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2° Caderno

- Publicada em 15 de Setembro de 2016 às 18:02

Robô professor ensina geometria a adolescentes

Entrar em uma sala de aula e ser recebido por um robô humanoide que ensina geometria. Como será que adolescentes reagem a esse novo professor e a suas diferentes formas de ensinar? Esse é o foco de diversas pesquisas que estão sendo realizadas no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (Icmc) da USP, em São Carlos.
Entrar em uma sala de aula e ser recebido por um robô humanoide que ensina geometria. Como será que adolescentes reagem a esse novo professor e a suas diferentes formas de ensinar? Esse é o foco de diversas pesquisas que estão sendo realizadas no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (Icmc) da USP, em São Carlos.
Entre os trabalhos relacionados ao tema está um projeto de mestrado que utilizou o Robô NAO para ensinar geometria a 62 adolescentes entre 13 e 14 anos de escolas públicas e particulares de São Carlos. Por meio de um sistema de visão computacional, o robô foi programado para reconhecer figuras geométricas planas.
Com a ajuda de professores da área de educação e de matemática, o pesquisador Adam Moreira propôs diversas atividades aos alunos. Os estudantes foram desafiados, por exemplo, a descobrir o nome de uma figura geométrica a partir de dicas fornecidas pelo robô.
No caso do retângulo, o professor robô dava as seguintes pistas: "qual destas figuras geométricas na sua frente tem quatro lados? A fórmula da área da figuras que eu procuro é base vezes altura. A fórmula do perímetro dessa figura é duas vezes a soma de sua base vezes a altura".
Em caso de acerto da resposta, o NAO abria os braços para o alto e piscava as luzes LED de seus olhos em sinal de felicidade. Mas se o jovem errasse, o robô abaixava a cabeça e ficava com os olhos vermelhos. Moreira, que hoje é doutorando do Icmc, explica que as reações do robô foram programadas com o objetivo de torná-lo mais humano, o que facilita a criação de uma relação de empatia com os jovens.
O doutorando destaca, ainda, que esses projetos chamaram a atenção de alunos da graduação do Icmc: "Hoje temos uma equipe com cerca de oito alunos de iniciação científica bastante motivados, e queremos expandir esta pesquisa para alunos de outros cursos relacionados, como psicologia e pedagogia".
Para o futuro da robótica educacional, Roseli vislumbra uma grande revolução no ensino. Ela acredita que, à medida que esses robôs forem se tornando cada vez mais sociáveis e inteligentes, teremos grandes mudanças: "Hoje em dia, a maioria dos professores prepara suas aulas utilizando computadores, então, por que não pensar, no futuro, em prepará-las utilizando robôs?". (Jornal da USP)
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