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Repórter Brasília

- Publicada em 01 de Setembro de 2016 às 17:40

Atrasos na carteira de trabalho

Em junho de 2016, o sistema de emissão de carteiras de trabalho, digitalizado desde 2015, precisou de uma atualização. O Ministério do Trabalho afirmou que as sextas-feiras seriam reservadas apenas para a atualização. De acordo com a pasta, havia uma intermitência no Sistema Dataprev, que vinha afetando o atendimento nos postos, ocorrendo pontos de lentidão e às vezes indisponibilidade do sistema. O resultado foi que o sistema ficou praticamente parado por quase um mês. Em maio, por conta da migração dos bancos de dados, 171 cidades gaúchas tiveram a emissão do documento suspensa. Em Goiás, a espera pelo documento chegou a 60 dias, e o sistema de emissão quase entrou em colapso. Em Brasília, a fila de espera para o atendimento chegou a 45 dias. Há dois anos, havia a promessa de que a carteira de trabalho seria entregue na hora. O sistema em questão cruza as informações de diversos órgãos do governo. Se há problemas em um banco de dados, todo o sistema cai.
Em junho de 2016, o sistema de emissão de carteiras de trabalho, digitalizado desde 2015, precisou de uma atualização. O Ministério do Trabalho afirmou que as sextas-feiras seriam reservadas apenas para a atualização. De acordo com a pasta, havia uma intermitência no Sistema Dataprev, que vinha afetando o atendimento nos postos, ocorrendo pontos de lentidão e às vezes indisponibilidade do sistema. O resultado foi que o sistema ficou praticamente parado por quase um mês. Em maio, por conta da migração dos bancos de dados, 171 cidades gaúchas tiveram a emissão do documento suspensa. Em Goiás, a espera pelo documento chegou a 60 dias, e o sistema de emissão quase entrou em colapso. Em Brasília, a fila de espera para o atendimento chegou a 45 dias. Há dois anos, havia a promessa de que a carteira de trabalho seria entregue na hora. O sistema em questão cruza as informações de diversos órgãos do governo. Se há problemas em um banco de dados, todo o sistema cai.
Sem emprego
"Sem carteira de trabalho, não há emprego. E ninguém pode ficar sem emprego por falta de carteira", disse o deputado federal gaúcho Renato Molling (PP). As falhas na emissão impedem contratações e contribuem para o aumento do desemprego, que chegou a 11,4 milhões de brasileiros em junho. A taxa, de 11,2%, atingiu o recorde e colocou o Brasil em último na criação de emprego em relação a 43 países em estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento, intitulado "Perspectivas do Emprego 2016", leva em conta os dados dos 35 países-membros da organização (a Letônia aderiu ao grupo em junho) e de nove outras economias, como Brasil e China. Molling acusa o Ministério do Trabalho. "Não tem muita lógica, e não tem desculpa. É falta de organização, falho demais." De acordo com ele, o Congresso não pediu nenhuma informação sobre os atrasos à pasta. O ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB), está estranhamente quieto durante o problema, que aflige milhares de brasileiros.
Formato antigo
A emissão da carteira de trabalho por meio digital é um debate antigo no Congresso Nacional. Ainda em 2004, quando a emissão de carteiras de trabalho on-line era um sonho, o deputado Davi Alcolumbre (PDT-AP) perguntou ao então ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini (PT), o quando, quanto e onde da implantação do sistema. Nove anos depois, em 2013, o então senador e hoje ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PR-MT), apresentou um projeto de lei permitindo a emissão on-line do documento. "O formato do mencionado documento não acompanhou a evolução dos meios de armazenamento de informações", disse o senador na época. O texto está parado na Câmara.
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