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Conjuntura Internacional

- Publicada em 07 de Setembro de 2016 às 18:36

Economia dos EUA ainda cresce em ritmo modesto

Produção das indústrias extrativas de gás e de petróleo segue fraca

Produção das indústrias extrativas de gás e de petróleo segue fraca


DAVID MCNEW/AFP/JC
A economia dos Estados Unidos manteve sua modesta expansão, salvo em algumas regiões, e o crescimento continuará sendo moderado nos próximos meses, de acordo com o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), divulgado nesta quarta-feira.
A economia dos Estados Unidos manteve sua modesta expansão, salvo em algumas regiões, e o crescimento continuará sendo moderado nos próximos meses, de acordo com o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), divulgado nesta quarta-feira.
A atividade das regiões de Nova Iorque e Kansas se estagnou, enquanto o crescimento diminuiu na Filadélfia e em Richmond, diz o documento preparado para reunião do comitê de política monetária que será realizada em algumas semanas.
Os salários subiram, mas de forma "moderada", diz o relatório. Já os preços "permanecem estáveis".
O documento do Fed - publicado oito vezes por ano - chega em um momento em que mercados e consumidores estão pendentes da possibilidade de que o Comitê Federal de Política Monetária (Fomc) decida, no final deste mês, aumentar a taxa de juros pela primeira vez desde dezembro.
O Fed tem adiado aumentos previstos para este ano e adotou uma posição cautelosa devido ao lento crescimento econômico dos Estados Unidos e à inquietude pelo rumo da economia mundial.
A instituição está dividida sobre a conveniência de aumentar em setembro a taxa de juros. A criação de empregos, um ponto chave para essa decisão, se enfraqueceu em agosto com a geração de menos empregos do que o esperado.
O setor industrial registrou uma pequena alta. A atividade de indústrias extrativas de gás e de petróleo continua sendo fraca, assim como a produção de aço em várias regiões. Entretanto, os industriais se mostram otimistas sobre a Filadélfia.
O crescimento do mercado imobiliário residencial se mantém, mas está em desaceleração pela falta de estoques. O setor imobiliário comercial parece estar em uma atitude cautelosa "devido em parte a inquietudes vinculadas às eleições (presidenciais) de novembro".
Na área financeira, a demanda por empréstimos comerciais e por créditos ao consumo avançou pouco e varia segundo as regiões. Em Dallas e Kansas, indústrias vinculadas ao petróleo tiveram problemas para obter créditos.
As condições gerais do mercado de trabalho continuam sendo "ajustadas" em Boston, Chicago, Nova Iorque, São Francisco, Saint Louis e Mineápolis. A inflação permanece estável "globalmente" e quase não foi alterada em Boston, Chicago, Cleveland e Dallas. Os atores econômicos não esperam uma aceleração da inflação nos próximos meses.

Lacker vê 'forte argumento' para alta de juros neste mês

O presidente do Federal Reserve de Richmond, Jeffrey Lacker, afirmou hoje que vê um "forte argumento" para a elevação dos juros na próxima reunião da autoridade monetária, em 20 e 21 de setembro. Segundo o dirigente, que não vota nas reuniões deste ano, a recente leva de indicadores frágeis, incluindo leituras mais fracas no setor de serviço e na indústria, não erodiram sua confiança na perspectiva da economia dos EUA.
"Neste ponto, me parece que o argumento para uma elevação de juros será forte em setembro", disse. "Não vejo o que poderia nos dissuadir disso." Para Lacker, o relatório de empregos de agosto, que apontou para a geração de 151 mil vagas no mês, ficou "bem no meio" (das expectativas). Ele acrescentou que oscilações nos indicadores de manufatura e serviços são normais, mas que as leituras de emprego e o PIB continuam "no caminho certo". "Me parece que teremos uma recuperação no segundo semestre", disse.