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Empresas & Negócios

- Publicada em 12 de Setembro de 2016 às 13:12

Saúde é alvo de private equity

O setor de saúde nacional está na mira dos grandes fundos de private equity, focados na compra de participações em empresas. A lista de ativos que atrai o interesse destes investidores inclui planos de saúde, laboratórios de diagnóstico, fabricantes de equipamentos e medicamentos, além de hospitais.
O setor de saúde nacional está na mira dos grandes fundos de private equity, focados na compra de participações em empresas. A lista de ativos que atrai o interesse destes investidores inclui planos de saúde, laboratórios de diagnóstico, fabricantes de equipamentos e medicamentos, além de hospitais.
Levantamento da consultoria espanhola Transactional Track Record (TTR), que acompanha fusões e aquisições no Brasil e na América Latina, mostra que os negócios no setor de saúde voltaram a crescer nos últimos dois anos no Brasil. Foram 37 transações na área em 2014, 76 em 2015, e só no primeiro semestre deste ano 41 negócios fechados. Desde 2014, as operações movimentaram quase R$ 18 bilhões, considerando as 45 que tiveram os valores divulgados. Mas, como foram fechadas 154 transações no período, o valor total é muito maior.
Fundos confirmam que estão garimpando empresas do setor de saúde. A americana Advent, uma das maiores gestoras de private equity e que detém o controle do Grupo BioToscana e 13% dos laboratórios Fleury, diz que busca oportunidades. Segundo fontes, o próximo grande negócio virá da Advent. Mas não é o único. O fundo britânico Actis tem R$ 2 bilhões para investir no Brasil e a saúde está no centro das prioridades. O mesmo ocorre com as gestoras americanas TPG Capital e Warburg Pincs.
A desvalorização do real diante do dólar, que barateou ativos para estrangeiros, é citada por analistas para justificar o interesse. Marcos Boscolo, sócio da consultoria KPMG e especialista em saúde, destaca o tamanho do setor, que movimenta 9% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano, o equivalente a R$ 216 bilhões. Isso torna o Brasil o sexto maior mercado do mundo. Atualmente, o Brasil já é o sétimo maior consumidor mundial de medicamentos e a previsão é que alcance a quinta colocação em 2020, segundo dados da IMS Health. Além disso, o setor de saúde cresce a uma taxa de cerca de 20% ao ano.
"Houve grandes negócios pontuais, especialmente na área de laboratórios, mas há muito espaço para consolidação, o que torna o setor muito atrativo", diz Marcos Boscolo, sócio da KPMG. Tem até escritório de advocacia especializado em fusão e aquisição ampliando a atuação em saúde, caso do Mattos Filho Advogados, que, no ano passado, montou uma equipe dedicada ao segmento. "A saúde no Brasil é um setor que terá grande expansão no futuro em razão do envelhecimento da população, o que vai gerar mais necessidade de prestação de serviços médicos, de produtos farmacêuticos e assistência médica", afirma Juan Pablo Zucchini, responsável pela área de saúde na gestora de private equity Advent.
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