Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 16 de Setembro de 2016 às 16:06

Educação estacionada


ANTONIO PAZ/JC
Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2015 foram desesperadores. O Brasil estacionou em 3,7. O Rio Grande do Sul, entre 2013 e 2015, despencou no Ensino Médio. A nota, que era de 3,7, foi para 3,3. A queda foi a maior do Brasil. "A educação gaúcha, nesta década, despenca ladeira abaixo", disse o deputado Heitor Schuch (PSB, foto). De acordo com ele, o índice mostra que o Brasil inteiro estancou na educação, já que o índice está estagnado desde 2011. "De 2005 a 2015, patinamos neste índice. Pelas metas estabelecidas para chegarmos a 2022 com indicadores semelhantes aos dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), deveríamos ter atingido, no ano passado, um modesto 4,3, mas estancamos em 3,7. Onde foi que erramos nesses 10 anos? Essa é a pergunta. Essa resposta precisa ser buscada para além do óbvio. Os baixos salários pagos aos professores, certamente, têm a sua culpa, mas há outros fatores que precisam ser colocados na balança se quisermos que crianças e adolescentes progridam na aprendizagem e não abandonem a escola", afirmou.
Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2015 foram desesperadores. O Brasil estacionou em 3,7. O Rio Grande do Sul, entre 2013 e 2015, despencou no Ensino Médio. A nota, que era de 3,7, foi para 3,3. A queda foi a maior do Brasil. "A educação gaúcha, nesta década, despenca ladeira abaixo", disse o deputado Heitor Schuch (PSB, foto). De acordo com ele, o índice mostra que o Brasil inteiro estancou na educação, já que o índice está estagnado desde 2011. "De 2005 a 2015, patinamos neste índice. Pelas metas estabelecidas para chegarmos a 2022 com indicadores semelhantes aos dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), deveríamos ter atingido, no ano passado, um modesto 4,3, mas estancamos em 3,7. Onde foi que erramos nesses 10 anos? Essa é a pergunta. Essa resposta precisa ser buscada para além do óbvio. Os baixos salários pagos aos professores, certamente, têm a sua culpa, mas há outros fatores que precisam ser colocados na balança se quisermos que crianças e adolescentes progridam na aprendizagem e não abandonem a escola", afirmou.
Atraso de décadas
As metas citadas por Heitor Schuch são para daqui a seis anos. Mas, no ritmo atual, o Brasil poderá levar décadas. De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Ayrton Senna, o Brasil chegará à meta do Ensino Fundamental em 2027, com seis anos de atraso. O Ensino Médio, que já recebe alunos defasados, deverá demorar ainda mais. Até o ministro da Educação, Mendonça Filho, admitiu o desastre. Ele chamou os índices de "vergonhosos".
Parar tudo e pensar
A repercussão do índice foi feia no Congresso. "Se não melhorarmos a educação, não adianta nos iludirmos com outras medidas. É hora de parar com tudo e pensar seriamente na educação. É hora de começar tudo de novo. Os currículos, os sistemas, a remuneração dos professores, está tudo errado", disse o senador Lasier Martins (PDT).
Tudo pode piorar
O deputado federal Pepe Vargas (PT) vê um cenário apocalíptico no futuro. "Todos os candidatos a prefeito se defrontam com a necessidade de apontar para a população como vão melhorar o sistema de educação em seu município, como vão garantir educação infantil, Ensino Fundamental, e como financiarão essas duas políticas públicas extremamente importantes e necessárias para a maioria da população", disse, para depois fazer referência à PEC 241/16, que congela por 20 anos o aumento nos gastos públicos. "Por 20 anos, querem, na prática, congelar porque a inflação é uma mera correção monetária os recursos da saúde e da educação. Isso é um absurdo, vai gerar um caos na saúde e um caos na educação pública brasileira", afirmou. A deputada federal Maria do Rosário (PT) teve a mesma visão apocalíptica. "Se no ritmo atual o Brasil atingirá meta de ensino com décadas de atraso, cortando recursos e desmontando programas como agora, nunca chegaremos", disse.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO