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Empresas & Negócios

- Publicada em 27 de Setembro de 2016 às 14:19

Lugano comemora 40 anos com foco em diversificação

Enor Francisco Terres da Luz é diretor do Grupo Lugano

Enor Francisco Terres da Luz é diretor do Grupo Lugano


RAFAEL CAVALLI LUGANO/DIVULGAÇÃO/JC
Roberta Mello
Há 40 anos, poucos imaginavam que Gramado, no região serrana do Rio Grande do Sul, se tornaria a capital brasileira do chocolate e que ganharia a alcunha de "Suíça brasileira". Alguns dos grandes responsáveis pela consolidação do local no rol dos principais destinos turísticos do País foram os fabricantes de chocolates artesanais. Uma das mais antigas marcas do doce feito à base de cacau é a Lugano, que recém completou 40 anos - em 26 de setembro. Fundada por Lauri Casagrande, a fábrica foi adquirida nove anos depois por Renaldo Henrique Schwingel e acumula, hoje, uma minifábrica de chocolate, cafeteria, seis lojas próprias, 23 licenciadas e uma marca de cerveja artesanal.
Há 40 anos, poucos imaginavam que Gramado, no região serrana do Rio Grande do Sul, se tornaria a capital brasileira do chocolate e que ganharia a alcunha de "Suíça brasileira". Alguns dos grandes responsáveis pela consolidação do local no rol dos principais destinos turísticos do País foram os fabricantes de chocolates artesanais. Uma das mais antigas marcas do doce feito à base de cacau é a Lugano, que recém completou 40 anos - em 26 de setembro. Fundada por Lauri Casagrande, a fábrica foi adquirida nove anos depois por Renaldo Henrique Schwingel e acumula, hoje, uma minifábrica de chocolate, cafeteria, seis lojas próprias, 23 licenciadas e uma marca de cerveja artesanal.
Ao longo dos anos, a empresa manteve no seu DNA o status de empresa familiar, porém, não abriu mão do investimento em tecnologia e de apostar na diversificação nos produtos comercializadas para o crescimento. O diretor da marca, Enor Francisco Terres da Luz, acompanha o desenvolvimento da Lugano desde a aquisição pelo sogro e hoje conta com o apoio da esposa Rosmari na administração e dos filhos, Augusto e Guilherme - idealizadores da marca de cervejas Rasen Bier, pertencente ao Grupo Lugano.
Empresas & Negócios - Quando a família Schwingel entrou no ramo de chocolates, já contava com experiência no setor?
Enor Francisco Terres da Luz - Quando adquirimos a Lugano, não conhecíamos nada de chocolate. Só saboreávamos. Fizemos cursos e planejamos que a Lugano crescesse junto conosco. Começamos com três funcionários e uma loja, e assim foi durante muito tempo. Fazíamos 500 kg de chocolate por mês. No decorrer desse tempo, chegamos ao valor atual de fabricação de 30 toneladas ao mês. Contamos com seis lojas em gramado e 23 licenciadas da Lugano em nível de Brasil e temos 250 funcionários no grupo, que enquadra a Lugano, as seis lojas, a cervejaria Rasen Bier e o Mundo do Chocolate, parque que conta a história da nossa empresa e eventos mundiais através de estatuas de chocolate.
Empresas & Negócios - Qual é o faturamento do Grupo Lugano?
Luz - A fábrica atinge uma média de R$ 1,5 milhão por mês de faturamento. A cervejaria Rasen Bier gera faturamento mensal em torno de R$ 700 mil.
Empresas & Negócios - Como surgiu a ideia de dinamizar os negócios?
Luz - A ideia da Rasen Bier surgiu quando cheguei em casa e encontrei meus filhos fazendo cerveja artesanal. Gostei da ideia e pedi para montarem um projeto, já que Gramado não tinha ainda uma microcervejaria. Começamos com a venda de 5 mil litros/mês e hoje estamos com mais de 100 mil litros comercializados mensalmente. Já o Mundo do Chocolate era uma ideia antiga. Eu pensava em fazer algo que retratasse Gramado, mas acabamos construindo algo ainda maior. O parque conta a história da Lugano, saindo da Suíça e indo até Gramado, tendo como fio condutor o nome da marca que é inspirado em uma cidade suíça.
