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Empresas & Negócios

- Publicada em 15 de Setembro de 2016 às 14:55

Edenred aposta na área de benefícios e incentivos do Brasil

Gilles Coccoli é diretor-geral da empresa Edenred no Brasil

Gilles Coccoli é diretor-geral da empresa Edenred no Brasil


ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Nicole Feijó
No momento de um candidato decidir entre uma ou outra vaga de emprego, os cartões de benefícios e recompensas ainda são considerados diferenciais e podem ser decisivos nessa escolha. É o que aponta a pesquisa global Barômetro 2016: bem-estar no trabalho, realizada pela Ipsos e encomendada pelo Grupo Edenred, responsável pela criação do Ticket Restaurant e líder mundial do setor de serviços pré-pagos para empresas.
No momento de um candidato decidir entre uma ou outra vaga de emprego, os cartões de benefícios e recompensas ainda são considerados diferenciais e podem ser decisivos nessa escolha. É o que aponta a pesquisa global Barômetro 2016: bem-estar no trabalho, realizada pela Ipsos e encomendada pelo Grupo Edenred, responsável pela criação do Ticket Restaurant e líder mundial do setor de serviços pré-pagos para empresas.
O estudo encomendado pelo grupo revela que 94% dos trabalhadores brasileiros gostariam de receber de seus empregadores cartões de premiação e recompensas, e que 60% esperam que as empresas considerem a política de incentivos uma prioridade. Para Gilles Coccoli, diretor-geral da Edenred no Brasil, isso está associado à comunicação e à educação. Ou seja, o mercado de benefícios e incentivos ainda é desconhecido por muitas empresas, principalmente as médias e pequenas. Formado em Tecnologia e Gestão, nos Estados Unidos e na França, Coccoli voltou ao Brasil no final de 2013 para fazer uma transformação digital de inovação e aceleração dos negócios do grupo, que, além da Ticket, é responsável pela Accentiv Mimética, Ticket Log, Repom e a Unidade de Soluções Pré-Pagas, dividindo sua atuação entre benefícios ao trabalhador, gestão de despesas, incentivos, recompensas e soluções pré-pagas. Presente em 42 países, conta com 6 mil colaboradores, 660 empresas-clientes, 1,4 milhão de estabelecimentos credenciados e 41 milhões de usuários.
JC Empresas & Negócios - Por que muitas empresas brasileiras ainda são resistentes em relação ao mercado de benefícios e recompensas, considerando inclusive que os alimentícios proporcionam desconto nos impostos, devido ao abatimento de alguns encargos sociais, como INSS e FGTS?
Gilles Coccoli - O mercado brasileiro tem ainda muito potencial nesse ramo, então acredito que isso tem a ver com comunicação e educação. Comunicação é papel de vários responsáveis e passa por toda cadeia, operadores, restaurantes, Ministério do Trabalho e outros. É verdade que este programa (de benefícios e recompensas) talvez não tenha toda a comunicação que poderia ter para que as empresas saibam da sua existência. Primeiro, elas têm que saber que existe e, depois, está a questão da educação, que é crer, como empreendedor ou responsável por uma empresa, que aquilo traz valor. Como bem-estar e reconhecimento social, os benefícios melhoram o desempenho das pessoas dentro da organização.
Empresas & Negócios - Essa resistência acontece apenas aqui no Brasil ou é mundial?
Coccoli - Essa é uma questão mundial. Em termos de comunicação, eu diria que você pode ter um país ou outro que faz mais ou faz menos. Agora, em relação à educação, é muito parecido em todos os países, ou seja, um jovem gestor talvez não tenha essa questão clara, de como esses benefícios e recompensas ajudam a melhorar a performance das organizações.
Empresas & Negócios - Quais são os movimentos que a empresa realiza para tentar acabar com a falta de conhecimento e educação sobre esses programas, o que faz com que esse mercado ainda seja pouco explorado?
Coccoli - A internet e as mídias sociais permitem transmitir uma mensagem de forma mais efetiva. Agora, o que está acontecendo com o mercado é que as grandes organizações têm toda a consciência e formação devida, tanto é que quase 100% delas oferecem algum tipo de benefício. Quando falamos em pequenas e médias empresas, é mais difícil de ir porta a porta para explicar o que são esses benefícios. Então o uso dessas ferramentas digitais mais recentes e uma comunicação efetiva faz todo o sentido que é como, remotamente, conseguimos comunicar a importância e a existência dos programas.
Empresas & Negócios - O vale-cultura é um dos benefícios de menor adesão dentro das empresas: apenas 15% dos trabalhadores entrevistados para o Barômetro 2016 o recebem. O que motivou a Ticket a entrar nesse segmento e qual é a importância desse benefício cultural?
Coccoli - Entramos nesse segmento, porque vimos que o Brasil tem uma produção cultural interessante. O problema é que nem todos os brasileiros têm acesso à cultura. Então esse programa fomenta isso, pois agora todo o empregado tem a possibilidade, se uma empresa definir, de acesso à cultura. Não tem um benefício imediato, mas sim ao longo do tempo e que faz sentido para a sociedade, não somente para uma ou outra pessoa. Acesso à cultura deveria ser um direito fundamental. Poder participar do crescimento cultural do Brasil seria um grande feito, se não der resultado, pelo menos é uma contribuição à sociedade brasileira. Se está dando certo ou não, temos que levar em conta que ele foi lançado (em 2013) justamente na véspera da maior crise que o Brasil tenha conhecido. Então é difícil encontrar uma empresa que decidiu, nestes últimos anos, aumentar o leque de benefícios. A empresa faz isso em um momento de redistribuição da margem de lucro. Por isso eu não usaria esses anos como referência e, além disso, ele ainda é pouco conhecido.
Empresas & Negócios - Quais são as novidades ou inovações que vocês planejam a curto, médio ou longo prazo?
Coccoli - Tudo o que pensamos hoje em termos de novidades parte do mobile, porque o celular representa a extensão de uma pessoa. Muito do que fazemos na questão de qualidade e serviços é considerando que a pessoa já está com celular na mão. Como é que vamos utilizar essa ferramenta para que a interação e experiência com a Ticket seja das melhores? No mês passado, lançamos a versão 3.1 do aplicativo Ticket e neste lançamos um novo aplicativo para que os estabelecimentos tenham acesso às suas contas. Também lançamos a Edenred Pré-pagos, sabendo que nós somos a maior rede de pré-pagos na Europa, estamos trazendo para o País, porque o mercado de ferramentas de pré-pagos no Brasil está se abrindo. Além disso, a Ticket Log está com projetos de inovação na área de integração de ferramentas na gestão de frotas. Queremos que o gestor de frotas consiga ter uma visão da performance da sua frota a qualquer momento.
Empresas & Negócios - Como o mercado gaúcho se posiciona dentro do mercado brasileiro de benefícios?
Coccoli - O mercado gaúcho já é bem desenvolvido. Em termos de penetração, por exemplo, ele se situa acima da média brasileira. Então é um bom mercado, com uma ótima receptividade, tanto para os produtos atuais quanto as novidades que trazemos. É uma região que funciona muito bem para os nossos produtos.
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