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Economia

- Publicada em 13 de Setembro de 2016 às 22:43

Tanure e Pharol fecham acordo na Oi

Agência Estado
A disputa entre dois dos principais acionistas da operadora de telefonia Oi chegou ao fim nesta terça-feira (13), após meses de embate. A Pharol (antiga Portugal Telecom, maior acionista individual da tele) e o fundo Société Mondiale, ligado a Nelson Tanure, fecharam acordo que prevê a reorganização do conselho de administração. O empresário será indicado para uma vaga de suplente no conselho e vai apontar dois titulares e mais três suplentes, disse uma fonte com conhecimento do assunto.
A disputa entre dois dos principais acionistas da operadora de telefonia Oi chegou ao fim nesta terça-feira (13), após meses de embate. A Pharol (antiga Portugal Telecom, maior acionista individual da tele) e o fundo Société Mondiale, ligado a Nelson Tanure, fecharam acordo que prevê a reorganização do conselho de administração. O empresário será indicado para uma vaga de suplente no conselho e vai apontar dois titulares e mais três suplentes, disse uma fonte com conhecimento do assunto.
O acordo foi confirmado pela Pharol e também em decisão da 7ª Vara Empresarial do Rio, responsável pela recuperação judicial da tele. O juiz Fernando Viana autorizou reunião do Conselho de Administração da tele amanhã, às 11h. "Não há razão para se obstar a reunião, na medida em que os acionistas Bratel (subsidiária da Pharol) e Société Mondiale efetivamente protocolaram hoje petição comunicando o citado acordo", diz a decisão.
Os dois titulares serão o ex-ministro das Comunicações, Helio Costa, e o ex-presidente do BNDES Demian Fiocca. Já os outros nomes cotados para suplentes são Nelson Queiroz Tanure, filho do empresário e diretor de projeto da PetroRio, Blener Mayhew, diretor financeiro da petroleira, e Pedro Grossi Junior, conselheiro da PetroRio e ex-administrador na Oi.
As nomeações serão feitas na reunião do conselho amanhã. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem a prerrogativa de aceitar ou rejeitar a mudança no colegiado.
Apesar de não participar das reuniões se o titular estiver presente, o cargo de suplente é estratégico na companhia. Isso porque o conselho tem quatro comitês formados por membros do colegiado, sendo um deles o de acompanhamento da recuperação judicial da tele. Tanure pode ser indicado para integrar esse comitê.
Em contrapartida, o Société Mondiale deixará de propor medidas de responsabilização contra a companhia portuguesa por danos na fusão com a Oi. A Pharol continuará com cinco indicados no conselho e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com dois membros. O presidente do conselho, José Mauro Mettrau será mantido, assim como Thomas Reichenheim, membro do conselho de administração da Jereissati Telecom. Ao todo, são 11 membros titulares.
O juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio, Fernando Viana, responsável pela recuperação judicial, recebeu em seu gabinete hoje o presidente da Oi, Marco Schroeder, Tanure e o conselheiro Rafael Mora, indicação da Pharol.
A empresa portuguesa informou que o entendimento entre as partes "é um instrumento fundamental para a sustentabilidade da Oi e a para superação do processo de recuperação judicial". O Société Mondiale não fez comentários. A companhia está no meio do maior processo de recuperação judicial do País, com dívidas de R$ 65 bilhões.
Fonte ligada aos credores criticou o acordo. Na visão da fonte, Tanure deve se juntar à Pharol na tentativa de evitar uma diluição dos atuais acionistas no processo de recuperação judicial. Em resposta, os credores podem questionar o tratamento dado aos credores para o juiz ou até mesmo entrar com uma ação contra o plano de recuperação judicial, disse a fonte.
As disputas ocorreram nos últimos meses após o fundo ligado a Tanure ter convocado assembleias de acionistas, uma para votar a destituição de membros ligados à Pharol. A outra assembleia tinha na pauta medidas de responsabilização contra a companhia portuguesa por danos na fusão com a Oi.
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