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Repórter Brasília

- Publicada em 05 de Setembro de 2016 às 22:36

Insegurança gaúcha

A segurança no Rio Grande do Sul, por ser, hoje em dia, praticamente inexistente, virou assunto recorrente. O Estado teve uma alta de 70% nos números de assassinatos nos últimos 10 anos, enquanto a Brigada Militar tem apenas um pouco mais da metade do efetivo previsto em lei (19,1 mil contra 32,4 mil). A situação ficou tão feia que o governador José Ivo Sartori (PMDB) chamou, com muito atraso, a Força Nacional de Segurança. Wantuir Jacini se demitiu do cargo de secretário de Segurança Pública no final de agosto, sendo substituído pelo prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB). A escolha foi criticada, já que Sartori não teria consultado o vice, José Paulo Cairoli (PSD). Schirmer foi indiciado por conta do incêndio na Boate Kiss, em 2013. A alta vertiginosa da criminalidade no Estado, fruto também da crise econômica, é assunto no Congresso Nacional.
A segurança no Rio Grande do Sul, por ser, hoje em dia, praticamente inexistente, virou assunto recorrente. O Estado teve uma alta de 70% nos números de assassinatos nos últimos 10 anos, enquanto a Brigada Militar tem apenas um pouco mais da metade do efetivo previsto em lei (19,1 mil contra 32,4 mil). A situação ficou tão feia que o governador José Ivo Sartori (PMDB) chamou, com muito atraso, a Força Nacional de Segurança. Wantuir Jacini se demitiu do cargo de secretário de Segurança Pública no final de agosto, sendo substituído pelo prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB). A escolha foi criticada, já que Sartori não teria consultado o vice, José Paulo Cairoli (PSD). Schirmer foi indiciado por conta do incêndio na Boate Kiss, em 2013. A alta vertiginosa da criminalidade no Estado, fruto também da crise econômica, é assunto no Congresso Nacional.
Aumento vertiginoso
O deputado federal gaúcho Covatti Filho (PP) pediu a criação de uma comissão externa temporária para "acompanhar, visitar, analisar e fiscalizar as condições da segurança pública no Rio Grande do Sul". Segundo ele, a situação está além de grave. "Atualmente, há aumento vertiginoso de crimes contra a vida, bem como contra o patrimônio no Estado. Neste sentido, não há, também, momentaneamente, perspectiva de criação de cargos para as forças policiais, vale dizer: Brigada Militar, Polícia Civil e Instituto-Geral de Perícias. Some-se a isso a notícia que o efetivo sofre inúmeras baixas ano a ano em razão de aposentadorias, por vezes de forma precoce. E os cargos que são criados por vezes não suprem a necessidade do efetivo das polícias."
Problema estrutural
Para o deputado federal gaúcho Jones Martins (PMDB), não adianta culpar um governador ou outro, pois o problema é estrutural. "Do ponto de vista de governabilidade econômica e política, vemos muitos discursos de deputados culpando PMDB, PT, Tarso Genro (PT), Germano Rigotto (PMDB), José Ivo Sartori, como se o governador pagasse os servidores em parcelas, porque gosta, como se o governador não pudesse contratar mais soldados por pura vontade. A crise de fundo é financeira, estrutural. No Rio Grande do Sul, ao longo dos anos, os governadores ficaram empurrando com a barriga: uns arrumaram dinheiro extra, porque privatizaram; outros arrumaram dinheiro extra, porque usaram caixa único; outros arrumaram dinheiro extra, porque desviaram recursos de financiamento; outros arrumaram dinheiro extra, porque pegaram os depósitos judiciais. E Sartori não tem mais alternativas, não tem mais de onde buscar recurso extra." A crise na segurança pública vem aumentando e se espalhando para o Interior, enquanto a Força Nacional fica apenas em Porto Alegre. O deputado gaúcho Heitor Schuch (PSB) apontou que Santa Cruz do Sul bateu o recorde de assassinatos, com 32 vítimas, na primeira metade desse ano. O recorde anterior era de 2014, com 30 assassinatos.
 
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