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Mercado de Capitais

- Publicada em 13 de Setembro de 2016 às 19:57

Bolsa cai com mau humor externo

Um forte movimento de aversão a ativos de risco no mercado internacional não poupou a Bovespa, que caiu 3,01% ontem, voltando ao patamar dos 56.820 pontos. Na essência do movimento mundial estiveram as preocupações dos investidores com a fraqueza das economias na Ásia, Europa e no Estados Unidos. Apesar da queda agressiva, profissionais afirmam que o movimento pode ser atribuído a uma correção, dado que o Ibovespa ainda contabiliza ganhos de 31,08% em 2016.
Um forte movimento de aversão a ativos de risco no mercado internacional não poupou a Bovespa, que caiu 3,01% ontem, voltando ao patamar dos 56.820 pontos. Na essência do movimento mundial estiveram as preocupações dos investidores com a fraqueza das economias na Ásia, Europa e no Estados Unidos. Apesar da queda agressiva, profissionais afirmam que o movimento pode ser atribuído a uma correção, dado que o Ibovespa ainda contabiliza ganhos de 31,08% em 2016.
O nervosismo dos mercados teve início com a notícia de que a Agência Internacional de Energia (AIE) cortou previsões de demanda global por petróleo neste ano e no próximo. Para justificar sua previsão, a entidade destacou a desaceleração na demanda vinda da Ásia, sobretudo de China e Índia.
A análise da agência não apenas derrubou os preços do petróleo e outras commodities, como também alimentou o pessimismo no que diz respeito ao fraco crescimento da economia mundial. No Brasil, as ações da Petrobras tiveram quedas de 7,61% (ON) e de 6,74% (PN). As da Vale, suscetíveis à variação negativa das commodities metálicas, caíram 6,98% (ON) e 6,94% (PNA).
Mas entre as 58 ações que compõem o Ibovespa, as maiores quedas ficaram com as ações do setor de siderurgia - importantes termômetros da expectativa em relação ao crescimento econômico. Lideraram as perdas do índice os papéis de Gerdau Siderúrgica PN (-8,76%), Gerdau Metalúrgica PN (-8,43%), Usiminas PNA (-7,71%) e CSN ON (-7,39%).
A tensão no exterior abriu caminho para o fortalecimento quase generalizado do dólar ante divisas de mercados emergentes. O principal fator para o movimento, que ganhou força ao longo do dia foi a acentuada queda do petróleo, depois que a AIE informou a redução de suas previsões de demanda global por petróleo em 2016 e no próximo ano. Também foi relatada alguma cautela nas mesas de operações com a possibilidade de redução de liquidez internacional nos próximos meses.
No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou aos R$ 3,3154, em alta de 2,05%, maior nível desde 7 de julho, quando terminou em R$ 3,3617. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,314 bilhão. Já no mercado futuro, o contrato de dólar para outubro encerrou aos R$ 3,3300, em alta de 2,04%. O volume foi de US$ 19,207 bilhões.
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TCU examina regularidade de empréstimo da Caixa para J&F comprar Alpargatas

Está aberto no Tribunal de Contas da União (TCU) um processo para examinar a regularidade do empréstimo realizado pela Caixa Econômica Federal à holding J&F. O processo tem como relator o ministro Raimundo Carreiro da Silva.
Em uma operação pouco usual no mercado brasileiro, a Caixa financiou em dezembro do ano passado 100% da compra das ações da Alpargatas que estavam nas mãos da Camargo Corrêa e foram passadas para a J&F Investimentos. O banco liberou R$ 2,7 bilhões em um empréstimo com prazo de pagamento de sete anos, sendo dois de carência, para o grupo da família Batista.
Na época, a J&F pagou o equivalente a 12,8 vezes o Ebitda da Alpargatas, destaca em comentário a equipe da Guide Investimentos. Em média, dizem os analistas, empresas do setor são negociadas a valores menores, entre 8 e 10 vezes o Ebitda. Deste modo, caso a compra tenha que ser revista, isso poderia impactar o prêmio com que atualmente são negociadas as ações da Alpargatas. Procurada, a Caixa não se manifestou alegando sigilo bancário.