Empresas & Negócios - A criação de parques tem sido utilizadas pelas fabricantes de chocolate da serra gaúcha para atrair consumidores e agregar valor à marca. Essa já era uma tendência quando a Lugano criou seu local?
Luz - Nessa tendência de parques de chocolate a nossa iniciativa foi a primeira. Não tinha nada parecido em Gramado quando lançamos e soubemos investir no ineditismo. Hoje, o parque é importante. Temos uma réplica da Torre Eiffel considerada a maior do mundo feita à base de chocolate, com 4,10m de altura e estamos sempre fazendo coisas novas. Em torno de 20 mil pessoas visitam o parque todo mês, sendo que no inverno e no Natal esse número aumenta.
Empresas & Negócios - Qual é a importância do turismo para o Grupo Lugano?
Luz - Atualmente, todas as indústrias são voltadas para o turismo. O município recebe mais de 6 milhões de turistas durante o ano e temos que trabalhar em cima disso. Gramado é uma grife muito importante para o Rio Grande do Sul e o Brasil e a atuamos em cima disso. Os turistas gastam, em média, R$ 40,00 por pessoa. Para se ter uma ideia, 70% das nossas vendas estão concentradas em Gramado. Ninguém sai do município sem levar chocolate.
Empresas & Negócios - O carro-chefe são as barras tradicionais de Gramado ou trufas e drágeas têm caído no gosto do público?
Luz - As barras artesanais ainda são as preferidas dos clientes. Eles montam a caixa com vários sabores e podem levar as unidades em separado para presentear. Mas estamos sempre lançando coisas novas. Temos um a Linha Saúde com chocolates dietéticos e os feitos com 70% de cacau. Essas linhas têm crescimento bastante significativo de aproximadamente 5% ao ano.
Empresas & Negócios - Como fica a concorrência com as outras fabricantes locais?
Luz - Há mais de 30 fábricas de chocolate em Gramado, mas nós absorvemos bem a concorrência e acreditamos que tem espaço para todas. Em nível de Brasil, temos forte concorrência com marcas como Cacau Show e Coppenhaggen, por exemplo, mas estamos entrando bem no mercado nacional. Estamos com 23 licenciadas fora de Gramado, projeto que começou em 2013.
Empresas & Negócios - Onde estão essas 23 licenciadas?
Luz - No Rio Grande do Sul temos seis lojas próprias, todas em gramado, e outras cinco licenciadas. As demais licenciadas estão no Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Brasília e Fortaleza.
Empresas & Negócios - Como fica a competição com os grandes players?
Luz - Não temos condições de concorrer com grandes marcas, fabricantes em larga escala. Procuramos trabalhar com a venda de chocolates premium, com diferencial.
Empresas & Negócios - Vocês sentiram a retração econômica de alguma maneira?
Luz - Sentimos um pouco, mas a maior queda nas vendas da Lugano ocorreu quando a estrada entre Taquara e Gramado caiu. Muitas pessoas deixaram de vir no fim de semana. A recessão afetou muito pouco. As pessoas continuam vindo a Gramado e, quando vêm compram algum presente, o chocolate sempre está no topo da lista. O melhor período foi entre 2013 e 2014, sem dúvida.
Empresas & Negócios - Ao completar 40 anos de história, qual a expectativa de crescimento e as novidades preparadas?
Luz - Estamos com vários projetos, um deles é investir em uma estrutura nova no parque. Para comemoração dos 40 anos, lançaremos uma linha de trufas. Imaginamos que o período mais difícil já passou e esperamos que o primeiro semestre de 2017 tenha crescimento em relação ao ano passado, pois, em 2016, registramos leve queda no faturamento.
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