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Economia

- Publicada em 01 de Setembro de 2016 às 20:08

Michel Temer deve assinar 11 contratos na China, incluindo Petrobras e Embraer

No primeiro compromisso oficial após ser efetivado no poder, o presidente Michel Temer fará cinco discursos na China para mostrar que houve uma guinada política e econômica no País. Na reunião do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), ele ressaltará as diferenças em relação ao governo passado, tanto no controle das contas públicas e da inflação quanto na retomada do crescimento.
No primeiro compromisso oficial após ser efetivado no poder, o presidente Michel Temer fará cinco discursos na China para mostrar que houve uma guinada política e econômica no País. Na reunião do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), ele ressaltará as diferenças em relação ao governo passado, tanto no controle das contas públicas e da inflação quanto na retomada do crescimento.
Já na agenda preparada exclusivamente para azeitar as relações do Brasil com os chineses, nos níveis empresarial e de Estado, Temer e a equipe de ministros que o acompanham nessa jornada assinarão 11 atos. São negócios bilionários, como a venda de 50 aviões da Embraer, investimentos de US$ 1 bilhão na Petrobras, construção de um grande terminal de cargas e uma siderúrgica no Maranhão e até a venda para os chineses da participação da Camargo Correa na CPFL Energia, por US$ 1,83 bilhão.
Com esses acordos, Temer quer marcar uma nova fase de entradas de recursos no Brasil e reativação da economia. No entanto, terá de dar várias justificativas sobre a cena política e refutar a ideia de golpe. E ainda enfrentará temas complicados, como o reconhecimento da China como economia de mercado.
A agenda do presidente é extensa. Na primeira sessão de trabalho, no domingo, ele admitirá aos demais chefes de Estado que o desafio mais urgente do País é fiscal. No discurso, prometerá ao mundo que o gasto público no País não terá crescimento real nos próximos 20 anos por causa da emenda constitucional que está no Congresso Nacional.
Na segunda-feira, o foco de Michel Temer será a energia elétrica. Dirá que o País está pronto para cooperar na construção de uma plataforma internacional para desenvolver a bioeconomia e a bioenergia avançada e sustentável. Num discurso voltado para o meio ambiente, argumentará que não há um plano B para o mundo a não ser investimento em energia limpa. Nesse mesmo dia, o presidente falará em outro fórum que o mundo precisa discutir os subsídios agrícolas e remover barreiras comerciais para países em desenvolvimento.
Em um almoço com chefes de Estados do G-20, Temer fará um discurso voltado para o social. Dirá que o G-20 tem responsabilidades e que é indispensável uma "solidariedade global revigorada".
Na quinta sessão de trabalho, o presidente tratará de temas como as migrações, assunto em alta por causa dos refugiados que rumam para a Europa. Defenderá política para estabilização e desenvolvimento dos locais de origem desses fluxos migratórios. Lembrará, por exemplo, que o Brasil recebeu de braços abertos os haitianos - que não se enquadram na categoria de refugiados, mas chegaram aos milhares ao País por diversas razões. Condenará o terrorismo. E ainda falará sobre saúde. Lembrará que o Brasil quebrou a patente dos remédios contra a Aids. Durante a viagem, o presidente ressaltará que o mundo não se recuperou da crise mundial e que três elementos têm merecido a atenção do governo brasileiro: a evolução do preço das commodities, os reflexos das políticas monetárias acomodatícias em países desenvolvidos e a volatilidade dos mercados financeiros por causa do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) e do terrorismo.
O governo brasileiro tem interesses específicos nesta viagem. Com a China, o Brasil quer aumento das exportações do agronegócio brasileiro inclusive por meio da habilitação de novos estabelecimentos autorizados a exportar carne. Sublinhará a necessidade de maior flexibilidade das autoridades chinesas na concessão de autorização para as importações e a participação de empresas chinesas no Plano de Investimentos em Infraestrutura.
 
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