque


JEFFERSON KLEIN/ESPECIAL/JC
A indústria de elevadores levou muito a sério o ditado "tempo é dinheiro". A prova disso é que, depois de o grupo Thyssenkrupp ter desenvolvido modelos que fazem mais de 100 andares em menos de 60 segundos, como pode ser observado no One World Trade Center (OWTC), em Nova Iorque, a empresa busca agora agilizar os processos de manutenção e consertos. Para isso, a companhia, em parceria com a Microsoft, lançou a solução HoloLens.
A indústria de elevadores levou muito a sério o ditado "tempo é dinheiro". A prova disso é que, depois de o grupo Thyssenkrupp ter desenvolvido modelos que fazem mais de 100 andares em menos de 60 segundos, como pode ser observado no One World Trade Center (OWTC), em Nova Iorque, a empresa busca agora agilizar os processos de manutenção e consertos. Para isso, a companhia, em parceria com a Microsoft, lançou a solução HoloLens.
A divulgação da tecnologia foi realizada justamente no icônico prédio dos Estados Unidos, chamado popularmente de Freedom Tower, na quinta-feira passada. O equipamento consiste em uma espécie de óculos que possibilita ao usuário ver uma projeção holográfica da peça que será submetida ao processo de manutenção, conjuntamente com a apresentação de janelas de comandos, similares às que aparecem em uma tela de computador. Um cenário semelhante ao que pode ser visto no filme de ficção científica Minority Report. Porém, o dispositivo do mundo real permite ainda que o operador que estiver usando o HoloLens transmita as imagens do elevador que passará pelo serviço para um outro técnico que, à distância, poderá auxiliar o seu colega repassando conselhos.
De acordo com o CEO da Thyssenkrupp Elevator, Andreas Schierenbeck, a expectativa é de que a ferramenta diminua, em média, pela metade o tempo necessário para atender a uma demanda, assim como servirá de instrumento de treinamento de pessoal. Os benefícios são enormes, já que, segundo o executivo, existem atualmente cerca de 12 milhões de elevadores no mundo, que transportam cerca de 1 bilhão de pessoas por dia. A estimativa da Thyssenkrupp é que as receitas globais dos trabalhos relacionados a elevadores devem aumentar 4,9% por ano até 2019, atingindo o total de US$ 56,3 bilhões.
O diretor da Microsoft Azure IoT, Sam George, destaca que, com o novo produto, o diálogo entre o técnico que está em contato direto com o elevador e o outro profissional que pode lhe ajudar com alguma informação mais específica é feito em tempo real, o que viabiliza uma resposta mais rápida aos problemas. O gerente-geral para o Microsoft HoloLens, Scott Erickson, acrescenta que é um aparelho que não requer fio, totalmente móvel, o que permite a quem o utiliza ficar com as mãos livres, contribuindo para a operacionalidade do sistema. Cada equipamento teve um custo inicial de cerca de US$ 3 mil e, nesse primeiro momento, a Thyssenkrupp fará uso de aproximadamente 50 HoloLens. Entre os edifícios que contarão com o aproveitamento do aparelho está o One World Trade Center, edifício que se destaca na paisagem da Ilha de Manhattan. Com 1.776 pés (referência ao ano de independência dos Estados Unidos e que equivale a 541,3 metros), a construção tem 15 metros a mais do que as antigas torres gêmeas, sendo a mais alta nos Estados Unidos atualmente.
No One World Trade Center, a Thyssenkrupp Elevator instalou 71 elevadores e 12 escadas rolantes, que atendem aos 104 andares do edifício. A presença de tecnologia proveniente do Rio Grande do Sul também pode ser percebida nos elevadores do prédio, que possuem o sistema de corrediças ativas, projetado na planta que a Thyssenkrupp possui em Guaíba. Esses dispositivos são instalados embaixo dos elevadores. A ação reduz as vibrações da cabina em até 50%, deixando-a mais estável e com maior conforto para os passageiros.

Modernização de produto na planta gaúcha avança

Fábio Speggiorin afirma que aprimoramento será finalizado no Rio Grande do Sul ainda este ano

Fábio Speggiorin afirma que aprimoramento será finalizado no Rio Grande do Sul ainda este ano


JEFFERSON KLEIN/ESPECIAL/JC
O sistema de corrediças ativas elaborado em Guaíba, onde estão instalados o parque fabril e a matriz da Thyssenkrupp Elevator no Brasil, já conseguiu alcançar o nível de performance esperado pela empresa quanto à diminuição das vibrações sentidas nos elevadores. O próximo passo será reduzir o custo do produto em cerca de 30% e deixá-lo mais compacto. O gaúcho e vice-presidente mundial de desenvolvimento de produto da companhia, Fábio Speggiorin, adianta que o aprimoramento será finalizado pela planta do Rio Grande do Sul antes que 2016 acabe.
O executivo detalha que as oscilações percebidas na cabina acontecem quando o trilho pelo qual o elevador faz o seu percurso fica desalinhado, algo que é mais frequente de acontecer em edifícios muito altos e quando há uma grande velocidade envolvida no deslocamento. Speggiorin frisa que a alternativa das corrediças ativas é adotada em prédios de diversos países, como Estados Unidos, Alemanha, China, entre outros. Já os primeiros testes com os novos modelos, menores e mais baratos, estão sendo feitos na Coreia do Sul.
Globalmente, a Thyssenkrupp Elevator verificou vendas de € 7,2 bilhões no ano fiscal de 2014/2015, tendo clientes em 150 países. O portfólio da companhia, que emprega mais de 50 mil funcionários, inclui elevadores de passageiros e de cargas, escadas e esteiras rolantes, pontes para embarques de passageiros em aeroportos, escadas e plataformas elevatórias, além de soluções feitas sob medida.
No Brasil, a empresa gera em torno de 4 mil postos de trabalho e registrou faturamento de R$ 1,2 bilhão no ano fiscal de 2014/2015. A unidade no Estado atende ao mercado brasileiro e também exporta para a América Latina. No País, são 63 filiais e postos de serviços localizados em diferentes cidades.